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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Que vida é essa?

Que vida é essa?
Que escolhemos levar
Todos caminhando para o precipício
Caminhando sem se importar
Escolhemos sofrer e isso se tornou vicio
Pra quem não quer enxergar.

Que mentes são essas?
Que só buscam a solidão
Só se importam com besteiras
Onde não existe razão
Assim vivem as pessoas
Que não saíram da escravidão.

Porque tanto lamento?
Se escolhemos viver assim
Em um eterno sofrimento
Tentando esquecer-se do tempo
Enquanto não chega o fim.


Juan Patrick.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O que você faz

Quando baixamos a cabeça
E difícil saber como viver
Achando motivos pra amar
Mesmo sem os conhecer

Mais o que fazer se perco o controle
O que fazer se não tenho coragem de fazer o que você faz
Mesmo assim ainda te entendo
Pois já não me entendo mais.

É difícil aceitar os fatos
Existindo evidencias ou não
Mesmo que o seu amor não me pertença
Sinto-o escapando das minhas mãos.

Assim vou vivendo
Mesmo sem ter explicação
Para atitudes tão estranhas
Que magoam meu coração.


Juan Patrick

sábado, 21 de novembro de 2009

Procurando essas respostas.

Com quantos anos nos tornamos experientes?
Com quanta experiência nos tornamos seguros?
Isso só o tempo nos ensina
Ou a quantidade de lágrimas determina
O quanto somos maduros.

Com quantos erros se aprende?
A nunca mais voltar a errar
Isso só depende de você
O quanto em si mesmo você crê
Para nunca deixar de lutar.

Com quantos sorrisos ficamos felizes?
Como podemos voltar sonhar?
Nosso sorriso esta escasso
Da nossa alma o medo arrancou um pedaço
Proibindo todos nos de amar.

Em que parte do sonho você acorda
Geralmente acordamos na parte mais esperada
Quem sabe isso seja conhecidência
Ou algo que se aproveita de nossa inocência
De uma mente desesperada.


Com quantas palavras se diz eu te amo?
Com quantos amores aprendemos a amar?
Não perca seu tempo procurando essas respostas
Pois na vida elas são postas
Quando menos se esperar.


Juan Patrick.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

As lagrimas

Com quantos desejos se consegue um presente?
Com quantas mentiras se magoa alguém?
Quando a paciência se torna ausente
Não perdoamos ninguém.

Mais como podemos ser felizes?
Rodeados de mentiras e sofrimento
O amor ainda existe, e de amar somos capazes
Mais há pessoas que não conhecem esse sentimento.

Enganamos-nos constantemente
Falamos muitas palavras indevidas
Mais só depois dos nossos erros
Aprendemos a guiar nossas vidas

Pessoas que choram são muitas
Mais poucas sabem por que choram
Desperdiçamos muitas vezes as lagrimas
Por pessoas que não nos amam.


Juan Patrick.

Estou sozinho

Tento fechar os olhos
Tento não prestar atenção
Tento não ouvir meus sonhos
Tento achar explicação
Mais nem os mais sábios conselhos
Alegram meu coração.

Mais uma duvida se desfez
Mais uma vez estou sozinho
Talvez o medo, ou quem sabe a timidez
Li impeçam de no seu coração me reservar um cantinho
Viveríamos sempre felizes, ou talvez
Poderíamos caminhar no mesmo caminho.


Juan Patrick.

domingo, 8 de novembro de 2009

Seu amor.

Me de uma pista do seu amor
Antes que eu enlouqueça
Só me faça esse favor
Tire essa duvida da minha cabeça
Antes que eu morra de dor
Antes que da vida eu esqueça

Vivo jurando o que nunca vou cumprir
Vivo sonhando com sua partida
Mais antes que você decida partir
Não decida me tirar da sua vida
Eu não queria voltar a ouvir
Aquelas palavras de despedida

Espero o tempo passar
Mesmo que esperando impaciente
Sei o preço de amar
Já não sou tão inocente
Mais eu não consigo mais esperar
Já não sou tão paciente.


Juan Patrick.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tento te entender

Sei dos meus sentimentos
Sei do que eles são capazes
Por isso tento te entender
Não sou como os outros rapazes

Pergunto-me quem teria essa paciência
Quem conseguiria ficar feliz com tão pouco amor
Talvez ninguém que eu conheça
Talvez ninguém que e capaz de sentir dor

Talvez eu seja louco
Mais tudo vai estar no lugar
Pois quem nos coloca no caminho
Também pode nos tirar

Sonho com tantas coisas
Sonho com tantas despedidas
Mais tenho esperança que seja o contrario
Tenho esperança que não fiquem tantas feridas.


Juan Patrick.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quando a música não mais tocar.

Quando eu estiver calado
Cale-se comigo por um instante
Quando eu estiver cansado
Sente-se comigo por um instante
Quando eu estiver te amando
Ame-me por um instante.

Quando a noite estiver vazia
E Só existir a lua no céu
Sirva-me como companhia
E tente ser fiel
Mas um dia você estará sozinha
Uma abelha longe do mel.

Quando a música não mais tocar
Imagine que o vento lhe ensina
Ensina que você pode dançar
Pense como é difícil uma rima
Quando não se tem nada pra falar.

Quando a morte me quiser perto dela
Diga que você ainda precisa de mim
Quando a saudade bater na janela
Diga que ainda não é bem assim
Quando meu silêncio for ouvido
Não existirá limitações para o fim.

domingo, 1 de novembro de 2009

Com luz na chegada.

Um vento
Em tempo
Calma
Raro
E querido
Esquecido
Puro
Com olhos
Com vida
Sem sonhos
Sem saída
Sem chegada
Sem partida
Com luz
Com paixão
Com frio
Sedução
Pecado
Maldito
Bendito
Roubado
Tirado
Um sim
Um não
Um fim
Um irmão
Um gesto
Objeto
De ilusão
Amor e ódio
Ódio e solidão
Uma presa
Um predador
Sem limites
Sem amor.


José Borges.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Revelação.

Sei que nosso tempo acabou
Agora é cada um no seu lugar
E você outro amor encontrou
Logo com ele você vai estar.

Mas ainda me resta um pedido
Minha última palavra pra lhe dizer
Se um dia encontrar meu coração perdido
É que ele saiu à procura de você.

O receba com amor e carinho
Por que de mim será o que restou
Do meu corpo foi o último pedacinho
O resto à mão do tempo apagou.

Preserve o meu pobre coração
Dentro dele está o segredo dele viver
Ele só vive por uma única razão
Por que nele vivi meu amor por você.


José Borges.

O peso das palavras.

Hoje vejo o porquê de tanta insegurança
Vejo tuas atitudes, e fico assustado
Acho que às vezes você esquece
De como foi nosso passado

Vivo esperando palavras
Que talvez nunca vá escutar
Mais mesmo assim as espero
Pois sem elas meu coração não vai descansar

Estou farto de tantos sonhos
Onde só vejo os mesmos problemas
Mais o pior e quando abro os olhos
E vejo as mesmas cenas

Minha paciência já se foi há tempos
Mesmo sem ela vivo paciente, no entanto calado
Porque sei que se eu falar o que penso
Estarei agindo errado

Entendo seu silêncio
Por isso entenda minha dor
Sei o peso das palavras
Sei o peso do amor.


Juan Patrick.

Esperando uma noite de luar.

Nunca deixe que alguém lhe diga o que fazer
Não ouça conselhos de pessoas sem conceito
Não escute nada de ninguém
Seguir o que os outros dizem é um defeito
E hoje em dia nada está pra brincadeira
Se for fazer alguma coisa, faça bem feito
Por que você pode estar sendo filmado
E logo alguém rouba seu direito.

Devemos entender que não existe entendimento
Nem adianta negociar com a chuva
Ela é egoísta demais para querer passar
Cada gota tem oculta uma bravura
Tem uma magia que não podemos copiar
Cada olhar tem sua direção
Mas às vezes não sabemos pra onde olhar
Quando a noite está muito escura
Percebemos que hoje não tem luar.

Precisa-se ter cuidado quando for passear
Cada passo pode ser o ultimo
O ultimo de muitos que o antecederam
E o primeiro para onde não se pode voltar
Não precisa de presa para chegar à frente
É só esperar que os outros não cheguem lá
Por mais rápido que seja a mente
Nem tudo ela pode acompanhar.

E por fim quando se falar em amor
Baixe a cabeça e deixe os outros mentirem
Eles sempre falam demais sem entender
Mentem friamente toda hora esperando vantagem
Mas não encontram prazer
O amor não pode ser definido ou mapeado
O melhor do amor é quando se ama sem saber
Agente faz tudo por instinto
Só esquece que pro bem temos que sofrer.


José Borges.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Do barulho do vento ao estranho silêncio.

Confesso que acreditei em meigas palavras
E que deixei muita coisa ainda por acreditar
Sei que parei varias vezes no meio da estrada
Mas era preciso, eu não podia mais caminhar
Abandonei sonhos e pessoas amadas
As perdi de mim quando me precisava encontrar.

De repente fiz da chuva meu choro
Do barulho do vento minha canção
Fiz da fantasia meu tesouro
E do real minha ilusão
Fiz as cinzas virarem ouro
E a mais firme das pedras coração.

Ainda ouço alguns sussurros à noite
Me vêm na cabeça aquela velha idéia
De que o mundo é um teatro livre
E a minoria é sempre a platéia
Só não peça que eu explique
E nunca se esqueça da Galiléia.

Não se esqueça do exemplo que vem de longe
De quem nunca nos esqueceu
Nem fale de amor pra qualquer estranho
Depois você vai ver que ele nunca te mereceu
Ai você fica tempos chorando
Assim como ficou eu.

Indiscreto fajuto irreverente também
Esperando um pouco de embriaguez
Morrendo de medo de amar alguém
Vivendo nessa ilusão que se fez
Esperando o tempo se é que vem
No certo só é uma certeza, o talvez.

Se amar é coisa boa eu prefiro odiar
Agente ama e fica atoa
Corre riscos, e não sai do lugar
Pensa que viver é coisa boa
Atravessa rios sem saber nadar.


José Borges.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quase mortas, ainda puras.

Ontem fui até certo jardim que encontrei
Acho que ele estava abandonado
Meio velho sem vida, sem cor
Tinha algumas plantas e eu as reguei
Deu pra perceber a alegria que nascia
E até uma flor branca lá brotou.

Caminhando mais a dentro do recanto
Encontrei uma orquídea que chorava
Suas raízes davam a impressão de agonia
E por suas pétalas escorria um pranto
Eram lágrimas quase mortas ainda puras
E pouco a pouco se escondia o dia.

Eram tantas raízes, tantos pedidos
Algumas agonizavam por apenas um toque
Elas queriam sentir que ainda viviam
Pareciam serpentes prontas para o bote
Quando eu chegava mais perto delas
Elas se abriam e lançavam certo perfume
E nesse perfume eu me encontrava
E me perdia do mundo que me cercava
Porém pouco eu me importava naquele momento
Eu queria mais era descobrir os sabores do vento
Mais seriamente, queria descobrir a essência de uma flor.

Sempre que eu voltava para aquele jardim
Eu buscava entender o sentido da alegria
Da solidão, da angustia, da consolação
Queria ser compreensivo, e mais objetivo
As flores tinham coisas que eu precisava ter
Minha ganância por vida, não me deixou viver.


José Borges.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Só quero te ver feliz

Só quero te ver feliz
Só quero que você se sinta como eu
Que sempre procurou seu coração
Mesmo sem você procurar o meu.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso doer em mim
Pois não conto às vezes que me feri com espinhos
Mais sempre cuidei do seu jardim.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso não me fizer feliz
Como às vezes me sinto
Quando você não Le o poema que te fiz.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso me deixe sozinho
Pois mesmo que você não perceba
Sempre segui seu caminho.

