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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Se teu sorriso não me faltasse

Se o vento que te levou voltasse
Eu pediria que ele também me levasse
Para que eu pudesse ser sumir
Ir pra longe para onde ninguém soubesse
Onde ninguém pudesse existir.

Se o teu perfume me guiasse
E se tua voz não me calasse
Eu seria teu provador
Pra sempre teu caminho
E não deixaria você sentir dor.

Se a tua pele me esquentasse
Talvez em outras peles eu não me queimasse
E teu calor subordinaria meu frio
Assim tua presença era precisa
Eu, você e tempo, um eterno trio.

Se teu olhar não me esmagasse
E se teu sorriso não me faltasse
Eu seria a luz e a sombra do teu dia
Mesmo que algo te fizesse mal
Eu faria de tudo pra lhe dá alegria.

Se isso tudo um beijo provocasse
Eu não pediria que nada mudasse
Mas o que tem que ser será
E você pode nunca me ver
Mas dentro de mim você sempre vai está.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Buscarei o tempo.

Aonde vive a saudade que eu quero encontrá-la?
Vou dizer que preciso urgentemente dela
Se ela não me ouvir vou chamar pela despedida
Que foi quem deixou a saudade partir
Não sei quem é quem ou quem é aquela
Só sei que uma delas vai ter que me servir.

Onde está o medo que eu quero vê-lo?
Quero sentir teu frio arrepiar meu pelo
Se eu não encontrá-lo buscarei o tempo
Que é quem abre espaço pro medo existir
Ou quem sabe me sirva um pesadelo
Algum desses vai ter que me agredir.

Onde mora a raiva que atormenta?
Quero saber até que ponto ela agüenta
Se eu não encontrá-la pego de refém o grito
Que deve ter soltado a raiva por ai
Ou quem sabe a raiva esta acorrentada
Dentro do silêncio, querendo sair?

E por fim onde está o amor?
Que deixa a alegria se tornar dor
Queria tanto achá-lo nesse mundo
E que enfim amor eu pudesse sentir
Logo deixaria meus dias de sonhador
Pra algum dia eu dizer, vivi...

Soneto da Cor do Vento.

Flor do campo que surges
Percebei que o vento te balança
Entendei-vos o sentido das cores
Mudei o teu desejo de vingança.

Serei teu único público
E tu serás minha única flor
Sem medo e sem receios
Regarei em ti apenas amor.

Mesmo que tuas pétalas caíam
Eu estarei diante o teu leito
O tudo que vós direis será silêncio.

Mesmo que meu silêncio morra
Tua lembrança viverá a ecoar
Mudai vento o jeito, o jeito de amar.

Nas Mensagens.

Não vou perder mais meu tempo
Tentando decifrar essas mentiras virtuais
Onde só existem lamentos
Vindos de pessoas iguais
Pessoas sem pensamentos
Seguindo sempre essas leis irracionais.

Todos que perdem o pouco tempo que falta
De frente a um paiol de bobagens
Preocupadas com cores
Letras, títulos sinais
Tolices escritas nas mensagens.

Ainda que perdidas
Lembro das velhas cartas, e textos escritos a mão
Neles sim avia sentido
Eles sim esclareciam a escuridão


Lembro que recebia cartas
Escritas a mão quando era menino
Hoje sou eu quem escreve cartas
E as envio sem destino.


Juan Patrick.

Cego de amor.

Hoje vi que na minha ausência
As pessoas deixam cair as mascaras
Mais certas atitudes aparecem com a convivência
Atitudes às vezes muito caras

Pra esconder-se de min.
Você precisa mais que mentiras
Já que nesse túnel sem fim
Existem experiências antigas
Mais enquanto isso continua assim
Cada um com suas sepulturas

Pensando no que vejo
Penso se isso tudo e real
Não porque não acredite
Mais sim porque esta tudo normal
Isso sim traz perigo
Isso sim pode ser fatal.

Certas atitudes
Certos pensamentos
A cada dia que passa
Só se acumulam lamentos


Enquanto tudo não acaba
Finjo que sei onde estou
Enquanto não abro os olhos
Permaneço cego de amor.


