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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Maldita Saudade.


Saudade, ê saudade...
Tú não me abandonas, prende-me em teus braços
Abraça-me forte, tira-me o ar.
Ô Saudade, que machuca minha alma
Que estraçalha meus sonhos, perdoe-me, sou apenas criança.

O que mais posso sentir
Se és tú, saudade maldita, que me têm por completo. 
Detêm direitos, não concedidos, sobre mim.
O que sou eu, saudade?
Sou teu eterno escravo?
Ou teu amante, teu intimo refúgio?

Por que não procuras outro, saudade, e faz dele teu cigarro?
O fume, o sinta, o acabe, e faça-me um favor: morras com ele!

Saudade, já machucou-me tanto
 Que para mim, qualquer instante sem ti é como estar nas nuvens.
Feliz, saudade? Só pode estar, ao me ver aqui caído, feito folha morta.
Perdoe-me saudade, afasta-se de mim, e leva meu sofrimento.
Perdoe-me vida, desisti cedo demais...


Autor: José Borges Neto