Só quero te ver feliz
Mesmo que você não me guarde no coração
Mesmo quando você não me entender
Mesmo se não existir acharei uma explicação.

Só quero te ver feliz
Mesmo se me deixar pra traz
Mesmo sozinho lembrarei-me de você
Lembrarei do quão feliz você me faz.

Só quero te ver feliz
Mesmo que isso me faça chorar
Como muitas vezes já chorei
Mais nunca deixei de te amar.


Juan Patrick.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O motivo de não viver.

O homem desconhece varias coisas
Inclusive de onde ele vem
Por mais que ele queira ter respostas
O maior desafio é lidar com o além
A raça humana espera o imprevisto
Sustenta sua esperança em Cristo
Mas, no entanto não aparece ninguém.

Assim que o sal surge o homem levanta também
Vai pra qualquer lugar se esconder
Evita mostrar seu rosto pra outro alguém
É uma espécie que não sabe viver
Andam se vendendo nas calçadas
Ou até em prédios de luxo
Jogando fora a honra que uma pessoa pode ter.

E nessa luta pelo direito de viver
O pobre perde sua própria consciência
É esmagado pela maquina do poder
Perde o gosto de sua sobrevivência
Fica sujeito ao desprezo e ao horror
Esperando quem sabe um gesto de amor
Do mundo moderno feito pela ciência.

O que vemos nesse mundo é sua falência
E Amontoados de pessoas morrendo
Nas ruas, e no mundo falta carência
Pra alimentar a chama do acolhimento
Enquanto não pensarem em como mudar
Ou quem sabe apenas parar
Cada dia aumenta o índice de falecimento.

No entanto a coisa não pára um só momento
É obra por cima de obra e por cima da gente
Estamos cada fez mais cercados de crescimento
Mas de verdade não vejo progresso pela frente
A ação de hoje mudará nosso meio
E o povo fica sempre como cego em tiroteio
Acorrentados pelo medo que ainda o prende.


José Borges.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Enfim só

Às vezes penso que é exagero meu
Às vezes penso estar sendo tolo
Mais na verdade essa escuridão
É apenas uma fatia de um grande bolo

Tento não ficar calado
Tento não me isolar
Mais com essas atitudes
É melhor ignorar

Depois não me pergunte
Porque fico por tanto tempo calado
Se você souber a resposta
Vera quem dos dois esta errado

Vou tentar fechar os olhos
Pra isso tudo ao meu redor
Pra quem sabe quando eu abri-los
Eu esteja enfim só.

Juan Patrick.

sábado, 17 de outubro de 2009

Hoje é cedo pra dizer que não.

É hoje me deparei com você
Nem quis notar teu olhar me vigiando
Quis fingir que não tava te olhando
Mas de longe senti teu perfume
Seu suave jeito ia me controlando
De algum modo eu estava me enganando.

Bem, hoje eu pude te ver
Fazia tempo que não te olhava
E olha confesso que não imaginava
O quanto você estava feliz
Agora pra você já não sou o que te magoava
Sou apenas aquele que te incomodava.

Querida, hoje foi difícil pra mim
Acho que agora encontrei a verdade
Talvez ela sempre fosse amiga da vontade
Mas eu nem ligava pra isso
Agora que me encontra apenas com a saudade
Conforto-me com qualquer outra metade.

Meu bem, hoje já é tarde pra nós
Eu até quis enganar o destino, mas foi em vão
O que fiz foi enganar-me por pura ilusão
Mas não tem problema vou em frente
Quem sabe por entre os caminhos da imaginação
Eu encontre em algum trecho outra louca paixão.


Jjosé Borges.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ele virá.

No meio de palavras
No meio da escuridão
Viramos simples pessoas
Que tremem do medo da escuridão

Esse medo que nos trava
Não nos ajudara em nada
A não ser que você esteja
Entre a cruz e a espada

Sou criança, sou adulto
A final qual e a diferença?
Se a idade traz o medo
Que nos tira a esperança

Hoje continuo temendo o futuro
Sem saber o que ele trará
Mais continuarei ó esperando
Pois sei que de qualquer jeito ele virá.

Juan Patrick

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A visão de um Ébrio.

O tempo não deixa vestígios a encontrar
Ele passa tão forte e tão cauteloso
Que às vezes nem conseguimos notar
Precisamos aproveitar os momentos
Compartilhar pensamentos
Ser feliz sem precisar sonhar.

Acabar com as dúvidas é duvidoso
Cada sentido tem seu poder
E ter poder pode ser perigoso
Então não vamos mandar
Nem vamos mais chorar
Tudo pode ser mentiroso.

No poço a água espera por alguém
Que tenha sede para lhe saciar
Já o tempo não espera ninguém
Agora existe apenas saudade
Com um tanto de infelicidade
Não existe estação para seu trem.

E vem sempre um palhaço sem graça
Pedir dinheiro em troca de nada
E sempre tem um porquinho na praça
Palestrando porcaria pra gente
São idiotas de gravata e sem mente
O que mais eles querem que agente faça.

Já não bastava ser descamisado?
Abandonado nessa lixeira
Fingindo não ver esse lixo televisionado
Por Deus vamos rever a vida
Vamos beber da mesma bebida
Se for por bem, vamos ser tudo embriagado.


José Borges.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Alguém se culpou.

O brilho do sol hoje está tão forte
Acho que não posso suportar
Hoje estou tão fora de mim
Nem sei onde prometi me encontrar
Por isso não gosto de sair
E também não quero sangrar.

Teria sido diferente de não fosse igual?
Hoje estou tão mal.
Parece que alguém se culpou
E ninguém estava aqui pra ver
Estavam todos fazendo um comercial
Protagonistas idiotas
Fúteis com a cara numa capa de jornal.

A noite está tão calma que sinto um frio
Parece ser medo, mas não é
É algo estranho que nem conheço
Timidamente vou tentar descobrir
Vou esperar a maré baixar
Quem sabe outro alguém precise partir
Quem pode garantir que nada vai mudar?


Por que mentimos pra ganhar o pão
Por que mendigamos pra ganhar um coração
Por que pedimos um sim e levamos um não
Por que saímos por ai sem nada na mão
Por que sentimos amor por quem nem sente paixão?

E agora á fácil uma garota propaganda
Se vender na esquina pra um senhor sacana
É fácil se enganar vendo noticias na TV
Mas também é fácil saber
Que pobre e santo são gente bacana

Por que prisão?
Por que amor?
Por que paixão?
Por que sim
Por que...?
Por que não.


José Borges.

Retrovisor

Não sei mais o que me resta fazer
Mais nada tenho que provar
Acabou de anoitecer
E eu continuo sem entender
O que me faz continuar.

Entendo que é acaso
Entendo esses casos antigos
Só não entendo o motivo
Desses beijos tão frios.

Hoje olho pro retrovisor
Mesmo sem querer olhar
Vejo muitas pessoas que deixei pra traz
Que muitas vezes buscaram a paz
Mais que eu não soube amar.

Agora passo horas pensando
A que horas sua vergonha vai passar
Pra que em fim eu possa ouvir
O seu coração falar.

Juan Patrick.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Minha doce criança.

Calma minha doce criança
Ainda não esta na hora da gente fugir
Espere mais um pouco nossos amigos
Prometemos esperarmos eles aqui
Por que você não me obedece
E fica perdendo tempo querendo sair
Os becos são estreitos
Talvez você não consiga voltar
Talvez você não queira mais sair.

Fique aqui do meu lado criança
Não solte minha mão, por favor,
Não se desprenda de minha alma
Se quiser pedir algo peça agora
Não deixe os sonhos lhe causarem dor
Se não quiseres sorrir
Cale-se que eu choro contigo
Mas não me deixe nem um momento
Precisamos sentir um pouco mais de amor.

Vamos minha amiga criança
Vamos atravessar a ponte invisível
Não podemos mais ficar aqui
Já está tarde e tudo pode acabar
O teatro pode se fechar
As cortinhas irão cair sobre nós
E o que poderemos fazer?
Por isso devemos nos achar
Ainda há tempo
E ai, o que vamos fazer?


José Borges.

O tempo...

O tempo que vejo passar
Não é mesmo que vejo no relógio
Porque será que ele não quer parar
Ou pelo menos mais um pouco demorar?
Ate que possamos entender
O que tanto nos faz chorar

Se esse tempo que me falta
Faltasse dentro de mim
Será que meu tempo acabaria?
Será que chegaria o fim?

Vendo o passar do tempo
Passo horas a pensar
O que o futuro nos reserva?
Ate lá, só resta esperar

O tempo que voa quando estou feliz
È o mesmo que se arrasta quando estou sozinho
Dentre esses intervalos de tempo
Perco tempo nesse caminho

Portanto não me pergunte que horas são
Desse tempo me cansei
Agora vou tentar não usar relógios
Que me lembram tudo que passei.

Juan Patrick.

domingo, 11 de outubro de 2009

Lembranças do futuro.

Ainda recordo do passado
E de momentos que nunca foram reais
Por mais que eu não queira
Eu me lembro do que não existia
Lembro que era sonho e nada mais
E não me faça entender quem é culpado
Nem você pode culpar ninguém
Agente ficou preso nesse buraco
E ficamos aqui esperando o socorro do além.

Acho que ta na hora da gente rever
Vamos entender um pouco o vento
Quem sabe ele nos queira dizer algo
Mas agente de tão hipócrita não sabemos ouvir
Vamos parar um pouco o movimento
Deixar de lado a emoção e vamos apenas sentir
Precisamos andar de mãos dadas
Ou amanhã nenhum de nós pode estar aqui.

Ainda prevejo lembranças do futuro
E veja só, a escuridão não é bastante pra você
Que nem consegue enxergar o brilho dos meus olhos?
E tenha paciência é só o começo muito se vai ver
Agora é começaram a rolar as cabeças
Ainda a muita lagrima a se chorar
Por isso que é preciso se livrar das impurezas
Por que cada estrela tem seu lugar.

Acho que não devemos nos precipitar
Talvez as coisas sejam bem simples
Mas agente é ser humano e gosta de errar
Agente até sorrir quando chora
Agente fica sentado no banco da praça
Lendo uma droga de um jornal
Absorvendo mais idiotice mundial
Pensando que o povo sabe
Que eles também são gente irracional.

Ainda há esperança no fundo de pote
O problema é que ela é importante demais
Muitos a querem, ou preferem deixar ela lá
O que nós ainda não sabemos
É se ela poderá nos salvar
O que nós ainda não entendemos
É o que fazemos do lado de cá
O que eu ainda não sei
É se uma alma pode amar.


José Borges.

Muitos Vazios.

Por favor, não sorria
Quando não se precisa sorrir
Não cometa o mesmo erro
De uma pessoa que eu vi partir

Conversando com pessoas erradas
Penso que eles podem estar certos
Mais prefiro ficar calado
E esperar dias sinceros

Imagino muitas vezes
Porque eu me limito tanto
A limites que só existem
Quando não estou errando

Vivo acumulando muitos vazios
Há muitos anos me sobra à dor
Mais eu só queria que um dia
Eu fizesse alguém sentir amor

Enquanto meu coração estiver batendo
Manterei acessa a chama
Mesmo que ninguém me ajude a mantela acessa
Acreditarei que existe alguém que me ama.

Juan Patrick

sábado, 10 de outubro de 2009

Mentiras a entender...

Se não bastasse a saudade
Ainda me vem à lembrança
Que me parte a alma
E me tira a esperança.

Se não bastasse a cidade
Ainda tenho um mundo a descobrir
Creio que não passa de verdade
O que eu não consigo sentir.

Se não bastasse a verdade
Ainda existem mentiras a entender
Que na verdade são respostas
De perguntas que nem quero saber.