Juan Patrick.

Mente Escrava

Quem será capaz
De reviver o passado
Sem pensar no que faz
Sem conhecer o pecado
Viver com a consciência em paz
Mesmo estando errado.

Quanto tempo passou
Quantas vidas se perderam
Quando o sonho acabou
Quando as guerras perderam
A verdade revelou
O que sempre esconderam.

No silencio do olhar
Na enciclopédia da palavra
Nada nos faz relembrar
O que sempre nos faltava
O que nos resta é vagar
Com a mente escrava.

Nesses rostos cansados
Á muito mais que tristeza
Mesmo estando parados
Buscamos sempre a certeza
Mais só encontramos medos
Que fortalece nossa fraqueza.

Juan Patrick.

domingo, 27 de setembro de 2009

Utopia.

Queria que teu olhar sobre mim não passasse de passado
E que logo você ficasse certa que eu não estava errado
Queria que eu quando te visse conseguisse disfarçar
E que quando você passasse eu nem quisesse lembrar
Queria que teu beijo primogênito fosses dado em mim
E que todos os teus beijos fossem flores em meu jardim
Queria que tua pele tocasse a minha como a água toca o fogo
E que me aquietasse quem sabe por um minuto
Queria que tua roupa fosse o meu perfume
E que nem da minha sombra eu sentisse ciúme
Queria que minha voz te encantasse
E que você mesmo distante me escutasse
Queria ser o teu eterno boêmio das madrugadas
E que durante o dia agente pudesse dar gargalhadas
Queria ser pra ti a imagem do homem ideal
E que apenas pra mim você prometesse ser amor real
Queria andar contigo pelas vielas e pelas ruas
E que em nosso passeio minhas mãos não largassem as suas
Queria tanto que o nosso amor fosse verdadeiro
E que esse amor nunca fosse amor passageiro
Queria ser o teu infinito universo de alegria
E que se houvesse escuridão eu fosse o seu dia
Queria que minha alma saísse de meu corpo
E viajasse até o teu ombro que é o meu porto
Queria que nosso grito de saudade fosse ouvido
E que na ausência eu ainda sentisse você aqui comigo
Queria que meu corpo fosse a tua cama
E que minha alma fosse a sua alma.


José Borges.

Cegos.

Já tem um tempo estou pensando
Tentando entender
E fico me perguntando
Sem me responder;
Por quê... O tempo não apagou
Lembranças... E tudo que agente sonhou?

Mesmo que tudo mude de lugar
Não sou capaz de entender
Estou perdido sem lhe encontrar
Em algum lugar dentro de você.

Estou certo que por certo
Agente brincou de errar
Caminhamos feitos cegos
Imaginando enxergar.

E sem saber pra onde ia
Indo no caminho errado
Não pensei que o que agente fazia
No fim fosse pecado.

Se saudade fosse brincadeira
Não perderia a vida inteira...
Á pensar...


José Borges / Junior Bass

Essa realidade...

Não é difícil ser enganado facilmente
Basta só olhar e o pior e se estiver carente
Sem medo você se entrega de corpo e alma
Ganha o prazer e perde a calma
E ainda fica registrado o fato
Na memória virtual de um retrato.

O amor é bom quando não passa de momento
Por que quando dura ele acaba o pensamento
É um exagero de ultrapassar limites
Alcança a sintonia de indesejáveis ouvintes
Machuca tanto que não sobra nada
No peito fica apenas a lembrança mal lembrada.

O perigo de viver distante é morrer de saudade
Mas é preciso deixar um pouco essa realidade
Na real nunca tive você perto de mim
Foi apenas um delírio e continua sendo assim
Até pra sermos amigos precisamos nos enganar
Por isso que é chato quando agente começa a amar.

Apenas um toque entre nossas mãos
Traz de volta o que tinha tirado do coração
Sou frágil e sentimental demais
Talvez porque caminho sem pensar em voltar a trás
Quando amo me aventuro sem pensar
Se vale apena ou não te amar.

