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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Refém.

Não fique longe de mim
Não desvie o olhar
Eu tenho medo de um dia
Aquele velho medo voltar.

Não me interprete mal
Isso é apenas superstição
Pesadelos de um homem
Que teme perder a razão.

Você pode ficar calada
Você pode não estar bem
Mas mesmo assim me queira por perto
Pois de seus braços virei refém.

Não vá pro lado errado
Não me deixe nesse caminho
Ficando assim tão calada
Penso estar seguindo sozinho.

Preciso de um beijo
Preciso de companhia
Tem dias que preciso de você
Pra que a vida não fique tão fazia

Não tente compreender nada
Nada é compreensível.
Feche os olhos e mergulhe
Tente fazer o impossivel.


Juan Patrick

quinta-feira, 30 de julho de 2009

SOBRE A MESA

O tempo me faz mudar
A vida me faz viver
Mas sei que não vou esquecer
De como é te amar.

Te esperar noite e dia
Acordar pensando em te ver
Dormir e sonhar com você
Será minha eterna alegria.

Mesmo que hoje você não seja a mesma
A mesma que antes me entendia
E que dizia o que sentia
Mas agora as cartas estão sobre a mesa.

Eu não vou mudar
Vivo sem tempo
Carregando um sentimento
Que insiste não se acabar.

Quem mudou, quem vai mudar?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

DIÁLOGO DE SONHOS

Um dia sentado na beira da estrada
Com os pés cheios de bolhas de tanto caminhar
Vi passar, um velho com um saco na mão, no ombro uma enxada,
O velho perguntou-me: o que fazes aqui nesse lugar?
Eu disse: meu velho, meu pés não me deixam mais andar,
Decide parar perto dessa árvore até o asfalto esfriar
Pois venho de muito longe e não sei onde vou chegar.

O velho sentou a meu lado
Colocou a saco e a enxada no chão,
E disse: jovem eu também já andei nesse asfalto,
Caminhei muitas tardes sobre esse chão quente do sertão,
Mas hoje descobri outra forma de viver sem precisar ser desprezado
Hoje vivo somente assim, não preciso traçar direção,
Meu mundo é meu caminho
Meus sonhos, minha razão.

Então eu logo fiquei pensando o quanto aquele velho era louco
Dizer que os sonhos são as razões, foi então que perguntei:
Meu senhor de onde tu eis o que faz com essa enxada e esse saco?
Ele disse meu filho venho de muito distante e muita coisa eu sei
Por exemplo, sei o porquê que você anda sofrendo tanto,
Eu sei por que o mundo anda cada dia pior do que o que pensei
É o mau do desengano, que engana, e acaba com todos nós.

Eu pedi que ele realmente me explicasse quem ele era
Ou se ele sabia de tudo, me falasse quem eu sou,
Mas o velho não dizia nada, era firme como uma pedra,
Então o tempo passava e nos dois mudando o que não mudou
O senhor levantou e disse que estava na hora de ir embora
Pois o que ele tinha pra fazer, ele já tinha feito, e complementou,
Disse-me o que eu não devia parar só porque por qualquer coisa
Que meus pés iam se fortificar e eu iria ajudar a outro que parou.

Eu agoniado queria uma coisa dele saber
Perguntei o que ele levava num saco e pra que aquela ferramenta
Ele disse que eu não devia saber antes do tempo me fazer entender,
Eu pedi; por favor, mata essa minha curiosidade ou ela aumenta,
Ele percebeu minha ânsia e disse vou lhe dizer,
A enxada serve para eu limpar meu caminho e desenterrar vidas
Vidas que por medo não quis saber, mas hoje posso viver,
E no saco eu guardo os sonhos, sem eles a vida fica difícil de se agüentar,
Sem os sonhos nós não teríamos nenhuma razão pra se viver.

terça-feira, 28 de julho de 2009

UM AMOR

Um amor quando acaba
Deixa agente sem saber viver
É como um mundo que desaba
Traz uma vontade de morrer.

Um amor quando não atendido
Arde forte como uma brasa
Deixa nosso peito partido
Pode até acabar, mas nunca passa.

Um amor de um adolescente
É um amor de momentos
O jovem fala sobre o que sente
Mais ainda não sente os sentimentos.

Um amor de verdade nunca trai
Dá liberdade e confiança
Ameaça mas não se vai
E se for, fica sua outra metade; a esperança.