E se não bastasse apenas à metade
Ainda desejo ver todo o seu rancor
Assim como o que sinto não diz respeito
Ao que alguns chamam de amor.


José Borges.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A noite que vem e que passa.

Creio que não a razão para que haja perdão
O último trem passou rápido e violento
Arrastando tudo que havia de bom em meu coração
Passou tão verdadeiro como a luz
E tão necessário como o escuridão.

A noite é como um trem que passa
E sempre volta. Nunca se atrasa.
Quando tem luar a noite brilha
A escuridão da noite nos mostra
O que luz faz questão de ofuscar
São as estrelas que surgem
Mesmo sempre estando lá.


José Borges.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Anonimato.

Quantas vezes eu não pensei em como me calar
Mas o grito era tão preciso que não podia faltar
E sempre as semanas passavam se arrastando
Indo sem rumo na direção de algum lugar.

Por vários momentos imaginei ter encontrado um sentido
Mas a razão era tão nula que faltava até pedido
E por mais que eu sentisse o cheiro do teu perfume
Eu teria que saber que teu peito era pra mim proibido.

Feito um vulcão meu corpo ferve quando posso te ver
Mas mesmo desejando tua pele, teu suor, não posso ter
E sempre os meus olhos irão a sua direção
Vendo como seu corpo arde, sua voz me faz enfraquecer.

Nessa hora quero apenas lhe tocar com os lábios
Mas se der sentir nas minhas orelhas os seus suspiros
E sempre que sua voz me chamar eu estarei pronto
Ao teu lado não tenho medo de correr os maiores perigos.


José Borges.

Modo de Pensar.

Não sei o que esta acontecendo
Tenho tudo que sempre quis
Tenho tudo ao meu favor
Mais em vez de ser feliz
Estou alimentando minha dor

Prometi a mim mesmo
Que eu ia mudar
Pra que eu visse a mudança
Do seu modo de pensar

Mais tem dias que me vejo sozinho
Mesmo estando ao seu lado
Tem dias que nem meus lábios
Saem desse mundo gelado

Penso no futuro
E já começo a imaginar
O que sempre contrariei
Mais de tanto contrariar, soube aceitar
Que existem vários caminhos
E que um dia um deles ira me abandonar

Sei que estou confuso
Mais pensando bem nunca tive certeza
Portanto continuo sonhando
Com minha linda princesa.


Juan Patrick.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tudo anormal...

Minha rima não deve ser vista como ponto de partida
Mas sim como um ponto de chegada
Por que o faço em linhas já me atravessaram a alma
E nisso não tenho a intenção de perder a calma
Pois minha tranqüilidade não se disfarça
As poesias são o que sobrou de meu interior
Os eixos entre os versos são vestígios de dor
Meus versos são lágrimas que eu não pude chorar
Lágrimas essas que não param de jorrar.

Sobre o que não vejo minha visão é dúbia
Acho que só aquilo que o teatro mágico insinua
Deve ser por isso que é tudo tão anormal
Tudo é controverso quando se está na vida real
Agora sei por que chamam uns de descamisados
É sempre pelo senso dos que andam fardados
Porém não adianta mudar o olhar de direção
Quando a flecha é lançada só se espera a separação
O amor e o ódio se enfrentam todos os dias
Só pela outra forma de enganação.

A paixão engana a ilusão
E Ilusão não reage à paixão.


José Borges.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Algum momento...

Que meu grito de socorro seja ouvido
Nem que seja apenas por mim mesmo
E que eu mesmo aprenda a me libertar
Por que sou tão livre quão preso
A tudo que não posso deixar.

Que meu amigo não me esqueça
Nem que eu me mude ou desapareça
E que ele se lembre dos momentos
Por que em algum momento
Isso tudo pode acabar.

Que meu caderno não seja esquecido
Nem que minha voz seja apenas riso
E que minhas histórias sejam repetidas
Por que o que conto é preciso
E sempre chegadas também são despedidas.

Que minha ausência seja notada
Nem que seja apenas palavra falada
E que minha lembrança não se cale
Por que meu silêncio ecoa
E sempre escuto antes que alguém me fale.

Que minha mãe não chore
Nem que sua lágrima implore
E que meu pai me entenda
Por que o que serei será futuro
Coisas que o passado talvez não compreenda.

Que minha poesia seja bem vista
Nem que seja uma poesia já inventada
E que a solidão não me abandone
Por que sou apenas o silêncio
E de verdade, de verdades não se engane.


José Borges.

sábado, 3 de outubro de 2009

Um Pouco mais...

Bem-vindo meu filho
Bem-vindo a máquina.
Por favor, poupe seu suor
Por que isso tudo passa
E tudo muda ao seu redor
Tenha cuidado
Á perigo e você pode se cortar
As sombras impedem teu caminho
E por ele você não pode voltar.

Bem vindo ao meu tempo
Não se preocupe
Quando você estiver crescido
Isso tudo mudará
Por que o tempo não passa despercebido
E sempre alguma coisa deve mudar
Só não mude você
Aceite como você será.

Se quiser viver em paz
Aprenda a lidar com a máquina
É simples, só basta ter coragem
Nem precisa saber o que faz
Não pense que todos são ninguém
Maquinistas querem isso de você
Pense muito pouco, um pouco mais
Vá muito além
Além do que se vai.

Bem vindo ao sistema que parou
A máquina cansada enguiçou
Até mesmo o tempo parou
Este é o meu sonho, sonho que ninguém sonhou.


José Borges.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Além do que falo...

Sentimentos. Todas as poesias querem dizer isso
Querem dizer-te amo.
Mas que o amor a outro não seja submisso
Deixe o amor voar.
Não se preocupe com os sonhos
Eles também aprenderam a amar
Os enganos,
Sentiram que não vale apena enganar.

Ouvintes. É tudo que preciso, mas me calo
Não preciso de teu cinismo.
Teu medo é mais que ismo
É muito além do que falo.

Nascentes. Onde nasce o meu destino?
Acho que ele está morto.
Quem sabe esquecido.
Talvez moldado.
Enfraquecido.

Solidão. É o melhor momento da vida
Com a solidão agente aprende a viver.
Agente só sente a dor dos espinhos
Quando começamos a andar
Por isso as flores lindas não nascem nas pedras
Por que as pedras ninguém pode regar.

É verdade quando dizem que poeta vive triste
Mas é verdade quando digo que estou feliz quando escrevo.
Sempre que um verso ou um amor vem, eu peço que fique
Só não entendo por que os amores ficam, e os versos logo eu esqueço...


José Borges.

Sombra do Passado

Que a sombra do passado
Não me tape os olhos
Nem me tire do meu caminho
Ainda que ele não seja certo

Que as nuvens de chuva que vejo no horizonte
Não afoguem minha esperança
Não inundem meus pensamentos
Que elas façam florescer um sorriso
Ou pelo menos escondam meus lamentos

Que a musica que ecoa
Não traga noticias
Nem novidades
Que seja calma e leve
Como o vento que sopra nos meus ouvidos

Que as palavras que ouço
Não me enlouqueça a cabeça
Nem me façam chorar
Que elas tragam conforto
Que elas me façam acordar

Que a vida seja paciente
Pois dela eu não reclamo
Que ela saiba esperar
Ate um dia alguém me dizer:
Eu te amo.


Juan Patrick.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O que pode um homem...

O que pode um homem, quando tuas mãos estão atadas
E quando teus pés não tocam o chão
Quando tua mente estiver em terras desconhecidas
E teu maior tesouro, for o pó que restou do seu coração?

O que deve um homem, senão a eterna dívida de viver
Mesmo se que com a vida não se lucrou nada
O que deve normalmente se fazer
O que pode acontecer
Senão o beijo da namorada?

O que sente um homem, quando não sente nada?
Talvez o vazio se alastre pelas tuas veias
E quando for pouco, esse vazio transborda
E se mistura com as areias
Que são trazidas pelo vento
E quando chega a tarde fecha-se a porta.

O que pode um homem, senão enganar-se
Estando diante da fissura que o leva ao amor?
Mesmo que mais tarde as ondas o levem
Deixando teu rosto ferido pelo sal
Ou pela força de sua passagem
Mais valia se fosse uma lavagem cerebral.

O que diz um homem, quando não é ouvido?
Bom seria se ele nem pedisse respostas
Pois o silêncio chama-se silêncio por certo motivo
O que não deve ser dito
Está dentro de quem permanece calado.

O que faria um homem, se não foste servo do medo?
Talvez pouca coisa. O medo move o homem.
Quando se está no escuro, sente-se medo
E o medo nos faz correr pra buscar luz
Mesmo que não acha ninguém
O medo não é em vão
A luz ilumina a escuridão.

O que escreve um homem, quando está sozinho
Mesmo que cercado de pessoas
O poeta se sente só
Voa feito um passarinho
Mas nunca sai do teu lugar
Sempre está sentado
Esperando a morte chegar
E com receio que a vida
Não lhe deixe esperar.


José Borges.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Se teu sorriso não me faltasse

Se o vento que te levou voltasse
Eu pediria que ele também me levasse
Para que eu pudesse ser sumir
Ir pra longe para onde ninguém soubesse
Onde ninguém pudesse existir.

Se o teu perfume me guiasse
E se tua voz não me calasse
Eu seria teu provador
Pra sempre teu caminho
E não deixaria você sentir dor.

Se a tua pele me esquentasse
Talvez em outras peles eu não me queimasse
E teu calor subordinaria meu frio
Assim tua presença era precisa
Eu, você e tempo, um eterno trio.

Se teu olhar não me esmagasse
E se teu sorriso não me faltasse
Eu seria a luz e a sombra do teu dia
Mesmo que algo te fizesse mal
Eu faria de tudo pra lhe dá alegria.

Se isso tudo um beijo provocasse
Eu não pediria que nada mudasse
Mas o que tem que ser será
E você pode nunca me ver
Mas dentro de mim você sempre vai está.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Buscarei o tempo.

Aonde vive a saudade que eu quero encontrá-la?
Vou dizer que preciso urgentemente dela
Se ela não me ouvir vou chamar pela despedida
Que foi quem deixou a saudade partir
Não sei quem é quem ou quem é aquela
Só sei que uma delas vai ter que me servir.

Onde está o medo que eu quero vê-lo?
Quero sentir teu frio arrepiar meu pelo
Se eu não encontrá-lo buscarei o tempo
Que é quem abre espaço pro medo existir
Ou quem sabe me sirva um pesadelo
Algum desses vai ter que me agredir.

Onde mora a raiva que atormenta?
Quero saber até que ponto ela agüenta
Se eu não encontrá-la pego de refém o grito
Que deve ter soltado a raiva por ai
Ou quem sabe a raiva esta acorrentada
Dentro do silêncio, querendo sair?

E por fim onde está o amor?
Que deixa a alegria se tornar dor
Queria tanto achá-lo nesse mundo
E que enfim amor eu pudesse sentir
Logo deixaria meus dias de sonhador
Pra algum dia eu dizer, vivi...

Soneto da Cor do Vento.

Flor do campo que surges
Percebei que o vento te balança
Entendei-vos o sentido das cores
Mudei o teu desejo de vingança.

Serei teu único público
E tu serás minha única flor
Sem medo e sem receios
Regarei em ti apenas amor.

Mesmo que tuas pétalas caíam
Eu estarei diante o teu leito
O tudo que vós direis será silêncio.

Mesmo que meu silêncio morra
Tua lembrança viverá a ecoar
Mudai vento o jeito, o jeito de amar.

Nas Mensagens.

Não vou perder mais meu tempo
Tentando decifrar essas mentiras virtuais
Onde só existem lamentos
Vindos de pessoas iguais
Pessoas sem pensamentos
Seguindo sempre essas leis irracionais.

Todos que perdem o pouco tempo que falta
De frente a um paiol de bobagens
Preocupadas com cores
Letras, títulos sinais
Tolices escritas nas mensagens.

