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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Em segundos.

Minha doce, nada mole vida.
O que sou comparado a eternidade?
Sou um momento apenas.
O que faço se me resta a saudade?
Eu me lembro dos momentos.
Os segundos de amizade
Os eternos abraços.

Doce e amargurada vida
Não tenho nada para lhe dar
A não ser o que sou.
Minha amiga.
O que sou?

Sinceramente não sou nada
Ou sou tanto que não sou capaz de entender.
Encontrei atalhos nessa caminhada
Ignorei todos, prefiro ter o gosto de viver.

Prefiro não ser o que me dizem
Quero ser o que não sou.
O que sou?
Talvez, um louco, um cego, um mudo, um surdo
Sou um tudo.
Meio quase perto do fim.

Sou o raio de luz que entra pela janela
Sou a porta para a alegria
Sou o que vejo, que ironia.
Quem será aquela?
Aquela que passa e não me ver
Aquela que não sabe viver.

Os dias são tristes
As noites, frias.
E eu no meio de tanto tolice
Desfazendo minhas agonias.
Encantado com o que sou
Vendo o que passou.

Andei por tantos cantos da terra
Que pra terra serei mais um pó
Fui descendo os montes e serras
Andando quase sempre só.

Não nego minhas visões
Alucinações. Canções.
Admiro a morte.
Admiro muito mais a vida
Que é quem me deixa viver.

Me encontro e me perco
Mas nunca paro.
Entre nos dois existem duas vidas
Todas duas perdidas.


José Borges.

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