Um amor faz jorrar lágrimas
Algumas de alegria, outras de dor,
Mas o livro da vida tem muitas páginas
Numa delas agente encontra o verdadeiro amor.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

SONETO VIAJEM

Meu silêncio porque me deixas
Meu Ar porque me faltas
Não me deixem aqui neste lugar
Não quero morrer antes de amar.

Oh, céu de nuvens que tanto me observa,
Prometes-me que pra sempre me guiará,
Oh, estrelas que brilham em noites de luar,
Quando eu partir junto a vocês quero ir morar.

O silêncio que se propaga pelo meu peito
Vai deslizando em busca do rio que me molha
E se vai em busca de um amor perfeito...

O ar limpo da natureza que é feito
O mau do passado que me assola
No meu caminho um túnel muito estreito...

domingo, 26 de julho de 2009

A VITRINE DO CRIME

Você viu um vestido colorido na vitrine
Quis telo em teu corpo, que é tão delicado,
Comprou uma máscara para se disfarçar do crime
E para esse crime não há perdão, isso foi teu pior pecado.

Mataste o céu de vida que lhe encobria
Só por não querer saber como mudar a si mesma,
Vendeste teus sonhos para comprar o que não merecia
Deixou de querer seu corpo para virar um fantasma,
E disfarçada contava histórias que ninguém entendia
E você feita uma tola logo ficava completamente pasma,
Quando via que a vida era muito mais que uma mercadoria
E que não era muito bom o futuro que lhe esperava.

Você voltou daquele lugar, bem vestida e colorida,
Brilhava que não podia se ver no espelho,
Só que sua vida estava muito ferida
Já não lidava com os códigos de um novo aparelho.

E eu outro dia passando pela aquela rua
Vi você na vitrine, parada sem nem mexer os olhos,
Logo pensei que era apenas o crime que continua
Mas vi seus olhos jorrarem sangue pelos cantos
Vi seus sonhos todos enfileirados, vi sua razão nua
Pedindo perdão ao coração, que também não sabia fazer planos,
Vi milhares de você, dizendo que o medo também insinua,
Andei sobre teus pedaços, perdidos em vários outros tempos.

Ali naquele momento tua veste não tinha valor
Tua vaidade não tinha o que falar,
No teu peito agora era que não avia amor
Da vitrine da ingratidão não a como se libertar.

sábado, 25 de julho de 2009

O PÓ QUE QUERO

Quero que se mudem os horários
Quero que atrasem os ponteiros
Acabem com os legionários
Multipliquem os prisioneiros.

Analisem letras escritas com o pó
O pó do prisioneiro que morreu só
Sem ter nem alguém que sentisse dor
Viajou no último trem a vapor.

Quero que não queiras nada de mim
Quero que tudo continue assim
Um sonho simples tipo algo ruim
Um poema e mais poemas sem fim.

Quero que me faças esquecer,
De quando me apaixonei,
Quero que apenas ao me ver
Lembre das palavras que te falei
Lembre como agente podia ser,
Das histórias que te contei,
Lembre que antes tinha muito para fazer,
Muitos sonhos que sonhei,
Pouca razão pra vender
Disso nem sei se sei.

Sem Razão

Vejo em ti meu abrigo
Vejo em ti meus medos
Seus olhos brilham como fogo
Sinto minha razão escapar por entre os dedos
Em instantes lembranças ruins apago
Fazendo com que venham à tona todos os segredos.

Se nosso futuro e incerto
Vamos certificar nosso presente
Pra nos unir basto um gesto
Gesto que enlouquece agente
Daí em diante não me inporto
Se isso e apenas uma ilusão da mente.

Erros ocorridos por acaso
Não vão se repetir
Pois de tanto correr estou cansado
Mais correndo temos que seguir
Para não sermos engolidos pelo passado
Nem no poço do futuro cair.

A razão da vida
E viver sem razão
Pra que a vida não fique doida
Temos que adotar o perdão
O que dói não e a ferida
Mais sim saber quem nos feriu sem razão.


Juan Patrick.

Próprios Erros

Deixe tudo como está
Não faça nada para mudar
Desse jeito estou feliz
Mais sei que um dia ainda posso chorar.

Não fale nada
Não justifique os defeitos
As desculpas doem mais
Doem mais que os próprios erros.

Não se questione
Deixe tudo acontecer
Se não mais uma vez chegaram às dúvidas
E juntos novamente vamos sofrer.

Por favor, não minta.
Da boca pra fora não saem verdades
Espere a hora sertã
Não ligue pra nossas idades.