Não digo que não vou lhe esquecer
O mundo dá muitas voltas numa delas eu deixo você
Sei que você me deixou em qualquer lugar
Mas eu não faço isso, não sou tão vulgar
Sou o cara que ainda pensa um dia
Encontrar o lugar onde o tempo se escondia.

Hoje o amor e tempo não me importam mais
Quero andar sem sentimentos e viver em paz
Vou navegar sobre mares de ilusão
Esquecer de saber que tenho intuição
Não sei se é certo mudar, mas vou tentar
Vou navegar pra longe, de onde não se pode voltar.


José Borges.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Na cara...

Pra quem não tem dúvida
A certeza é algo comum
Pra quem dúvida da vida
A morte tira a dúvida de qualquer um.

Pra quê andar de bolso forrado?
Se na alma não se tem nada
Pra quê andar com um sorriso na cara?
Se chorar não pode ser errado
Pra quê adivinhar a capa da revista?
Se agente já sabe que terá um engravatado
Pra quê esquecer-se de ler o jornal?
Pode-se ser bom ser um mal informado.

É tudo ao contrario de como tudo não deveria ser
É tudo ruim, complicado, difícil de entender

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O sertão delicado.

Viajando por entre os caminhos da minha terra
Vi tanta coisa que não sei como falar
Andei por entre riachos e sobre serras
E mesmo cansado não pensei em parar
Pois o teatro da vida um dia se encerra
E de mim talvez nada possa sobrar.

Timidamente vi as flores nas pedras brotarem
Ouvi os pássaros assustados cantarem
Ouvi o baralho das águas jorrarem
E vi meus tempos mudarem.

Meu sertão que não é meu de direito
Mas é meu de sangue e de amor
Sertão velho de caminhos estreitos
Caminhos onde hoje percorre a dor
E quem ontem eram os feiticeiros
Bruxos que ainda hoje não tem valor
Os mundos andam tombando pelos terreiros
O povo não se lembra de nosso senhor...

Coitado do terreno que piso clandestinamente
Amanhã tudo isso estará legal e ilegalmente
Enquanto hoje agente espera pacientemente
Um direito que seja dado generosamente.

Hoje tudo vale pelo poder
Nosso sertão não merece isso
Onde está o direito que agente devia ter
Pra quem comanda aqui é o paraíso
Por isso que é bom agente saber
Até aonde vai esse reboliço.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cântico de Louvor.

Louvem a vida! As aves voam
E os tempos passam.
Gritem alto! Precisamos ouvir
Os mundos mudaram
Não adianta fingir.

Faça uma prece. Peça o que quiser
Mas por favor, não me peça
Pra eu te abandonar.
Acho que não posso
Não sei como parar.

Medo! É isso que preciso
Preciso ter medo de sua saudade.
Luz! Não sei por que ainda vejo isso.
E assim também sinto vontade
Vontades loucas que não posso
Poder que não me cabe.

Louvem! O fim chegou
Você se foi.
E o tempo
O tempo passou,
Ainda passa,
Nunca pára,
Anda em círculos.
Não se apaga.
Tudo mudou.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vontade de escrever.

Tem dias que eu não consigo dormir
Fico pensando, me perdendo por ai
Mendigando um gesto que me faça sorrir
Tem dias que acho que nem estou aqui.

Sinto falta de mim
Sinto falta de você
E essa falta não tem fim
O que posso fazer?

Tem noites, que fico abrindo e fechando a geladeira
Depois fico sentando na cama pensando besteiras
E logo vêm na minha mente muitas doideiras
Conversas irónicas, conversas rasteiras.

Tem dias que não consigo escrever
E é nesses dias que sinto vontade de morrer
Sinto a morte me tentando a fazer
Um poema de amor, antes dela nascer
O amor mata a morte e deixa a vida viver.

Outros braços.

Se antes agente brigava demais
Agora somos fogo que não arde mais
Você era minha morena eu era o teu rapaz
Agora sinto a falta que seu olhar me faz.

Já fiz de tudo pra tentar te esquecer
Mas lembro com facilidade só em te ver
Lembro de coisas simples sobre você
Mas hoje sei que você não soube me entender.

