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sábado, 19 de setembro de 2009

Teatro de nuvens.

Olho para o céu e vejo aves a voar
Vejo que é um vôo suave, leve
É um vôo calmo e rápido, breve
Um movimento que não posso acompanhar.

Que belos são os pássaros
Voando sem nem um entendimento
Sem nem um descontentamento
Apenas voam por voar
Não amam
Não sabem amar.

E nessa rotina de olhar pra alto
Passo dias, horas, minutos, segundos
Conto estrelas, sonhos, e pensamentos
E logo chega a tarde
E lembro-me dos momentos
E sinto saudade
De um sentimento.

Escureceu. Já é noite.
Os pássaros decidiram parar
Eles não enxergam na escuridão
Esperaram o outro dia chegar
Já eu, fico vendo estrelas
Fico olhando a imensidão
Vendo como sou tão pouco
E como tudo é ilusão.

A noite, o céu, o dia a vida
Agente precisa apenas entender
Que agente nasce pra sorrir e sofrer
Agente nasce, pra viver e morrer.

O céu existe pra servir de palco
Cenário de acrobacias.
Mas qualquer passo em falso
Pode se tornar em noites fazias.

Olho. Não existe mais os vôos
As aves caíram, os homens sumiram
Os tempos mudaram, o vento parou
A vida anda morta só porque amou.



José Borges.

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