Por favor, não esqueça nunca.
Desse sentimento que tanto nos fez chorar
Também nunca esqueça
Que sempre estarei aqui pronto pra te amar.


Juan Patrick.

Sem Pista

Está tudo bem
Tudo na paz relativa
Mais quando a duvida vem
Quem for forte que sobreviva
Esse medo que se tem
Já possui cadeira cativa.

O mar esta tranqüilo
Nenhuma onda a vista
De olhos abertos, sem cochilo.
Seguindo as regras da lista
Sem bobeira, sem vacilo.
Culpados e acusados sem pista.

O ar esta puro
Isso e o que conseguimos ver
Um destino muito duro
Sem indicações pra ler
Visando o futuro
Mais ate quando vamos viver?

Estes jardins estão floridos
Flores lindas, a muchar.
Os livros estão perdidos
Nunca vão nos encontrar
Nessa historia nos perdemos
Simplesmente por amar.

Que bom que estamos juntos
Que bom que a duvida parou
Mais os desafios são muitos
Não há mais tempo, ele passou.
Nessa vida não há ensaios
Nem perdão pra que errou.


Juan Patrick.

Seu Altar

Não entendo o que falta
Para que seja perfeito
Um amor inexistente
Morto dentro do seu peito

O que é que adianta esperar
Se o tempo esta se esgotando
Quando você se der conta
Sozinha você estará andando

Duas pessoas
Um só sentimento
Você não o ama
Nem nunca o amou por um só momento

Lá na frente você vai lembrar
De um cara que sempre te esperou
Depois vai pedir pra começar
O que você sempre ignorou

Já vi ele falar
Que nunca ia te esquecer
E você ai no seu altar
Vendo tudo acontecer.

Juan Patrick

sexta-feira, 24 de julho de 2009

ALGO COMUM

Numa noite sem destino algum
Um viajante sem destino nenhum
Analisando os mapas um por um
Notando neles sempre algo comum.

Nas ilhas onde escondiam os tesouros
Existem os restos dos últimos guerreiros.

Guerreiros que se foram em pleno luar
Deixaram os sonhos dispersarem-se no ar
Mudaram as estrelas de lugar
Acordaram os vulcões que não podiam despertar.

Na dispersão do que era tão igual
A lava desce inundando meu quintal
Pego meus mapas e também algum jornal
Nunca se sabe quando vai ter outro juízo final.

O fim do silêncio que o medo escondia
O medo do silêncio que eu sentia.

E os caminhos terminam,
Ilhas e mais ilhas se distanciam.
E os mapas agora se diferenciam,
As chamas do fogo hoje os iluminam.

O SIGNO ANIMAL

Vamos ver até quando
O nada vai se multiplicar
Já que o nada aumenta tanto
Ninguém sabe aonde tudo vai dar.

O signo da união
Perdido numa casa vazia
Junto ao nada da sedução
Ouvindo a quem tão pouco ouvia
Uma palavra dita com paixão.

Medo de falar,
Vontade de fugir,
Vergonha de amar,
Coragem de mentir,
Revolta para conquistar,
Fraqueza para conseguir.

Não vamos esperar tanto
O tanto do nada já passou
Mesmo que acabe o encanto
Ninguém nunca se encontrou.

Perdidos e falidos
Sem sabe como parar
Nas costas do nada e dos ventos
Que não param de aumentar.

A liberdade da palavra
A loucura pela escolha
Nisso agente acreditava
Escrito apenas numa folha.

Tão pouca alegria
Muita solidão emocional
A tanta humana fantasia
Nesse mundo tão animal.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A DOR DA VIDA

Na voz do sussurro que me clama
Existe um tom triste e amargurado
É uma voz sem firmeza e sem alma
Que deixa meu silêncio desesperado.

Tal voz me agride de forma tão suave
Que o eco provoca nela uma dor,
A dor de não entender o que acontece
Quando alguém diz “adeus amor”.

E a dor, tão inocente, demora a passar,
Firma-se com seus tentáculos
Em meu rosto deslumbrado sobre o mar,
Encantado só pensando como acordar.

Minhas veias mortas se entrelaçam
Como estradas velhas perdidas da vida,
Ou igual a ventos que passam
Levando a saudade da dolorosa despedida.

terça-feira, 21 de julho de 2009

ISSO ME ATORMENTA

É impossível não sentir sua falta
Pois a todo o momento a solidão me aperta
Lembro de tudo até do silêncio que existia
Hoje até isso me atormenta e me maltrata.