Ainda que perdidas
Lembro das velhas cartas, e textos escritos a mão
Neles sim avia sentido
Eles sim esclareciam a escuridão


Lembro que recebia cartas
Escritas a mão quando era menino
Hoje sou eu quem escreve cartas
E as envio sem destino.


Juan Patrick.

Cego de amor.

Hoje vi que na minha ausência
As pessoas deixam cair as mascaras
Mais certas atitudes aparecem com a convivência
Atitudes às vezes muito caras

Pra esconder-se de min.
Você precisa mais que mentiras
Já que nesse túnel sem fim
Existem experiências antigas
Mais enquanto isso continua assim
Cada um com suas sepulturas

Pensando no que vejo
Penso se isso tudo e real
Não porque não acredite
Mais sim porque esta tudo normal
Isso sim traz perigo
Isso sim pode ser fatal.

Certas atitudes
Certos pensamentos
A cada dia que passa
Só se acumulam lamentos


Enquanto tudo não acaba
Finjo que sei onde estou
Enquanto não abro os olhos
Permaneço cego de amor.


Juan Patrick.

Mente Escrava

Quem será capaz
De reviver o passado
Sem pensar no que faz
Sem conhecer o pecado
Viver com a consciência em paz
Mesmo estando errado.

Quanto tempo passou
Quantas vidas se perderam
Quando o sonho acabou
Quando as guerras perderam
A verdade revelou
O que sempre esconderam.

No silencio do olhar
Na enciclopédia da palavra
Nada nos faz relembrar
O que sempre nos faltava
O que nos resta é vagar
Com a mente escrava.

Nesses rostos cansados
Á muito mais que tristeza
Mesmo estando parados
Buscamos sempre a certeza
Mais só encontramos medos
Que fortalece nossa fraqueza.

Juan Patrick.

domingo, 27 de setembro de 2009

Utopia.

Queria que teu olhar sobre mim não passasse de passado
E que logo você ficasse certa que eu não estava errado
Queria que eu quando te visse conseguisse disfarçar
E que quando você passasse eu nem quisesse lembrar
Queria que teu beijo primogênito fosses dado em mim
E que todos os teus beijos fossem flores em meu jardim
Queria que tua pele tocasse a minha como a água toca o fogo
E que me aquietasse quem sabe por um minuto
Queria que tua roupa fosse o meu perfume
E que nem da minha sombra eu sentisse ciúme
Queria que minha voz te encantasse
E que você mesmo distante me escutasse
Queria ser o teu eterno boêmio das madrugadas
E que durante o dia agente pudesse dar gargalhadas
Queria ser pra ti a imagem do homem ideal
E que apenas pra mim você prometesse ser amor real
Queria andar contigo pelas vielas e pelas ruas
E que em nosso passeio minhas mãos não largassem as suas
Queria tanto que o nosso amor fosse verdadeiro
E que esse amor nunca fosse amor passageiro
Queria ser o teu infinito universo de alegria
E que se houvesse escuridão eu fosse o seu dia
Queria que minha alma saísse de meu corpo
E viajasse até o teu ombro que é o meu porto
Queria que nosso grito de saudade fosse ouvido
E que na ausência eu ainda sentisse você aqui comigo
Queria que meu corpo fosse a tua cama
E que minha alma fosse a sua alma.


José Borges.

Cegos.

Já tem um tempo estou pensando
Tentando entender
E fico me perguntando
Sem me responder;
Por quê... O tempo não apagou
Lembranças... E tudo que agente sonhou?

Mesmo que tudo mude de lugar
Não sou capaz de entender
Estou perdido sem lhe encontrar
Em algum lugar dentro de você.

Estou certo que por certo
Agente brincou de errar
Caminhamos feitos cegos
Imaginando enxergar.

E sem saber pra onde ia
Indo no caminho errado
Não pensei que o que agente fazia
No fim fosse pecado.

Se saudade fosse brincadeira
Não perderia a vida inteira...
Á pensar...


José Borges / Junior Bass

Essa realidade...

Não é difícil ser enganado facilmente
Basta só olhar e o pior e se estiver carente
Sem medo você se entrega de corpo e alma
Ganha o prazer e perde a calma
E ainda fica registrado o fato
Na memória virtual de um retrato.

O amor é bom quando não passa de momento
Por que quando dura ele acaba o pensamento
É um exagero de ultrapassar limites
Alcança a sintonia de indesejáveis ouvintes
Machuca tanto que não sobra nada
No peito fica apenas a lembrança mal lembrada.

O perigo de viver distante é morrer de saudade
Mas é preciso deixar um pouco essa realidade
Na real nunca tive você perto de mim
Foi apenas um delírio e continua sendo assim
Até pra sermos amigos precisamos nos enganar
Por isso que é chato quando agente começa a amar.

Apenas um toque entre nossas mãos
Traz de volta o que tinha tirado do coração
Sou frágil e sentimental demais
Talvez porque caminho sem pensar em voltar a trás
Quando amo me aventuro sem pensar
Se vale apena ou não te amar.

Não digo que não vou lhe esquecer
O mundo dá muitas voltas numa delas eu deixo você
Sei que você me deixou em qualquer lugar
Mas eu não faço isso, não sou tão vulgar
Sou o cara que ainda pensa um dia
Encontrar o lugar onde o tempo se escondia.

Hoje o amor e tempo não me importam mais
Quero andar sem sentimentos e viver em paz
Vou navegar sobre mares de ilusão
Esquecer de saber que tenho intuição
Não sei se é certo mudar, mas vou tentar
Vou navegar pra longe, de onde não se pode voltar.


José Borges.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Na cara...

Pra quem não tem dúvida
A certeza é algo comum
Pra quem dúvida da vida
A morte tira a dúvida de qualquer um.

Pra quê andar de bolso forrado?
Se na alma não se tem nada
Pra quê andar com um sorriso na cara?
Se chorar não pode ser errado
Pra quê adivinhar a capa da revista?
Se agente já sabe que terá um engravatado
Pra quê esquecer-se de ler o jornal?
Pode-se ser bom ser um mal informado.

É tudo ao contrario de como tudo não deveria ser
É tudo ruim, complicado, difícil de entender

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O sertão delicado.

Viajando por entre os caminhos da minha terra
Vi tanta coisa que não sei como falar
Andei por entre riachos e sobre serras
E mesmo cansado não pensei em parar
Pois o teatro da vida um dia se encerra
E de mim talvez nada possa sobrar.

Timidamente vi as flores nas pedras brotarem
Ouvi os pássaros assustados cantarem
Ouvi o baralho das águas jorrarem
E vi meus tempos mudarem.

Meu sertão que não é meu de direito
Mas é meu de sangue e de amor
Sertão velho de caminhos estreitos
Caminhos onde hoje percorre a dor
E quem ontem eram os feiticeiros
Bruxos que ainda hoje não tem valor
Os mundos andam tombando pelos terreiros
O povo não se lembra de nosso senhor...

Coitado do terreno que piso clandestinamente
Amanhã tudo isso estará legal e ilegalmente
Enquanto hoje agente espera pacientemente
Um direito que seja dado generosamente.

Hoje tudo vale pelo poder
Nosso sertão não merece isso
Onde está o direito que agente devia ter
Pra quem comanda aqui é o paraíso
Por isso que é bom agente saber
Até aonde vai esse reboliço.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cântico de Louvor.

Louvem a vida! As aves voam
E os tempos passam.
Gritem alto! Precisamos ouvir
Os mundos mudaram
Não adianta fingir.

Faça uma prece. Peça o que quiser
Mas por favor, não me peça
Pra eu te abandonar.
Acho que não posso
Não sei como parar.

Medo! É isso que preciso
Preciso ter medo de sua saudade.
Luz! Não sei por que ainda vejo isso.
E assim também sinto vontade
Vontades loucas que não posso
Poder que não me cabe.

Louvem! O fim chegou
Você se foi.
E o tempo
O tempo passou,
Ainda passa,
Nunca pára,
Anda em círculos.
Não se apaga.
Tudo mudou.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vontade de escrever.

Tem dias que eu não consigo dormir
Fico pensando, me perdendo por ai
Mendigando um gesto que me faça sorrir
Tem dias que acho que nem estou aqui.

Sinto falta de mim
Sinto falta de você
E essa falta não tem fim
O que posso fazer?

Tem noites, que fico abrindo e fechando a geladeira
Depois fico sentando na cama pensando besteiras
E logo vêm na minha mente muitas doideiras
Conversas irónicas, conversas rasteiras.

Tem dias que não consigo escrever
E é nesses dias que sinto vontade de morrer
Sinto a morte me tentando a fazer
Um poema de amor, antes dela nascer
O amor mata a morte e deixa a vida viver.

Outros braços.

Se antes agente brigava demais
Agora somos fogo que não arde mais
Você era minha morena eu era o teu rapaz
Agora sinto a falta que seu olhar me faz.

Já fiz de tudo pra tentar te esquecer
Mas lembro com facilidade só em te ver
Lembro de coisas simples sobre você
Mas hoje sei que você não soube me entender.

Brincou demais comigo
Fingiu que me amava
Agora eu pago o meu castigo
Na sua vida eu já não mais nada.

Vai, tenta buscar em outros braços
Os abraços que só eu te dava
Tenta dizer palavras em silêncio
Em silêncio era como agente ficava.

Não sou o cara certo
Nem o cara errado
Sou o cara que ama
E que só foi enganado.

Esses dias.

Tenho tantas lembranças mortas
Tantos pensamentos esquecidos
Tenho muitos caminhos e portas
Tantos abismos e rios sem sentidos.

Queria que hoje, a noite não estivesse tão fria
Queria sair pra algum lugar, me esconder
Queria tanto lhe encontrar, sem me perder
Mas o tempo chegou logo, e eu não sabia
Não sei pra onde ir, nem quando vim
Nem sei o que mais posso fazer
Acho melhor tentar esquecer.

Tenho tentado tantas coisas esses dias
Mas nada me parece da certo
Já sonhei acordado em tantas noites vazias
Que nem sei o que é errado.

Juro que tentei parar de escrever
Mas as palavras não me deixam
O silêncio está comigo, mas não posso ver
Meus olhos estão cansados
E fico tantas vezes me perguntando por quê.

Minto quando não te olho
Meu olhar sem teu rosto é vazio
Você mente quando diz que te engano
Eu sinto por você meu amor
O que você por mim nunca sentiu.


José Borges

domingo, 20 de setembro de 2009

O corpo que vaga.

Um dia eu vi uma alma vagando pelo mundo
Vi de longe, era uma alma velha e cansada
Eu quis chegar perto, mas ela continuou andando
E bem rápido, de uma maneira inesperada
Vi que ali bem perto outra alma vinha passando.

Logo percebi que estava sozinho entre duas almas
Só meu corpo, solido e real existia entre o sobrenatural
Estava com medo, aquilo não era normal
Eu tinha que fugir, mas não conseguia
Eu precisava ver o final.

Entre as duas almas meu corpo existia
Entre o mundo o universo meu corpo vagava
Entre os sonhos e a noite meu riso sumia
Entre o amor e o ódio minha vida escapava.

De repente, as almas se foram
Deixaram-me apenas na companhia da solidão
E os dias vieram
Levando-me para mais uma ilusão.


José Borges.

sábado, 19 de setembro de 2009

Os dias.

Amanhã tudo estará mudado
Talvez eu não esteja aqui pra ver
Mas o tempo nunca chega atrasado
Nem horas ele precisa ter
O tempo é quem ensina
É quem nos deixa viver.

Hoje eu não creio em nada
Nem adianta tentar enxergar
Meus olhos a muito se perderam
E não sei onde eles podem estar
Por isso vou pelos recantos
Com cuidado pra não me machucar.