Brincou demais comigo
Fingiu que me amava
Agora eu pago o meu castigo
Na sua vida eu já não mais nada.

Vai, tenta buscar em outros braços
Os abraços que só eu te dava
Tenta dizer palavras em silêncio
Em silêncio era como agente ficava.

Não sou o cara certo
Nem o cara errado
Sou o cara que ama
E que só foi enganado.

Esses dias.

Tenho tantas lembranças mortas
Tantos pensamentos esquecidos
Tenho muitos caminhos e portas
Tantos abismos e rios sem sentidos.

Queria que hoje, a noite não estivesse tão fria
Queria sair pra algum lugar, me esconder
Queria tanto lhe encontrar, sem me perder
Mas o tempo chegou logo, e eu não sabia
Não sei pra onde ir, nem quando vim
Nem sei o que mais posso fazer
Acho melhor tentar esquecer.

Tenho tentado tantas coisas esses dias
Mas nada me parece da certo
Já sonhei acordado em tantas noites vazias
Que nem sei o que é errado.

Juro que tentei parar de escrever
Mas as palavras não me deixam
O silêncio está comigo, mas não posso ver
Meus olhos estão cansados
E fico tantas vezes me perguntando por quê.

Minto quando não te olho
Meu olhar sem teu rosto é vazio
Você mente quando diz que te engano
Eu sinto por você meu amor
O que você por mim nunca sentiu.


José Borges

domingo, 20 de setembro de 2009

O corpo que vaga.

Um dia eu vi uma alma vagando pelo mundo
Vi de longe, era uma alma velha e cansada
Eu quis chegar perto, mas ela continuou andando
E bem rápido, de uma maneira inesperada
Vi que ali bem perto outra alma vinha passando.

Logo percebi que estava sozinho entre duas almas
Só meu corpo, solido e real existia entre o sobrenatural
Estava com medo, aquilo não era normal
Eu tinha que fugir, mas não conseguia
Eu precisava ver o final.

Entre as duas almas meu corpo existia
Entre o mundo o universo meu corpo vagava
Entre os sonhos e a noite meu riso sumia
Entre o amor e o ódio minha vida escapava.

De repente, as almas se foram
Deixaram-me apenas na companhia da solidão
E os dias vieram
Levando-me para mais uma ilusão.


José Borges.

sábado, 19 de setembro de 2009

Os dias.

Amanhã tudo estará mudado
Talvez eu não esteja aqui pra ver
Mas o tempo nunca chega atrasado
Nem horas ele precisa ter
O tempo é quem ensina
É quem nos deixa viver.

Hoje eu não creio em nada
Nem adianta tentar enxergar
Meus olhos a muito se perderam
E não sei onde eles podem estar
Por isso vou pelos recantos
Com cuidado pra não me machucar.

Ontem eu vi uma luz
Passei por longe.
Ontem carreguei minha cruz
Pensei que nunca fosse fazer
Assim ando sem entender
Quem somos e o que podemos ser?


José Borges.

Teatro de nuvens.

Olho para o céu e vejo aves a voar
Vejo que é um vôo suave, leve
É um vôo calmo e rápido, breve
Um movimento que não posso acompanhar.

Que belos são os pássaros
Voando sem nem um entendimento
Sem nem um descontentamento
Apenas voam por voar
Não amam
Não sabem amar.

E nessa rotina de olhar pra alto
Passo dias, horas, minutos, segundos
Conto estrelas, sonhos, e pensamentos
E logo chega a tarde
E lembro-me dos momentos
E sinto saudade
De um sentimento.

Escureceu. Já é noite.
Os pássaros decidiram parar
Eles não enxergam na escuridão
Esperaram o outro dia chegar
Já eu, fico vendo estrelas
Fico olhando a imensidão
Vendo como sou tão pouco
E como tudo é ilusão.

A noite, o céu, o dia a vida
Agente precisa apenas entender
Que agente nasce pra sorrir e sofrer
Agente nasce, pra viver e morrer.