Facilmente sinto ciúmes dos teus olhos
Que antes me cercavam nos recantos
E me deixava a noite toda fazendo planos
Pensando e refletindo sobre meus desenganos.

Não é fácil esquecer o que nunca aconteceu
A nossa vida é formada daquilo que agente viveu
Coisas boas, ou tanto faz se agente sofreu,
É impossível esquecer a essência do perfume seu.

Queria que fosse fácil conviver com a solidão
Adquirir pequenos projetos de cada alucinação
Viajar sem rumos nessa grande imensidão
Esquecer as marcas dessa triste paixão.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

AMIGOS COM RAZÃO

Ser amigo é ser com uma rocha
Resistir até as piores perturbações,
É ser fiel a quem nos ensina
A procurar as certas direções
É ser terrível quando seu amigo erra
Porém é ser essencial nas soluções
E aprender que o prazer da vida
Esta cultivado nas sensações.

É preciso sentir a ausência
De quem nos aplaude,
É ajudar em momentos de carência
Contar sempre a verdade
É ser sincero sem arrogância
Fazer uso da honestidade
É usar sempre a paciência
Juntos até a eternidade.

Amigo não é apenas ser amigo
É ser dois em uma só junção
Amigo se deve obter com cuidado
Ou eles nos colocam no chão
Amigo é querer estar sempre perto
Para poder lhe da atenção
Amigo de verdade anda escasso
Mas ainda existem uns a disposição
Amigos são poucos que tenho
Mas pra mim são amigos com razão.

domingo, 19 de julho de 2009

MEDO DA FELICIDADE

Entre a luz e escuridão
Existe nossa visão
Nossa percepção
Nossa atenção.

Entre eu e você
Existe a dúvida do querer
Do tentar e não saber
Do que agora é
Mais nunca poderá ser.

Entre a raiva e a razão
Há sempre uma ilusão
E alguém na contramão
Pegando carona no velho coração.

Entre seus olhos
Existem os meus
Perdidos em atalhos
Desenhados nos céus.

Entre minha verdade
Ainda resta sua imaturidade
Que persiste nessa insanidade
Foge de mim por medo da felicidade.

sábado, 18 de julho de 2009

A BORDO DO SILÊNCIO

Palavras fogem de teus lábios
E me encontram em silêncio
Fluem como águas dos rios
E encontram meu peito vazio.

Teus olhos me atormentam
Nessa profunda escuridão
E vejo os cegos que passam
Sem ter nem uma direção.

Veja minha tímida lucidez
Pedindo o seu perdão
Depois pecando outra vez
Pensando que se acabou a ilusão.

Suas palavras e palavras
Não vão me ajudar
Revele as escondidas
O que há por trás do seu olhar.

Sua voz se vai
Teu olhar me atrai
E não vou te ouvi
Pois nada entendi.

Escorra sobre meu corpo
Resista às fortes tempestades
Aborde em meu porto
E encontre suas metades.

Pra quê fingir que se ama?
E fingir que não teme
Se sempre alguém reclama
Mas não assume o que sente.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

NUNCA ACABA

Nunca pensei em como eu sou
Como eu era ou como serei
E hoje vendo que o tempo passou
Por muita coisa vi que passei
Agora sinto que tudo mudou
E que com varias pessoas me enganei.

Nunca vi tanta escuridão
Quando acordei em pleno dia
Vi que minha razão
Há tempos não existia
Procurei uma explicação
E no fim ninguém sabia.

Nunca acreditei nas crenças
Que ainda movem multidões
Pra mim isso tudo não passa
De falsas religiões
E é por isso que não acaba
As diferenças entre as noções.

Nunca andei tanto
Quando me perdi na vida
Caminhei por tudo que é canto
Voltei ao ponto de partida
Já cansado e alucinado
Sonhando com uma saída.

Nunca tinha desistido
Mais numa batalha cai
Foi uma luta sem tempo
Uma guerra que não venci
Tive que pagar um preço alto
Mas vivo pra dizer que aprendi.

Nunca menti sobre o que sinto
Mas ninguém acreditou
E agora com o tempo fluindo
Só resta chorar com o que sobrou
E entender que a vida é um labirinto
E fora dela tudo acabou.

Nunca fui ver as estrelas
Sem antes admirar os vaga-lumes
E pensar nas coisas mágicas
Ou nas flores e seus perfumes
São todas simples e amigas
E para as estrelas eu crio nomes.

