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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Navegantes



Sou o teu poeta
O teu amigo sonhador
Que naveguei por muitos mares
A procura de um porto seguro
Nem que fosse para lembrar
Dos tempos em que navegávamos
Em busca de um pouco de amor,

E se hoje o tempo já passou
Nem parece, pois quase nada mudou.
Continuamos desbravando oceanos
Contornando paralelos, meridianos
ferozes,
A única diferença é a distância
Que existe entre nós.
Hoje cada um no seu barco
Não fazendo, mas seguindo nossos destinos.
Apenas duas almas. E tantas que já se foram,
Parecem nunca nos deixar.

Para cada lado que olho
Veja a solidão de braços com a esperança
De que haja um juízo final
Só assim veremos nossos versos que já se foram
E nossas tantas canções entoadas por ai,
O que nos resta ainda é mistério
Mas deve ser melhor do que isso tudo aqui.

Se não temos paz, a vida passa sufocada,
Abreviada por céticos e descrentes demais
Na força do amor, e nas forças ocasionais.
Pra mim, não interessa o que se falam,
Só me interessa o que se faz.
Por isso me faço presente nos teus cuidados
Ancorado nesse teu cais, que me abastece,
Que de tudo me faz bem.
Por isso teu sorriso já basta.
E te vejo partindo, acenando teu chapéu,
Assim deixando sem mesmo saber
Para trás um naufrago amor.

José Borges Neto.