O céu existe pra servir de palco
Cenário de acrobacias.
Mas qualquer passo em falso
Pode se tornar em noites fazias.

Olho. Não existe mais os vôos
As aves caíram, os homens sumiram
Os tempos mudaram, o vento parou
A vida anda morta só porque amou.



José Borges.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sem sentir nada.

Hoje estamos distantes a mais de dias
Longe de tudo aquilo que agente pensou
Perto do fim de mais noites fazias
Nas cinzas no corpo de quem se queimou.

Hoje a nossa vida já tem nada haver com agente
Você se perdeu nos seus sonhos
Eu quis me entender, mas naturalmente
O tempo passou e ficaram apenas os planos.

Hoje o sol estava lindo de manhã
Mas acordei tarde, não pude ver.
Não adianta ter uma mente sã
Ela logo vai se corromper.

Hoje tudo foge de minhas mãos
E no fundo tudo não passa de nada
E agente vai à busca de dias em vãos
Perdendo tempo escondido em uma madrugada.

Hoje é muito mais do que um simples hoje
Hoje eu acordei e tentei entender alguma coisa
Não entendi nada, to onde qualquer um se esconde
Não vejo nada, to cego a beira de pular da ponte
Hoje tudo acaba sem sentindo, sem sentir nada
Amanhã quem sabe seja diferente
Espero que entenda tudo o que não entendo
Compreenda o que não compreendo
Assim eu não serei mais demente
Alucinado pelas tuas palavras
Perdido na tua mente.


José Borges.

Se você quiser partir.

O nosso amor é raro
É forte igual o cristal
Mas o preço dele e caro
Agente sofre sem fazer mal.

O nosso amor e fogo
Que queima, arde, mas agente gosta.
Agente sabe que isso é um perigo
Se entregar a quem não se importa.

O nosso amor dar inveja
Outras pessoas querem nos tomar
Por isso que faço festa
Quando você jura me amar.

Te amo e não quero acordar
Esse sonho é um belo dia
Que a noite não vai incomodar.

A tarde já faz assombro
Diz que você pode fugir
Mas eu lhe carrega no ombro
Suporta o peso se você quiser partir.

A tarde que antes era minha amiga
Agora me engana e me machuca.
A dor de quando me lembro da partida
Deixa minha razão bastante maluca.

E o nosso amor é assim
Forte, triste, mas nunca ruim
O teu perfume me enlouquece
Não consigo tirar você de mim.

De longe eu vejo o horizonte
Com portas abertas
Mostrando-me o futuro
Ensinando-me a lidar com as controvérsias.

O nosso amor pra sempre viverá
Sei que a tempos ele se foi de você
Talvez demore a me largar
Mas em algum lugar do tempo ele vai viver
Talvez perdido em alguma outra galáxia
Sei que esse amor vai existir
Sei que nos dois em outros mundos
Talvez possam fazer o que não fizemos
Talvez eles possam dizer; te amo, sem precisar partir.


José Borges.

Melhor eu acordar.

Finalmente nossa conversa aconteceu
Foi em pouco tempo, mas agente se esclareceu
Tive que falar o que não queria
E você não me entendeu
Disse que eu tava louco sem noção
Disse que era melhor agente mudar
Você não entende que isso é mais que paixão
É algo tão verdadeiro que não existe comparação
Você me disse que era melhor eu acordar
Mas passe o tempo que passar
Já disse e digo, não vou lhe deixar
Posso até ta sendo estúpido, arrogante, coisa assim
Mas não preciso mentir, quero ver chegar esse fim.

Vamos ver até quando você vai se disfarçar
Veja, o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos
Ouça o som baixinho, tem outro querendo meu lugar
Faça tudo que puder, faça sonhos, faça planos
E espere que tudo melhore para você atravessar
A ponte é algo arriscado pra quem não sabe nadar
O mundo é um labirinto e não se pode escapar
Agente finge dos inúmeros enganos
Fingindo não se enganar.

Nossa conversa foi de repente
Não mais do que de repente
Tudo que agente quis viver
Aconteceu, sim anoiteceu
Você e eu, a mar e céu.