Ontem eu vi uma luz
Passei por longe.
Ontem carreguei minha cruz
Pensei que nunca fosse fazer
Assim ando sem entender
Quem somos e o que podemos ser?


José Borges.

Teatro de nuvens.

Olho para o céu e vejo aves a voar
Vejo que é um vôo suave, leve
É um vôo calmo e rápido, breve
Um movimento que não posso acompanhar.

Que belos são os pássaros
Voando sem nem um entendimento
Sem nem um descontentamento
Apenas voam por voar
Não amam
Não sabem amar.

E nessa rotina de olhar pra alto
Passo dias, horas, minutos, segundos
Conto estrelas, sonhos, e pensamentos
E logo chega a tarde
E lembro-me dos momentos
E sinto saudade
De um sentimento.

Escureceu. Já é noite.
Os pássaros decidiram parar
Eles não enxergam na escuridão
Esperaram o outro dia chegar
Já eu, fico vendo estrelas
Fico olhando a imensidão
Vendo como sou tão pouco
E como tudo é ilusão.

A noite, o céu, o dia a vida
Agente precisa apenas entender
Que agente nasce pra sorrir e sofrer
Agente nasce, pra viver e morrer.

O céu existe pra servir de palco
Cenário de acrobacias.
Mas qualquer passo em falso
Pode se tornar em noites fazias.

Olho. Não existe mais os vôos
As aves caíram, os homens sumiram
Os tempos mudaram, o vento parou
A vida anda morta só porque amou.



José Borges.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sem sentir nada.

Hoje estamos distantes a mais de dias
Longe de tudo aquilo que agente pensou
Perto do fim de mais noites fazias
Nas cinzas no corpo de quem se queimou.

Hoje a nossa vida já tem nada haver com agente
Você se perdeu nos seus sonhos
Eu quis me entender, mas naturalmente
O tempo passou e ficaram apenas os planos.

Hoje o sol estava lindo de manhã
Mas acordei tarde, não pude ver.
Não adianta ter uma mente sã
Ela logo vai se corromper.

Hoje tudo foge de minhas mãos
E no fundo tudo não passa de nada
E agente vai à busca de dias em vãos
Perdendo tempo escondido em uma madrugada.

Hoje é muito mais do que um simples hoje
Hoje eu acordei e tentei entender alguma coisa
Não entendi nada, to onde qualquer um se esconde
Não vejo nada, to cego a beira de pular da ponte
Hoje tudo acaba sem sentindo, sem sentir nada
Amanhã quem sabe seja diferente
Espero que entenda tudo o que não entendo
Compreenda o que não compreendo
Assim eu não serei mais demente
Alucinado pelas tuas palavras
Perdido na tua mente.


José Borges.

Se você quiser partir.

O nosso amor é raro
É forte igual o cristal
Mas o preço dele e caro
Agente sofre sem fazer mal.

O nosso amor e fogo
Que queima, arde, mas agente gosta.
Agente sabe que isso é um perigo
Se entregar a quem não se importa.

O nosso amor dar inveja
Outras pessoas querem nos tomar
Por isso que faço festa
Quando você jura me amar.

Te amo e não quero acordar
Esse sonho é um belo dia
Que a noite não vai incomodar.

A tarde já faz assombro
Diz que você pode fugir
Mas eu lhe carrega no ombro
Suporta o peso se você quiser partir.

A tarde que antes era minha amiga
Agora me engana e me machuca.
A dor de quando me lembro da partida
Deixa minha razão bastante maluca.

E o nosso amor é assim
Forte, triste, mas nunca ruim
O teu perfume me enlouquece
Não consigo tirar você de mim.

De longe eu vejo o horizonte
Com portas abertas
Mostrando-me o futuro
Ensinando-me a lidar com as controvérsias.

O nosso amor pra sempre viverá
Sei que a tempos ele se foi de você
Talvez demore a me largar
Mas em algum lugar do tempo ele vai viver
Talvez perdido em alguma outra galáxia
Sei que esse amor vai existir
Sei que nos dois em outros mundos
Talvez possam fazer o que não fizemos
Talvez eles possam dizer; te amo, sem precisar partir.


José Borges.

Melhor eu acordar.

Finalmente nossa conversa aconteceu
Foi em pouco tempo, mas agente se esclareceu
Tive que falar o que não queria
E você não me entendeu
Disse que eu tava louco sem noção
Disse que era melhor agente mudar
Você não entende que isso é mais que paixão
É algo tão verdadeiro que não existe comparação
Você me disse que era melhor eu acordar
Mas passe o tempo que passar
Já disse e digo, não vou lhe deixar
Posso até ta sendo estúpido, arrogante, coisa assim
Mas não preciso mentir, quero ver chegar esse fim.

Vamos ver até quando você vai se disfarçar
Veja, o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos
Ouça o som baixinho, tem outro querendo meu lugar
Faça tudo que puder, faça sonhos, faça planos
E espere que tudo melhore para você atravessar
A ponte é algo arriscado pra quem não sabe nadar
O mundo é um labirinto e não se pode escapar
Agente finge dos inúmeros enganos
Fingindo não se enganar.

Nossa conversa foi de repente
Não mais do que de repente
Tudo que agente quis viver
Aconteceu, sim anoiteceu
Você e eu, a mar e céu.

E nessa distancia eu tento te ver
Tento chegar perto pra dizer
Amo você, não sei como fazer
Quero te ter
Mas não posso viver.

Nossas brigas foram muitas
Mas agora vive o silêncio
Nossas conversas são poucas
É sempre assim depois de um final
Onde você escolhe outro caminho
Eu num pesadelo fatal
Buscando e tentando encontrar o destino
De uma verdadeira história real.



José Borges.

Faz de conta.

Olha só o que vem pela frente
É o tempo mudando de repente
É algo mudando dentro da gente
Olha só, o que ainda vem pela frente.

Muita guerra, pouca paz
E agente ali no meio
Brincando de faz de conta
Vendo o que mal que agente faz
Mudando de lado o rosto
Ficando sempre com o pé atrás
Sem coragem de ver a verdade
Sem ter hora de pensar um pouco mais.

Os sindicatos não dão liberdade
A agente não quer saber da verdade
Vai pra qualquer lugar de sacanagem
Agente só quer saber de corrupção.
(Enquanto alguém mendiga por um pão)

Corromper é nosso lema
Nossa honra, nossa bandeira
Somos políticos com cara de santo
Ouvindo e falando um monte de besteira.

Não tentem me questionar
Eu sou a lei e posso te aprisionar
Eu sou o rei, posso te matar
(enquanto morro sem parar)
Eu sou o tudo, e não tente me negar.

Escombros.

Estou num espaço afastado da lei que me sustenta
Diante dos últimos reis da antiga dinastia da razão
Ouvindo o motivo da raiva de tudo que me alimenta
Num passo a cada segundo em busca da perfeição
Num copo vermelho por dentro de tanta ilusão
Na lógica de quem a cada dia me inventa.

Não a como não ter ódio de tudo que vejo
Se o que vejo não serve para o que desejo.

Não me pergunte de nada, nada pode acontecer
O tempo que passou agora volta com planos
Planos que faço pensando em como viver
E vou viajando por entre os desenganos
Ao lado de olhares e risos, todos insanos
Tentando inventar alguma coisa que possa acontecer.

Ando sem rumo, perdido como uma nuvem
Num céu de lágrimas e sussurros que me sobrevoa
Ouvindo o que não diz nada sobre o que se tem
Sentindo o frio que parece ser de uma garoa
Olhando o avião que por outro céu voa
Sentindo-me na eternidade de não ter ninguém.

Deixei que meu mundo desabasse sobre mim
Por que é sempre preciso se chegar a qualquer fim.


José Borges.

Em segundos.

Minha doce, nada mole vida.
O que sou comparado a eternidade?
Sou um momento apenas.
O que faço se me resta a saudade?
Eu me lembro dos momentos.
Os segundos de amizade
Os eternos abraços.

Doce e amargurada vida
Não tenho nada para lhe dar
A não ser o que sou.
Minha amiga.
O que sou?

Sinceramente não sou nada
Ou sou tanto que não sou capaz de entender.
Encontrei atalhos nessa caminhada
Ignorei todos, prefiro ter o gosto de viver.

Prefiro não ser o que me dizem
Quero ser o que não sou.
O que sou?
Talvez, um louco, um cego, um mudo, um surdo
Sou um tudo.
Meio quase perto do fim.

Sou o raio de luz que entra pela janela
Sou a porta para a alegria
Sou o que vejo, que ironia.
Quem será aquela?
Aquela que passa e não me ver
Aquela que não sabe viver.

Os dias são tristes
As noites, frias.
E eu no meio de tanto tolice
Desfazendo minhas agonias.
Encantado com o que sou
Vendo o que passou.

Andei por tantos cantos da terra
Que pra terra serei mais um pó
Fui descendo os montes e serras
Andando quase sempre só.

Não nego minhas visões
Alucinações. Canções.
Admiro a morte.
Admiro muito mais a vida
Que é quem me deixa viver.

Me encontro e me perco
Mas nunca paro.
Entre nos dois existem duas vidas
Todas duas perdidas.


José Borges.

Em busca de almas...

A vida me fez entender, ou melhor, o tempo é quem faz as coisas por aqui.
O tempo me ensinou que a vida nem sempre deve ser levada tanto a sério
O melhor mesmo é brincar, curtir os momentos e entender que só importa senti.
Senti como os momentos são importantes, são precisos para nosso mistério.
O mistério da vida, do viver, os mistérios dos sonhos que me fazem sorrir.
Os sorrisos que me deixam alegre, mas apenas é uma alegria interna sem critério
Ser crítico me faz ser estúpido para os tolos, ser tolo pra mim é uma estupidez.


Celebro meu dia em uma taça com medo e raiva, encanto minha morte com doces e flores
Não nego os enganos que me fazem de outrora
Não entendo os entendidos como pensam que não entendem a si mesmo.

Não a regras nas palavras, as palavras nos regem, somos parasitas em busca de almas.
Somos sombras velhas e cansadas, calmas.
Sou o que me ergo e me mostro.
Não mostro nada, apenas me vêem por acaso.
Por acaso eu quis escrever, quis rimar
Quis viver, quis amar
Não me amaram.
Que tolo.
Amei...

Assim os tempos vão, e os tempos vêm, e sempre estarei aqui ou certo ou errado não vou partir
O melhor do tudo é sempre o final
Quando agente entende que esperou o tempo todo por nada. Isso é mortal.
Quando agente acha que quer, e não quer mais saber de nada
O nada entra em nossa vida, mexe com o nosso tudo
Rouba o nosso pouco, sacrifica o nosso nada.

A vida me diz que a vontade de ser fiel é maior do que a de ser infiel
Eu digo que a vida não sabe como andar sem sua cadeira de rodas. O tempo.
Com o tempo tudo é possível.
Porém. O impossível nunca acontece.
Se algo é algo, tempo é tempo, vida é vida
Tudo é tudo, sentimento e sentimento, partida é partida.

Adeus meu Deus de momentos tristes, perdoai quem não soube lhe ter em momentos bons
Amei os vossos filhos e malditos
Que amam os versos. Odeiam os sons.
Meu Deus de mentira não minta quando fores à hora de partir,
Eu quero uma viagem, e quero saiba pra onde posso ir...

José Borges.

As pedras não amam.

Quando a verdade chegar
O tempo não passará
As horas irão demorar
A saudade viverá
As sombras vão passar.

Quando o frio bater
Teu corpo desejará o meu
E não terei nada a fazer
O tempo já me esqueceu
Você se perdeu
O que resta esquecer?

Quando a chuva tocar a terra
As flores nascerão.
E o teatro se encerra
Quando não houver multidão.