Nunca tive tanta dúvida
Quando descobri o amor
De tudo que eu merecia
Ele era o que mais tinha valor
E nesse amor eu acreditava
Só não o tive ao meu favor.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

VIVER SEM RECEIOS

Quero ter a razão certa
Para acabar com essa história
Quero acordar em plena noite
Sem ter medo de nada
Sentir na pele o açoite
De uma sincera palavra.

Quero sentir nas mãos
As marcas do tempo
As feridas dos sonhos
Saradas com o vento
E os ventos são contínuos
O presente já é passado
Quero fazer meus planos
Sem precisar ser castigado
E permanecer entre loucos
Sem se sentir amargurado
Sentir a leveza dos gestos
E saber que nunca fui enganado.

O medo vem junto da dúvida
Mas a dúvida sempre dúvida do medo
Por isso não existe nem uma palavra
Que explique esse meu anseio
De querer fazer de minha vida
Somente aquilo que quero.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

NÓS DOIS

De uma forma tão fria
Finalmente você se revelou
Disse-me que não sabia
Disse-me que algo mudou.

Você não sabe o que sinto
Muito menos o penso
Já disse que não minto
E por isso lhe peço:
Não esqueça de minhas palavras ditas em dias de muita angústia
Perdoe todas minhas loucuras de amor ou de paixão
Fiz essas loucuras só porque não sabia
Que era apenas uma ilusão.

Vou tentar negar minhas dores
Esconder meus receios em te ver com outros
Vou aniquilar meus dias de lastima por causa de rumores
Mudar ou tentar acabar meus tristes sonhos que não são poucos.

Vou tentar dividir minha vida em duas partes
Viver e viver.
Vou continuar com meus sorrisos transparentes
Fingindo não sofrer.

Você me disse que não era nada
E partiu minha alma em duas metades
Revelou as duras verdades
Deixou-me sozinho nessa estrada.

Deserto e mar
Eu só sei te amar
Não adianta navegar
A tempestade de areia vai me enterrar.

Então pode me pedir tudo
Agora sei que sempre estive certo
Nosso tempo era mesmo curto
Nosso futuro continua incerto
Vamos navegar em pleno deserto
E empoeirarmos no fundo do oceano
Buscar coisas sem sentido
E sentir a falta de alguém sincero.

Você talvez ainda não esteja preparada
E não veja como o mundo anda
Só peço que acorde na hora certa
As ilusões não ensinam, insinuam.

Por último você se vai e eu fico a pensar
Se isso realmente teve fim, ou será que vai apenas recomeçar?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

SÃO PALAVRAS

Havia um tempo
Que não exista medo
Tudo era certo
Mas não verdadeiro
Era um jogo
Meio louco
Quase único
Completo.

Sem regras
Longe das trevas
Perto das estrelas
Ou nas esquinas
Escondidas
Melancólicas
Carismáticas
São palavras.

No peito que arde
Na voz suave
Num dia quente
Alguém mente
E não sente
Literalmente
Que o presente
É eternamente.

Num dia normal
Algo racional
Bem pessoal
Meio passional
Tão fatal
Que faz mal
Ler o jornal
Pedindo paz mundial.

Pouca paz
Porém muito mais
Judas e Satanás
Quem os faz?
Talvez nós
Eu, tu, ele, vós,
Todos a sós
Todos sem voz.

Olhares sem sentido

O paraíso esta aqui
Porque você não ver?
Será que eu estou louco
Ou é você que não quer crer?

A doença se instalou
Ta todo mundo contaminado
E isso não é motivo de pânico
Quase tudo é mesmo ignorado.

O fogo que ilumina
Também traz destruição
A vida fica mal contada
Quando se esta na contra mão.

Um sonho violento
Uma graça sem sorriso
Não despreze um sentimento
Com olhares sem sentido.

Nesse mundo não a leis
Nem presidente nem castigo
Aceito esse seu jeito
E continuo seu amigo.


Juan Patrick.

Erro sucessivo

Uma canção de amor
Uma palavra perdida
Um gesto de dor
Uma noite mal dormida
O medo e o pavor
Fazem parte do sentido da vida.

O satélite do sentido
Uma vida muito breve
Tudo se encaixando
Tudo muito leve
Calma você esta sonhando
Essa resposta não serve.

Um salto na escuridão
Um pensamento muito racional
Tão pequenos nessa imensidão
Muito fora do normal
Tudo isso é ilusão
Nesse mundo irreal.

Ir em frente sem cair
Impossível acontecer
Cair e desistir
Morrer sem perceber
Levante é hora de seguir
Se ainda quiser viver.