E nessa distancia eu tento te ver
Tento chegar perto pra dizer
Amo você, não sei como fazer
Quero te ter
Mas não posso viver.

Nossas brigas foram muitas
Mas agora vive o silêncio
Nossas conversas são poucas
É sempre assim depois de um final
Onde você escolhe outro caminho
Eu num pesadelo fatal
Buscando e tentando encontrar o destino
De uma verdadeira história real.



José Borges.

Faz de conta.

Olha só o que vem pela frente
É o tempo mudando de repente
É algo mudando dentro da gente
Olha só, o que ainda vem pela frente.

Muita guerra, pouca paz
E agente ali no meio
Brincando de faz de conta
Vendo o que mal que agente faz
Mudando de lado o rosto
Ficando sempre com o pé atrás
Sem coragem de ver a verdade
Sem ter hora de pensar um pouco mais.

Os sindicatos não dão liberdade
A agente não quer saber da verdade
Vai pra qualquer lugar de sacanagem
Agente só quer saber de corrupção.
(Enquanto alguém mendiga por um pão)

Corromper é nosso lema
Nossa honra, nossa bandeira
Somos políticos com cara de santo
Ouvindo e falando um monte de besteira.

Não tentem me questionar
Eu sou a lei e posso te aprisionar
Eu sou o rei, posso te matar
(enquanto morro sem parar)
Eu sou o tudo, e não tente me negar.

Escombros.

Estou num espaço afastado da lei que me sustenta
Diante dos últimos reis da antiga dinastia da razão
Ouvindo o motivo da raiva de tudo que me alimenta
Num passo a cada segundo em busca da perfeição
Num copo vermelho por dentro de tanta ilusão
Na lógica de quem a cada dia me inventa.

Não a como não ter ódio de tudo que vejo
Se o que vejo não serve para o que desejo.

Não me pergunte de nada, nada pode acontecer
O tempo que passou agora volta com planos
Planos que faço pensando em como viver
E vou viajando por entre os desenganos
Ao lado de olhares e risos, todos insanos
Tentando inventar alguma coisa que possa acontecer.

Ando sem rumo, perdido como uma nuvem
Num céu de lágrimas e sussurros que me sobrevoa
Ouvindo o que não diz nada sobre o que se tem
Sentindo o frio que parece ser de uma garoa
Olhando o avião que por outro céu voa
Sentindo-me na eternidade de não ter ninguém.

Deixei que meu mundo desabasse sobre mim
Por que é sempre preciso se chegar a qualquer fim.


José Borges.

Em segundos.

Minha doce, nada mole vida.
O que sou comparado a eternidade?
Sou um momento apenas.
O que faço se me resta a saudade?
Eu me lembro dos momentos.
Os segundos de amizade
Os eternos abraços.

Doce e amargurada vida
Não tenho nada para lhe dar
A não ser o que sou.
Minha amiga.
O que sou?

Sinceramente não sou nada
Ou sou tanto que não sou capaz de entender.
Encontrei atalhos nessa caminhada
Ignorei todos, prefiro ter o gosto de viver.

Prefiro não ser o que me dizem
Quero ser o que não sou.
O que sou?
Talvez, um louco, um cego, um mudo, um surdo
Sou um tudo.
Meio quase perto do fim.

Sou o raio de luz que entra pela janela
Sou a porta para a alegria
Sou o que vejo, que ironia.
Quem será aquela?
Aquela que passa e não me ver
Aquela que não sabe viver.

Os dias são tristes
As noites, frias.
E eu no meio de tanto tolice
Desfazendo minhas agonias.
Encantado com o que sou
Vendo o que passou.

Andei por tantos cantos da terra
Que pra terra serei mais um pó
Fui descendo os montes e serras
Andando quase sempre só.

Não nego minhas visões
Alucinações. Canções.
Admiro a morte.
Admiro muito mais a vida
Que é quem me deixa viver.

Me encontro e me perco
Mas nunca paro.
Entre nos dois existem duas vidas
Todas duas perdidas.


José Borges.