Quando o calor te ferir
Eu não quero me sujar
Quero ficar longe daqui
Quando a terra parar de girar
Ou quando a pedra sentir
Que ela não pode amar.

Quando o quando não existir
Eu estarei na hora e no certo lugar
Quando o tempo curar o que vi
Meus olhos não poderão mais enxergar.


José Borges.

Dia Irracional

Meus sonhos estão cada vez mais reais
Retratam cada vez mais a realidade
Nada mudará esse sonho
Nada me trará tranqüilidade

Já nem sei se realizar sonhos e bom
Já nem sei o que e bom
Estou me contentando com qualquer coisa
Acho que esse e o meu don

Já que imagino tanta coisa
Porque não consigo imaginar um dia normal
Sem as duvidas sem os sonhos
Um dia irracional

Sei que estou sendo egoísta
Sei que nem tudo e possível
Mais qualquer simples palavra fortaleceria
Um sentimento tão cessível

Esses dias estão sendo difíceis
Porque estou percebendo nos mínimos detalhes
Que o destino me reserva
O que já arrasou milhares.

Juan Patrick.

Viagem Lunar.

Quem sabe um gole
Quem sabe um olhar
De uma bebida fatal
De uma viagem lunar.

A volta dos sonhos
Esta num simples cochilo
Mais a volta da vida
Esta num passado não muito tranqüilo.

Agora me responda
De que horas vai acabar o mundo?
Quero não lembrar-me de nada
Quero ser apenas um simples vagabundo.

Venha do meu lado e mais seguro.
Prometo te mostrar muitas coisas
Entre elas esta o medo
Que te tira todas as forças.

A verdade a ver navios
A mentira acorrentada no teu olhar
Minta sempre que possível
Minta sempre que errar.

A cada ano um ponto branco
A cada lagrima uma lembrança
Muito perto do abstrato
Mais ainda preso a essa cobrança

Quem sabe o prazer
Quem sabe a dor
Mais nada disso existiria
Se não existisse o amor.


Juan Patrick.

Menino Sonhador.

Como um menino sonhador
Vivo essa vida incerta
Com ilusões na cabeça
Com a mente muito liberta.

Vivo a cada dia
Sonho pra esquecer o futuro
Mais certo de que um dia ele chega
Somente disso estou seguro.

Pensei ter aprendido
Pensei ter me decepcionado
Mais porque eu não aprendo?
Porque ainda escolho o caminho errado?

Esse caminho
Não e nada alem de um sentimento.
Mais tudo se transforma
Transforma-se a tudo cada momento.

Porisso o sol fica parado
Á sempre quem gire em torno dele
Em torno de min giram muitas coisas
Gira tudo sem controle.

Diga-me que estou errado
Antes que eu arrisque tudo
Diga-me que anda estou parado
Juro que continuarei mudo.


Juan Patrick.

O Destino

Esse destino que imagino
Não tem nada de concreto
Muito alem do meu querer
Nem querendo ele ficaria certo.

Se as portas se abrirem pra você
Como já se abriram pra mim
Muitos sonhos acabariam
Muitos chegariam ao fim.

Um futuro promissor
Brilhante pra quem vê
Eu queria só ficar junto
Ficar Junto de você.

A distancia e um medo
Que sempre tentei superar
Ainda que contra muitas vontades
Eu decidi ficar.

Mais será que você rejeitaria
Uma vida longe da nossa
Continuo sem saber
Continuo sem resposta.

Disso tudo se encarrega o destino
Pra isso tudo existe a dor
Nossa vontade e a mesma
Só não é o mesmo amor.

Eu não êxito em dizer
Quero estar sempre junto a ti
Sei que você também quer
Mais sei que não exitaria em partir.


Juan Patrick.

No Papel

A cada dia que volto pra casa
Imagino por quanto mais irei trilhar esse caminho
Sei que esse caminho é cheio de rosas
Mais também sei que em toda rosa tem espinho

A cada dia que passa
Passo horas a pensar
O que passa na sua cabeça?
Ou o que será que ainda vai passar?

Mais tudo que ate aqui sei
E que muito tempo se passou
Só não me pergunte quanto tempo
Pois meu tempo me congelou

Eu to sempre procurando
Pistas em palavras vazias
Quem sabe um dia eu entenda
O que significavam tantas fantasias

Temo o passar do tempo
Temo a sombra daquele olhar
Que assombra minhas lembranças
E que teima em voltar

Prometo ir ate o fim
Juro ao destino ser fiel
Conversando comigo mesmo
E desabafando num papel.

Juan Patrick.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mulher Vitoriosa (secy)

Ainda lembro-me da minha primeira reação
A vida nos uniu de alguma maneira
Nem sabia eu que ali nascia
Uma amizade pra vida inteira.

Uma mulher vitoriosa
Uma mãe exemplar
Que sabe se manter firme
Mesmo se a vida não ajudar.

Tua amizade é como uma jóia
Alem de rara é linda e valiosa
Uma jóia difícil de se achar
Nessa vida tão mentirosa.

Tuas palavras confortam
Teus conselhos trazem segurança.
Pra sempre te levarei
Gravada na minha lembrança.

Sempre pronta pra ouvir
Sempre disposta a ajudar
Tenho orgulho em ser teu amigo
Tenho orgulho de perto de ti poder estar.

Nem o tempo, nem destino
Vão ser capazes de destruir
Essa linda amizade
Que o tempo se encarregou de construir.

Juan Patrick.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Minha decepção.

Amor e odeio terror ou paixão
Visão ou cegueira, não há conclusão
Medo ou raiva será traição?
Quem me negou pela palavra
Não me nega pela ação
Sou tão forte como pedra
Simples como um não.
Árduo como o fogo
Frio como a ilusão
Agora o que sou?
Pra que lado é a direção?
Não vejo luz nem estrela
Só vejo minha decepção
Não tenho como me mudar
Não existe salvação
O caminho é longo e seco
Não me sobrou um perdão
Por isso o que escrevo
É feito de imaginação
E assim vou caminhando
Para qualquer situação
Buscando novos horizontes
Levando o amor na palma da mão
Pra o dar de esmola para alguém
Que saiba fazer uso com razão
O amor não me faz feliz
O amor é pura enganação
Quem ama mendiga algo
Morre na solidão.

domingo, 30 de agosto de 2009

Ser poeta...

Rápido como a luz
Incerto como a vida
Pesado como a cruz
A entrada é a saída.

Quem o faz sente medo
Sente amor e tudo mais
Por que ser poeta é um pesadelo
Um sonho que me refaz.

Ser poeta e não viver
E encontrar vida nas palavras
Por isso que é difícil fazer
Rima com palavras cruzadas.

A luz não segue o poeta
O poeta prefere a escuridão
A luz é sempre incerta
O poeta exala paixão.

Já se entra e logo sai
Ser poeta é ser um pescador.
Pesco versos e assim vai
Vai e vem só não se vai o amor.

sábado, 29 de agosto de 2009

ME FAZ VIVER...

Uma viagem pela escuridão
Procurando um lugar legal pra ficar
Passando a faca sobre a mão
Sem ter medo de se cortar
Enlouquecendo a razão
Pensando em não acordar.

Ainda que faltasse papel
Mesmo assim as letras se vão
Os pássaros compartilham o céu
Cantam sons em vão
Esperando um destino cruel
Voando lá pro lado do sertão
No tribunal da vida sendo réu
Sobrevoando campos de aniquilação
Sempre amando, um ao outro sendo fiel,
Bebendo água da fonte da paixão.

Viajo por entre capins e matas
Transigindo o amor e a ilusão
Limpando a lama das botas
Que estão sujas desse chão
Olhando os peixes darem cambalhotas
Sentindo o doce da imaginação.

Meus árduos sonos dementes
Deixa-me aqui, me deixem morrer,
Tirem de mim os sonhos decentes
Tira da morte, me faz viver,
Acorda meus sorrisos transparentes
Plantas em mim a vontade de crescer
Quero ver além das vertentes
Até aonde posso me fazer acontecer
Quero me ver por dentro das mentes
De quem nunca se imaginou saber.

É um pouco tarde...

Meu sonho de amor amigo
Um pesadelo imenso
Fujo e procuro um abrigo
Mas sempre me esqueço
Esqueci que existe perigo
Em tudo aquilo que penso
E sem saber de nada eu sigo
Viajando pelo o universo
Visitando galáxias contigo
Conhecendo planetas a senso
Voltando e ter rixa comigo
Virando-me ao inverso.

Agora já é um pouco tarde
O tempo passa e agente fica
Perdidos dentro da saudade
Andando sem rumo na vida
Amargurado nessa ansiedade
Pronto pra mais uma bebida
Só esperando ter a vontade
E entrar nessa sem ter saída
Mergulhar no mar da maldade
Esperar dessa vez a partida
Quem sabe a felicidade
Aqui na hora de despedida.

Havia um vento passando
Fazendo as folhas balançarem
Havia um pássaro cantando
Fazendo os tempos mudarem
Pois paro mais do que ando
Ando mais do que querem
Perco-me sempre pensando
O que sobra quando matarem
O último que vai pairando
O vento que quiserem
Na areia da praia que ando
Só paro quando me calarem.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Coração Apaixonado

Já se passaram alguns messes
desde que tudo começou
com olhares e palavras
um desejo despertou.

Imaginava ser seu namorado
Cada dia ficava mais apaixonado.
Por você meu amor.

A primeira conversa veio
E eu tremia o corpo inteiro
Ao olhar você na minha frente
tão linda e sorridente
Não sabia o que falar
gaguejando e tremendo
buscando palavras pra te conquistar.

Queria que você tivesse
Naquela hora no meu lugar
Pra você ver como e difícil
Um coração apaixonado falar.

Depois veio um tempo
Difícil de aguentar
Ansioso e nervoso
Vendo a hora chegar
Com medo de fazer mal feito
E você por mim não se apaixonar.

O dia chegou de pressa
Quase fui pego de surpresa
De novo procurei palavras
Que sumiram da minha cabeça.

Conversamos um pouco
E decidi tentar
Dar um beijo em você
Pra ansiedade acabar.

Não pensei duas vezes
A paixão era grande
Fechei os olhos e te beijei
Subi ao céu um instante.

Ao beijar sua boca
Senti um frio passar
Por dentro do meu peito
Que começou a chorar
Com tamanha emoção
Senti o peito apertar.

Começou uma história
Uma historia sem fim
Que para sempre levarei
Escrita dentro de mim.

Pensei que era forte
Que nunca ia sentir amor
Mais quando penso em te perder
Meu coração enche de dor.

Se isso não for amor
Eu não sei o que pode ser
Ate ouvindo musica
Eu lembro de você.

Espero que nunca acabe
Nem que paremos de escrevê-la
Essa linda história de amor
Que não sai da minha cabeça.


Minha primeira Poesia.
Juan Patrick.

Sem Cura.

Agora e nossa hora
Vamos sentir essa chuva
Estamos muito alto
Por enquanto não a curva.

Nossos olhos estão fechados
por isso não ligue pra escuridão
Enquanto estivermos sozinhos
Não haverá solidão.

Me entenda se possível
Me perdoe se errado
Só não vire-me as costas
Pois sempre estive ao seu lado.

Veja só as estrelas
Elas não querem nos dizer nada?
Surgiu um novo porto de luz
Quem sabe pra guiar nossa estrada.

Não se assuste quando vierem
Nuvens negras,escondendo as estrelas
Essas nuvens são passageiras
São iguais as primeiras.

Entendo teu silêncio
Por isso entenda minha loucura
Nosso amor será eterno
Como uma doença sem cura.


Juan Patrick.

Nossa caminhada...

Os nossos olhos já não enxergam agente
Por mais que agente se ver
Passa um vento forte e de repente
Já não sei o que lhe dizer
E o olhar hoje fica carente
Procurando vida pra se viver
Enquanto o último chega à frente
Agente faz o que não se pode fazer.

