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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Insatisfação


De repente agente se encontra

e fazemos uma cena qualquer,

um aberto de mão, um abraço

uma conversa rápida sem outras intenções.

Um olhar de insatisfação de um lado

no outro, o desejo de partir

e a saudade do ontem despedaçando a alma.


Nós dois, covardes demais para sermos heróis.

Crianças de outrora e de hoje também.

Perdidos dentro de um mundo

Que não nos cabe.

Órfãos de carinhos trocados

E de noites enluaradas.

Dois corpos, dois braços

Quatro pernas, dois corações

Duas vidas e várias lembranças.

Algumas alegrias e inúmeras tristezas.

Assim somos.

Apenas eu sinto a dor da nossa distância

Somente eu que há muito não me reconheço

Sei o quanto é ruim viver longe de seu abraço

Do seu corpo mais que gostoso

Do teu beijo mais que adocicado

E do teu carinho, que era meu único abrigo.




José Borges Neto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nunca mais, apenas.


Nunca mais sentei ao teu lado
E joguei conversa fora
Nem tive o prazer de me deitar junto a ti
E viajar pelo teu corpo, que é perfeito.
Nunca mais acordei ouvindo você me chamar
À tarde não fui te ver, nem você veio.
Quando anoitece, não estamos mais juntos
Discutindo como foi o dia.
Nunca mais reclamei dos teus modos
Nem fiquei feliz em te ver chorar
Para logo depois você se debruçar sobre o meu ombro.

Nunca mais fomos à aula
Aprender o que já tínhamos descoberto na noite passada
Em uma de nossas deliciosas aventuras.
Nunca mais ouvi você reclamar suas dores
Nem suas dúvidas, que tiravam o nosso sono.
Nunca mais fomos os mesmos
Que outro dia disseram não a tudo e a todos.
Não posso te abraçar, nem sentir a essência do teu corpo
Juntamente com a paz da tua alma, nunca mais.

E você, onde estará agora?
Tenho a única certeza; distante, muito distante de mim.
Nunca mais escrevi teu nome em minhas mãos
Nem roubei um beijo enquanto você dormia
E muito menos posso ficar horas te olhando dormir
Como uma criança, um anjo que me guardava.
Nunca mais pude dizer o quanto te amava
E acho que nunca disse,
Nem te escrevi um poema
Você também nunca mais me escreveu.
Nunca mais fomos felizes.
Não canto mais nossa musica preferida
Nem li mais nosso livro preferido
Nunca mais, apenas.

José Borges Neto.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ainda Lembro




Lembro dos sonhos, conversas, desejos.

Dos olhares, promessas, confeições.

Dos sorrisos, da inocência e dos beijos.

De uma vida, e de dois corações.


Lembro das datas, das festas, das noites.

Da amizade, da confiança, dos laços.

E da vontade que sempre eu sentia.

De sempre querer voltar pros teus abraços.


Lembro das lágrimas, da escuridão e do medo.

Da solidão, do frio e da dor.

Do sofrimento, de cada momento.

Que eu passei longe do teu calor.


Lembro do toque, do gosto e de tudo.

Que esse amor já me fez passar.

Mais vez por outra eu ainda esqueço.

Como é que eu faço pra você me amar.


Juan Patrick