Em busca de almas...

A vida me fez entender, ou melhor, o tempo é quem faz as coisas por aqui.
O tempo me ensinou que a vida nem sempre deve ser levada tanto a sério
O melhor mesmo é brincar, curtir os momentos e entender que só importa senti.
Senti como os momentos são importantes, são precisos para nosso mistério.
O mistério da vida, do viver, os mistérios dos sonhos que me fazem sorrir.
Os sorrisos que me deixam alegre, mas apenas é uma alegria interna sem critério
Ser crítico me faz ser estúpido para os tolos, ser tolo pra mim é uma estupidez.


Celebro meu dia em uma taça com medo e raiva, encanto minha morte com doces e flores
Não nego os enganos que me fazem de outrora
Não entendo os entendidos como pensam que não entendem a si mesmo.

Não a regras nas palavras, as palavras nos regem, somos parasitas em busca de almas.
Somos sombras velhas e cansadas, calmas.
Sou o que me ergo e me mostro.
Não mostro nada, apenas me vêem por acaso.
Por acaso eu quis escrever, quis rimar
Quis viver, quis amar
Não me amaram.
Que tolo.
Amei...

Assim os tempos vão, e os tempos vêm, e sempre estarei aqui ou certo ou errado não vou partir
O melhor do tudo é sempre o final
Quando agente entende que esperou o tempo todo por nada. Isso é mortal.
Quando agente acha que quer, e não quer mais saber de nada
O nada entra em nossa vida, mexe com o nosso tudo
Rouba o nosso pouco, sacrifica o nosso nada.

A vida me diz que a vontade de ser fiel é maior do que a de ser infiel
Eu digo que a vida não sabe como andar sem sua cadeira de rodas. O tempo.
Com o tempo tudo é possível.
Porém. O impossível nunca acontece.
Se algo é algo, tempo é tempo, vida é vida
Tudo é tudo, sentimento e sentimento, partida é partida.

Adeus meu Deus de momentos tristes, perdoai quem não soube lhe ter em momentos bons
Amei os vossos filhos e malditos
Que amam os versos. Odeiam os sons.
Meu Deus de mentira não minta quando fores à hora de partir,
Eu quero uma viagem, e quero saiba pra onde posso ir...

José Borges.

As pedras não amam.

Quando a verdade chegar
O tempo não passará
As horas irão demorar
A saudade viverá
As sombras vão passar.

Quando o frio bater
Teu corpo desejará o meu
E não terei nada a fazer
O tempo já me esqueceu
Você se perdeu
O que resta esquecer?

Quando a chuva tocar a terra
As flores nascerão.
E o teatro se encerra
Quando não houver multidão.

Quando o calor te ferir
Eu não quero me sujar
Quero ficar longe daqui
Quando a terra parar de girar
Ou quando a pedra sentir
Que ela não pode amar.

Quando o quando não existir
Eu estarei na hora e no certo lugar
Quando o tempo curar o que vi
Meus olhos não poderão mais enxergar.


José Borges.

Dia Irracional

Meus sonhos estão cada vez mais reais
Retratam cada vez mais a realidade
Nada mudará esse sonho
Nada me trará tranqüilidade

Já nem sei se realizar sonhos e bom
Já nem sei o que e bom
Estou me contentando com qualquer coisa
Acho que esse e o meu don

Já que imagino tanta coisa
Porque não consigo imaginar um dia normal
Sem as duvidas sem os sonhos
Um dia irracional

Sei que estou sendo egoísta
Sei que nem tudo e possível
Mais qualquer simples palavra fortaleceria
Um sentimento tão cessível

Esses dias estão sendo difíceis
Porque estou percebendo nos mínimos detalhes
Que o destino me reserva
O que já arrasou milhares.

Juan Patrick.

Viagem Lunar.

Quem sabe um gole
Quem sabe um olhar
De uma bebida fatal
De uma viagem lunar.

A volta dos sonhos
Esta num simples cochilo
Mais a volta da vida
Esta num passado não muito tranqüilo.