O nosso amor nasceu por acaso
Mas por acaso não deve acabar
Eu vou até os confins do espaço
Se for pra não deixar de te amar
Pode até o céu cair em pedaços
E a terra vira mar
Pode tudo terminar em fracasso
Que sempre vou sonhar.

Antes eu pensava que era real
Mas vejo que foi pensamento cego
Eu sonhava com meu mundo astral
E com calma perto do fim eu chego
Ouço o que dizem sobre o natural
As minhas verdades eu as nego
Só pra ser um pouco mais igual
Desigual ao que enxergo.

Uma carta não resolve nada
Já tentei conversar mais não adiantou
O tempo nos propôs uma charada
E nos tirou o que nos sobrou
Difícil adivinhar nossa caminhada
Sem agente saber por onde andou
Por isso que guardo em mim as pegadas
De tudo que agente pensou.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

É sempre assim...

Um desejo mais que honesto
Desonesto com minha razão
Provocou um grande manifesto
No tribunal da paixão
Destruindo ilusão e todo o resto
Despedaçando meu coração.

Um problema de estado
Numa estação nos meus sonhos
De frente um ser desesperado
Enganando-se com seus planos
Deixando seu tempo abandonado
Nas esquinas dos desenganos.

No espaço entre a raiva e a razão
Sobram lugares para um pensamento
E pensar me lembra a imaginação
Lembra do que quero o afastamento
Razão demais nos leva a alucinação
Loucura me traz contentamento.

Querer falar de amor é sempre assim
Quase não se começa e já chega ao fim
Por isso que amar é um universo
É um inferno pra mim.

Antes do Precipício...

Um Carnaval em meio da noite
Uma noite cheia de monstros e corpos
Um vento que dói feito um açoite
Um verso que fede como lama de porcos.

É isso que agente pensa
Quando não se tem o que pensar
É isso que agente inventa
Quando não se tem o que inventar.

No fim tudo muda
Muda o que não se pode mudar
Muda o que era igual
Igual ao que nunca será.

Horrível de ler
Difícil de entender
Caro pra comprar
Barato de se vender.

Quase sempre eu me nego
Eu nego que não sei
Mas eu queria ser mais um cego
E não ver por onde andei.

Queria te ter do meu lado
Ter você perto de mim
Mais sei que não é permitido
E vai ser sempre assim.

Não posso te amar
Só posso te ver
Mas vou continuar
Vivendo pra não morrer.

Versos imundos e sem lógica
Logicamente me sobra razão
Mas o que sei que me falta
Não se tem uma noção.

Considero-me que não considero nada
Acho que não é preciso
Tudo acaba em plena madrugada
Um vinho antes do precipício.

Um amor não correspondido
Uma alegria que se imagina ter
Uma voz de alguém mal entendido
Esperando o amor acontecer.

Mais Bacana...

Ouvi dizer que você não me ama
Que não me gosta e não me quer
Então por que você me engana
E fala sem ter nada a dizer?
Sei que não sou o mais bacana
Não sou o sonho de uma mulher.

Vi você passando sorrindo
De braços dados com seu novo amor
Senti lágrimas de meus olhos saindo
E se alastrar em mim uma dor
Um sofrimento que se vai repetindo
Um perdão muito pecador
Uma boca que vai se abrindo
Num pensamento voador.

Releio cartas em versos
Escrevo versos e cartas
Tenho vontade de me virar pelo avesso
De me perder nessas estradas
Sentir o frio do inverno
Em outras madrugadas.

Queria escrever sobre meu amor
Mas acho que não há mais nada a dizer
Você já disse o que pensava desse tolo
Disse que não tinha nada a fazer
Por isso vamos enganar os pontos
Enganar-me e enganar a você.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

TUDO REAL.

Veja meus olhos
Vejas as lágrimas que por ele transcorre
Sinto meus lábios
Olhe o sangue que por eles escorre.

Ponho-me perto de ti
Atravesse a ponte que nos separa
Não queiras se perder por ai
O tempo curiosamente não para.

Você rir a me ver no chão
Mas se estou é por sua causa
Afoguei-me nessa ilusão
Nesse compasso sem pausa.

Minha amarga tristeza
Será que sou quem me faça triste?
Por que eis tão grande essa fraqueza
Por morena tu partiste?

Juro que não fiz por mal
Foi um pouco irracional
Nem um pouco sentimental
Mas pra foi tudo real.

Ótimo. Tente outros braços
Busque outros amores
Pise sobre meus pedaços
Saboreei outras dores.

Não nego que te amo
Mas fiz você deixar de me amar
Agora me sobraram o tempo e o vento
Viver a pouco instante antes de sonhar...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

EM PARCELAS...

Tive medo de agir
Medo de pensar
Medo de sentir
Medo de falar
Medo de viver
Medo de amar.

Fantasia nas sombras
Um dia a luz de velas
Fico com as sobras
Divididas em parcelas.

Minha voz calada
Meu grito abafado
Nos dois na madrugada
Meu desejo ousado.

Ainda sim ouve medo
Não foi fácil te ver
Bateu logo um desespero
Tinha tudo a ver.

Fiz-me com esmero
Para não me errar
Fiz-me o mais certo
Para ninguém me copiar.

Medo de viver
Medo de escrever
Medo de morrer
Medo de esquecer
Medo de mim
Medo de você...

Tantos sonhos falsos
Ou falsas realidades
Tantos planos traçados
Ou ocultação de verdades.

Cale-me, por favor...
Fale em meu lugar...
Diga que é amor...
Diga que não vai passar...

Há, que amor folgado,
Enganou-me e agora fica de lado
Estou sozinho, abandonado,
Esperando ser amado...

Dizem-me pra eu mudar
Mudei para ser eu mesmo
Os ventos vão sempre passar
Mas te ti eu não esqueço.

Queria te esquecer
Mas não dá
Queria me aquecer
Até evaporar
Pra não mais ver
Você a me olhar.

Olhos de dor escondida
De felicidade repreendida
Olhar de paixão sentida
De chegada desejando partida.

Quão desejo impiedoso
Há vontade louca de amar
Vontade de ser corajoso
Vontade de desaparecer no mar.

Mar de sangue
Esse corre nas veias
Rega a fonte da vida
Perde-se nas areias.

Amiga. Não te quero assim
Prefiro a inércia do medo
Do que imaginar o fim
Vou mudar esse roteiro
Vou querer algo pra mim.

Cheguei ao final
Sem conhecer o inicio
Agente continua normal
Abeira do precipício.

Terminamos de se enfrentar
Mesmo a distancia
Apenas pelo o olhar
Perdemos a coerência
De como se deve amar
Agora fica a impaciência
Esperando o tempo passar
Com jurando inocência
Provando que tem que provar
O medo nos leva a fantasia
De um dia querer voar
Agente não percebe a ironia
Do vento quando se encontra com o mar.

A natureza me agrada
A comparo com o amor,
Ou você usa com consciência
Ou pode provocar a dor...

domingo, 16 de agosto de 2009

PODE SER RUIM...

Queria que meu amor maduro
Envelhece-se rapidamente e morresse
Queria que você descesse do muro
E de algum lado originalmente ficasse.

Não consigo te olhar sem pensar no passado
Não consigo me calar sem ouvir uma palavra sua
Não consigo me imaginar acordado
Não consigo deixar de pensar naquela rua
Não consigo esquecer daquele teu olhar mascarado
Não consigo deixar de querer uma verdade nua.

Vejo-te e me socorro dentro de mim
Tenho medo de me fascinar pelo meu vicio
Tenho a boa ventura de pensar sempre assim
Mas às vezes prefiro o precipício
Debaixo de tudo, nem o nada pode ser ruim.

Amadurece amor meu.
Caíste logo de meu peito.
Vai, vai, vai... Sou teu...
Vem logo... Liquefeito.

Versos de horror me aterrorizam
E uma mão tremula de segura.
Os que andam sem mim, me profetizam,
Os que me dão à mão, eu não os nego ajuda.

Saudade de um passado que não me faz falta
Mesmo assim sinto a falta de algo
Talvez seja a falta de uma voz alta
Ou de um gesto que de mim não foi salvo.

Engenharia para montar um centro
Centro para confundir os cantos.
A temperatura dá função ao termômetro,
E o forte abraço do tempo
Faz agente saber que existem os ventos.

Corre... Corre, e pare logo depois de mim,
Se eu estou parado aqui, é por que devo estar aqui,
Não queiras ficar comigo, procure outro fim,
O meu é este, o seu deve ser bem ali...

sábado, 15 de agosto de 2009

EM BUSCA DO PENSAMENTO...

Queria tanto dizer algo
Mais o medo que hoje me cala
Antes me ensinou como falar alto
Mas esqueci de como pedir esmola
Comprei um medo pré-pago
Uma verdade de mentira
Uma hora na TV de intervalo
Isso que vem é sinal de partida
Ou como diz alguém à toa
“É só mais uma amiga.”

Não consigo escrever o que penso
Se o que penso não diz o quero escrever
A mente uma fossa de lamento
Uma fonte inesgotável de prazer
Um surto em busca de pensamento
Ou alguma coisa que alguém quer dizer.

Não fala por não vejo por que
Se ninguém faz nada, nada adiante fazer,
Por isso que agente vive assim
Sempre morrendo tentando viver.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

GRITO OU SUSSURRO?

Irreverente ou puro?
Vergonha ou orgulho?
Grito ou sussurro?
Verde ou maduro?

Como prefere o nosso amor?
Como você me enxerga nessa escuridão?
Como você sente esse ardor?
Como você me encontra nessa imensidão?

Verdade ou mentira?
Parada ou corrida?
Será uma sátira?
Ou uma eterna partida?

Por que você se esconde?
Agente vai para onde?
Quem esta do outro lado da ponte?
Alguém será o último viajante?

Por que tantas perguntas?
Por que nenhuma resposta?
Por que me atiram pelas costas?
Por que não entendem minha proposta?

Será que eu falo em códigos?
Será que meus olhos são dígitos?
Será que existem mais perigos?
Será que vão acabar os gemidos?

Quem me viu?
Quem me ouviu?
Quem partiu?
Quem mentiu?
Quem sentiu?
Quem sorriu?
Quem subiu?
Quem caiu?
Quem me agrediu?
Quem sumiu?
Quem fugiu?
Quem me iludiu?
Quem me feriu?

Não há respostas?
Por isso que gosto do silêncio...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NOSSO SÍMBOLO...

Nossa alegria parecia algo infantil
Parecia um retrato moldado que você nunca viu
Ou uma flecha que do céu caiu
E de lado um anjo morto sorriu.

Brincamos como se fossemos crianças.
Choramos como prisioneiros de guerras
Disfarcei minha ignorância
Olhei para longe para o alto das serras.

Não quis te ver com medo
Não quis dá uma de estúpido
O problema é que te quero
O problema é que te amo.

Giramos nesse circulo
Aumentamos cada vez nosso currículo,
Ou nosso amor feito com capricho
Tudo que éramos é nosso símbolo.

Quero te falar o que sei
Mas você vai dizer que me enganei
Mas quando ontem te olhei
Vi algo escondido, logo parei.

Estacionei meu amor na esquina da solidão
Mandei um vigia digno, a paixão,
Mas a paixão me ligou pedindo proteção
Pois se aproxima um ladrão
A distancia era de um quarteirão
Mas corri velozmente naquela direção
Quando cheguei era tarde, a paixão estava no chão,
E um ser, imundo, falso com uma arma na mão,
Perguntei como te chamas face do cão?
Ela disse sorrindo e com um olhar de traição
Sou o inverso do amor, a ilusão.

Filme de Terror.

Veja só como somos iguais
Vemos no silencio a solução
Por isso não passamos de simples mortais
Não nos permitimos ter uma explicação
Erros bobos, mais vitais
Para o senso da noção
Somos como animais
Aprisionados no porão.

