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domingo, 16 de agosto de 2009

PODE SER RUIM...

Queria que meu amor maduro
Envelhece-se rapidamente e morresse
Queria que você descesse do muro
E de algum lado originalmente ficasse.

Não consigo te olhar sem pensar no passado
Não consigo me calar sem ouvir uma palavra sua
Não consigo me imaginar acordado
Não consigo deixar de pensar naquela rua
Não consigo esquecer daquele teu olhar mascarado
Não consigo deixar de querer uma verdade nua.

Vejo-te e me socorro dentro de mim
Tenho medo de me fascinar pelo meu vicio
Tenho a boa ventura de pensar sempre assim
Mas às vezes prefiro o precipício
Debaixo de tudo, nem o nada pode ser ruim.

Amadurece amor meu.
Caíste logo de meu peito.
Vai, vai, vai... Sou teu...
Vem logo... Liquefeito.

Versos de horror me aterrorizam
E uma mão tremula de segura.
Os que andam sem mim, me profetizam,
Os que me dão à mão, eu não os nego ajuda.

Saudade de um passado que não me faz falta
Mesmo assim sinto a falta de algo
Talvez seja a falta de uma voz alta
Ou de um gesto que de mim não foi salvo.

Engenharia para montar um centro
Centro para confundir os cantos.
A temperatura dá função ao termômetro,
E o forte abraço do tempo
Faz agente saber que existem os ventos.

Corre... Corre, e pare logo depois de mim,
Se eu estou parado aqui, é por que devo estar aqui,
Não queiras ficar comigo, procure outro fim,
O meu é este, o seu deve ser bem ali...

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