Agora me responda
De que horas vai acabar o mundo?
Quero não lembrar-me de nada
Quero ser apenas um simples vagabundo.

Venha do meu lado e mais seguro.
Prometo te mostrar muitas coisas
Entre elas esta o medo
Que te tira todas as forças.

A verdade a ver navios
A mentira acorrentada no teu olhar
Minta sempre que possível
Minta sempre que errar.

A cada ano um ponto branco
A cada lagrima uma lembrança
Muito perto do abstrato
Mais ainda preso a essa cobrança

Quem sabe o prazer
Quem sabe a dor
Mais nada disso existiria
Se não existisse o amor.


Juan Patrick.

Menino Sonhador.

Como um menino sonhador
Vivo essa vida incerta
Com ilusões na cabeça
Com a mente muito liberta.

Vivo a cada dia
Sonho pra esquecer o futuro
Mais certo de que um dia ele chega
Somente disso estou seguro.

Pensei ter aprendido
Pensei ter me decepcionado
Mais porque eu não aprendo?
Porque ainda escolho o caminho errado?

Esse caminho
Não e nada alem de um sentimento.
Mais tudo se transforma
Transforma-se a tudo cada momento.

Porisso o sol fica parado
Á sempre quem gire em torno dele
Em torno de min giram muitas coisas
Gira tudo sem controle.

Diga-me que estou errado
Antes que eu arrisque tudo
Diga-me que anda estou parado
Juro que continuarei mudo.


Juan Patrick.

O Destino

Esse destino que imagino
Não tem nada de concreto
Muito alem do meu querer
Nem querendo ele ficaria certo.

Se as portas se abrirem pra você
Como já se abriram pra mim
Muitos sonhos acabariam
Muitos chegariam ao fim.

Um futuro promissor
Brilhante pra quem vê
Eu queria só ficar junto
Ficar Junto de você.

A distancia e um medo
Que sempre tentei superar
Ainda que contra muitas vontades
Eu decidi ficar.

Mais será que você rejeitaria
Uma vida longe da nossa
Continuo sem saber
Continuo sem resposta.

Disso tudo se encarrega o destino
Pra isso tudo existe a dor
Nossa vontade e a mesma
Só não é o mesmo amor.

Eu não êxito em dizer
Quero estar sempre junto a ti
Sei que você também quer
Mais sei que não exitaria em partir.


Juan Patrick.

No Papel

A cada dia que volto pra casa
Imagino por quanto mais irei trilhar esse caminho
Sei que esse caminho é cheio de rosas
Mais também sei que em toda rosa tem espinho

A cada dia que passa
Passo horas a pensar
O que passa na sua cabeça?
Ou o que será que ainda vai passar?

Mais tudo que ate aqui sei
E que muito tempo se passou
Só não me pergunte quanto tempo
Pois meu tempo me congelou

Eu to sempre procurando
Pistas em palavras vazias
Quem sabe um dia eu entenda
O que significavam tantas fantasias

Temo o passar do tempo
Temo a sombra daquele olhar
Que assombra minhas lembranças
E que teima em voltar

Prometo ir ate o fim
Juro ao destino ser fiel
Conversando comigo mesmo
E desabafando num papel.

Juan Patrick.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mulher Vitoriosa (secy)

Ainda lembro-me da minha primeira reação
A vida nos uniu de alguma maneira
Nem sabia eu que ali nascia
Uma amizade pra vida inteira.

Uma mulher vitoriosa
Uma mãe exemplar
Que sabe se manter firme
Mesmo se a vida não ajudar.

Tua amizade é como uma jóia
Alem de rara é linda e valiosa
Uma jóia difícil de se achar
Nessa vida tão mentirosa.

Tuas palavras confortam
Teus conselhos trazem segurança.
Pra sempre te levarei
Gravada na minha lembrança.

Sempre pronta pra ouvir
Sempre disposta a ajudar
Tenho orgulho em ser teu amigo
Tenho orgulho de perto de ti poder estar.

Nem o tempo, nem destino
Vão ser capazes de destruir
Essa linda amizade
Que o tempo se encarregou de construir.

Juan Patrick.