Vemos a terra girar
Não damos nenhum valor
Mais se um dia ela parar
Novamente vira o terror
Pássaros sem poder voar
O vôo cego do amor
Nada nos faz acordar
desse filme de terror.

Somos leigos de conhecimento
Somos pobres de tolerância
Nesse grito de lamento
Na total ignorância
No mais puro pensamento
Quem dera voltasse a infância
Onde tudo era momento
Onde nada tinha importância.


Juan Patrick.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PRECISO TE OLHAR...

Meu desejo insano que me alicia
Faz-me te querer friamente em meus braços
Meu delírio serve-me como uma anestesia
Faz-me com que eu veja meus pedaços.

Pedaços de uma carta sem endereço
Endereçada apenas ao que não existia
Sumarias contas de que não tem preço
Inúmeras propostas que não se fazia.

Um beijo forjado na lápide do amor
Despojada sobre o túmulo da paixão.
Uma alegria disfarçada de dor
Somente para iludir a pobre razão.

Desejo. Súbito desejo
Não me negues o direito de viver
Não disfarce a verdade, pois a vejo,
Vejo na veracidade do que me faz sofrer.

Sofro por que não me entendo
Difícil entender algo de mim
Até seria fácil mais me complico
Torno-me uma discussão sem fim.

Céu de insegurança que me rebate
Noite de estrelas a se multiplicar
Mostrem-me o caminho da verdade
Diga-me como me encontrar.

Preciso urgente de um esconderijo
Um lugar legal pra ficar.
Quero encontrar-me contigo
Quero pela última vez te olhar.

Vem! Abraça-me, por favor,
Quero sentir teu calor,
Mesmo que seja algo surreal
Dá-me apenas um pouco de teu amor.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

FORA DE CIRCULAÇÃO...

Nem que eu quisesse não conseguiria me libertar
Pois teu silêncio me enlouquece não me deixa falar
Seu medo me enfraquece quase não posso caminhar
Sua sombra me persegue não me deixa pensar
Sua religião me convence em nada acreditar.

Ontem mesmo quis tiver, mas desisti,
Vi que não tinha porque eu tanto me feri
Estranho falar de amor quando estou longe de ti
Estranho imaginar uma flor, sem o toque de um colibri.

Queria novamente de encontrar nas ruas
Andar ao teu lado por entre as montanhas,
Ou ficar trocando carinhos deitados sobre as gramas
Olhando as nuvens mudarem de formas.

Ainda lembro de um mundo que eu imaginava
Lá tinha um cantinho onde só agente ficava
Lá de tudo tinha nada faltava,
Tinha um jardim onde agente brincava,
Também tinha um lugar onde agente cochilava
Lá agente apenas sonhava.

Mesmo se eu pudesse falar ninguém me escutaria.
Alguma coisa em minha vida me faltaria
Se eu pudesse ter tudo eu me negaria
Se eu conseguisse enxergar tudo eu me cegaria.

Agora, quem irá nos entender?
Quem irá nos convencer?
Quem vai nos repreender?
Quem terá coragem de reviver?

Juro que jurei nunca mais te amar
Foi inútil, encontrei outra forma de lhe falar,
Fiz inúmeras pesquisas com preguiça de olhar
Tudo estava em minha volta, mas não pude notar,
Logo veio a noite, logo uma terrível falta de ar,
De longe vi um deus com um brilho de ofuscar
De perto vi minha face lágrimas de fogo chorar.

Amanhã vou ver o sol nascer
E ver um lado da terra escurecer,
Vejam só como tudo pode ser
Um jovem querendo rejuvenescer
Um filho querendo se perder
Os filhos lutando pra morrer
Crianças mendigando pra comer
Mendigos frisados em você
Que passa e finge não os ver.

Não tem como fugir dessa prisão
Já tentei, me restou uma má reputação,
Por mais que eu tente me falta articulação
Por mais que eu queira não existe padrão
É tudo fora do ritmo, fora de circulação,
Fora da lógica, longe da percepção,
Perto do vazio, longe da imensidão,
Ao lado da embriaguez, distante da razão,
Aqui do meu lado, me dê sua mão,
Vou te proteger além da imaginação
Vou te dar tudo, só não queiras minha ilusão,
Não tire de mim meu mundo de fascinação
Não me roube o meu direito de uma medição
Quero ver até quando eles me descontrolarão
Sem sentir medo, venha na minha direção,
Sinta junto comigo, o poder de uma paixão.

Quero sempre viver e se possível morrer a margem
A margem de tudo, de tudo que não se tem,
A margem do amor, ou do que vem do além,
A margem de mim, não a margem de ninguém.

Sobre as Ondas.

Sempre é inútil
Quase sempre da em nada
O pensamento mais sutil
Vendo à vista da sacada•
A decisão mais infantil
Quase sempre nos agrada.

Falar sério
Fazer compras
Quase sempre e necessário
Quase sempre viram sombras
Um afogado no aquário
Uma palavra sobre as ondas.

Duvidar da certeza
Ter certeza da dúvida
Ver as coisas com clareza
Sem o esclarecer da vida
Como um príncipe da nobreza
Mendigando por comida.

Na hora de dormir
Na hora de acordar
Tudo começa a sumir
Tudo fora do lugar
Ninguém consegue assumir
Depois de conseguir errar.


Juan Patrick.

Simples Sorriso.

Sempre haverá pessoas
pra te guiar por qualquer caminho
um ser cheio de alegria
coberta de amor e carinho.

O deserto talvez chegue
talvez venha à tempestade
mais com isso tudo se aprende
não importa sua idade.

Sempre com sabedoria
sempre seguindo o mesmo caminho
nunca você se sentira sozinha
de ti sempre estarei pertinho.

Há tempos surgiu uma amizade
desde então não te esqueço mais
você sempre e a mesma
na alegria e na tristeza tanto faz.

Com atitude e mente aberta
sabedoria e educação
você conquista tudo e todos
com uma simples ação.

Um prazer a tela como amiga
uma honra te ter ao meu lado
não importa o que aconteça
a ti sempre estarei ligado.

Se a canção não estiver mais tocando
nem tudo esta perdido
você conquista qualquer coisa
com um simples sorriso.


Parabéns Aline...!!!


Juan Patrick.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Grande colega ( Aline )

Simples e adorável
Amiga e companheira
Firme e guerreira
Fiel e confiável.

Um jeito meigo
Um olhar macio.

É minha amiga há tempos
Desde a infância caridosa,
Sempre alegre e com sorrisos
Sempre gentil e atenciosa.

Amiga. Sempre amiga
Mais um ano de vida
Mais um ano de sabedoria
Você com teu sorriso
Sempre nos contagia.

Que as estrelas lhe sirvam de caminho
Mostrem-lhe a caminho da imaginação
Apesar de nas flores haver sempre espinho
Sempre existe pra tudo uma solução.

Amiga, quero que siga em frente,
E se precisar, eu lhe darei a mão,
Pode o céu cair de repente
Mas pra tudo há sempre uma explicação.

Grande colega, grande companheira,
Grande amiga; Aline Pereira...


Para minha grande amiga Aline, Uma simples homenagem de coração pra ela, que é uma pessoa que admiro muito...!!!

Ser sozinho.

Porque será que não é a mesma coisa
não é a mesma conduta
varias variações
através da mesma luta.

Não! Isso não e compreensível
nada e evidente
como tudo que acreditamos
vira pó de repente.

Nos versos de uma canção
no canto de um passarinho
tudo fica sem razão
todos perdem o caminho
como todos de uma só nação
lutam contra um ser sozinho.

Não me vire as costas
não minta pra você mesmo
nossa luta esta apenas no começo
e já chegamos ao extremo.


Juan Patrick.

domingo, 9 de agosto de 2009

DIA DOS PAIS...

Hoje é um dia pra se falar
De quem nos ensinou a viver
De quem nos ensinou a caminhar
De quem nos ajudou a crescer.

Pai, forte e exigente.
Pai, honrado e prudente.
Pai, corajoso e valente.
Pai, gente como agente.

Que teus cabelos brancos
Sirva de história pra se contar
Que seus olhares macios
Sejam de sutileza ao me despertar.

Pai tu és a maior sabedoria.
Pai tu és o nascer do dia.

Agradeço por me servir de espelho
E por me refletir em amor
Agradeço pelos conselhos
Agradeço a tudo meu senhor.

Sei que a vida é difícil
Mas é assim meu velho
Nada é fácil.

Hoje lembro da minha infância
Correndo com um carro de lata
Feito pelas mãos de quem me entendia
Quando eu por surto de raiva o quebrava,
E aquele homem sempre me dizia;
Meu filho o que é da gente, a gente zela.
E eu inocente não sabia
Que palavra era aquela
Ficava a observar ele com sua mão macia
Usava tinta azul, preta, branca e amarela,
Mas sempre no fim do dia
Tinha um carro pronto pra correr entre as vielas.

Não entendo quem odeia o seu pai
Não entendo como um pai odeia um filho
Um dia os papeis serão invertidos
E quem hoje é filho, amanhã será pai.

Sei que se fosse falar tudo
Sobre aquele senhor
Faltariam teclas e punho
Faltariam livros e até escritor
Meu pai é mais do que um verso
Ele é meu protetor.

Pai, hoje é teu dia,
Alias, sempre será,
Enquanto no peito houver vida
Sempre e sempre irei te elogiar
O senhor é mais do que alegria
É meu riso ao se mostrar
É minha voz a se propagar
É meu choro ao se calar.

Pai, sinônimo de Deus,
Meu pai, José Ageu...

sábado, 8 de agosto de 2009

ASSIM ESPERO...

Tu não entendes
Eu não te engano
Eu sinto e tu não sentes
Qual seu sentimento?
Será que é como antes?
Ou foi um desejo efêmero?
Desses que passam de repente
Mais mesmo assim espero
Que teus olhos ardentes
Seja apenas um olhar sincero
E esses teus olhos fulgentes
Cristalize com muito esmero
A lágrima que por meu corpo escorreste
Pois faço isso porque te quero.

Solidão liquida que me inunda
Deixa-me ilhado longe de ti
Ilusão, minha ilusão vagabunda,
Já não basta eu dizer que sofri?

O céu não seria rima
Mas as estrelas são inspirações
A noite é quem mais me fascina
É nela que lamento minhas lamentações
Naufrago meus versos numa piscina
Ao lado de algumas imaginações
E mesmo assim não largo essa sina
De querer rir das decepções
Mas isso é o que me deixa por cima
Por cima de muitas questões
Mais fico por baixo numa disciplina
A disciplina dos corações
E nisso vou com essa repentina
Repentinas historias sobre paixões.

Amiga e amada morena
Não sei quando isso vai passar,
Mas quero ficar ouvindo tua voz serena
Quero viver e pra sempre te amar.

SÓ BASTA SENTIR.

Sinto vergonha de dizer
Sinto medo de te encontrar
Sinto raiva por te amar
Sinto medo de te perder.

Saudade. Verdade.
Quem é quem?
Ninguém é ninguém
Se não é há nada
Nada se tem.

Sinto isso me corroer
Sinto isso me enlouquecer
Sinto isso me desvanecer
Sinto que tudo vai desaparecer.

Coragem. Linguagem.
Quem explica quem?
Vento que vem
Traga-me paz do além.

Sinto que entender
Não é a melhor solução
Sinto que sofrer
Não é a única opção
Sinto que viver
Ultrapassa qualquer conclusão
Sinto que você
Já não tem mais razão
Sinto que te ver
Não me trás satisfação
Sinto que me ver
É a melhor reflexão
Sinto que o amanhecer
Faz parte de imensidão
Sinto que sofrer
Faz parte da paixão.

E sinto que o amor
Não tem explicação.