Um amor esquecido
Uma vida sem motivo
Um coração perdido
Um mundo relativo
Sem ter medo desse medo
Nesse erro sucessivo.


Juan Patrick.

domingo, 12 de julho de 2009

COMO O TEMPO

As estrelas mudam de lugar
Mas continuam fortemente a brilhar
Então passe o tempo que passar
Não vou deixar de te amar,
Até mesmo que nada possa sobrar
Eu vou continuar a sonhar.

Pensar em tempos passados
Lembrar daqueles simples sussurros
Acordar de manhã sem pensar em planos
Só pensando em ter seus abraços
Sem tem medo dos outros
Viver entre dois mundos.

Não admirar outras paixões,
Sentir calmamente fortes sensações
E com isso fazer sobrar razões
Para que eu posso fazer declarações
Sem lembrar das ilusões
Unir em um só nossos corações.

Depois disso não serei apenas um conhecido
Seremos felizes a todo e qualquer momento
Viver sem perceber que se esta vivendo
E não despertar nem um descontentamento
Para não adormecermos nosso sentimento
Que é incerto, sendo eterno como o tempo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

CHUVA E VENTO

Temos pouco tempo pra conversar
Pois logo a chuva chega pra nos afastar
E você se vai e me deixa a pensar
Que a dor nunca vai me abandonar.

Por isso meu bem,
É inútil querer outro alguém
Se ninguém é igual a ninguém
Não adianta roubar o que já se tem.

Um beijo ou uma droga
Os dois viciam da mesma forma
Talvez seja melhor não experimentar
Pois você passou apenas pra me cumprimentar.

E a chuva impôs seu véu lentamente
Por ironia do destino agente tava distante
A tempestade me abalou completamente
Sinto que o frio congelou o que avia entre agente.

Não quero me molhar sozinho
Preciso que você esteja aqui comigo
Mas você quer seguir seu caminho
Só tenha cuidado na frente a sempre perigo.

A umidade do ar se transforma em gotas de ânsia
Que me atormente e me deixa sem paciência
Mas pra se viver é preciso ter esperança
E ter dentro de si a fascinação de uma criança.

Pouca conversa nunca resolve problemas
Porém criam mais tantas duvidas
Que aumentam e nunca são respondidas
Alagam de perguntas nossas vidas.

Chuva e vento caem sobre mim
Que atravesso noites assim
Revendo o que não tem fim
Sonhando a sonhada espera de um sim.

Cada dia.

Os cavaleiros vivendo atoa
Sem imaginar o futuro
Tristes desses homens
Que esperam algo disso tudo.

Nessa guerra não sobra nenhum espaço
Já que todo mundo quer lutar,
Lutar por tolices irracionais
Que não levam para nenhum lugar.

Nossos deveres, essas regras,
Regem essa vida tão vazia
Ninguém nos motiva a nada
Apenas morremos a cada dia.

Algo vale a pena?
Se a pena já voou
O que resta são escombros
De um sonho que desabou.


Juan Patrick.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

UMA SÓ RAZÃO

Não tenha medo de perder o rumo
E não tema pelo que lhe espera,
Muitas vezes precisamos andar sozinho
E mudar antes da hora certa.

Correr os riscos na ponta do arpão
Sobrevoar campos de aniquilação
Ir à margem do que parece ser real
Descobrir muito além do racional.
Tanto faz acreditar ou não
Ninguém tem uma só razão
Todos compartilham do mesmo vinho
Todos vieram do mesmo ninho.

Pouca sombra pra repousar
Pouco tempo pra viver
Muita bala pra se desviar
Muitos motivos pra morrer.

Odiar quem te ama
Amar quem te odeia
São coisas que você deve fazer
Mas quem faz alguma coisa por você?
Levante a cabeça
E acorde dessa história
Não salve quem não quer viver
Lute com a coragem de quem quer vencer.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

POR PÃO E ÁGUA

Existe muita paz esperando os homens
Mas os homens nunca esperam pela paz
Sequem suas leis, seus costumes,
Sem procurar de saber o que os faz
Vidas são trocadas por bens
Matérias e tão vulgas.

Lutas em prol do nada
Com sorrisos falsos e temerosos
Vivendo com uma vida controlada
Fingindo ser bons ou maus atores
Se humilhando por pão e água
Longe de casa pensando nos amores.

Amores que morreram de cansaço
Outros de tanto amar,
Pessoas loucas pelo esquecimento
Se martirizando querendo mudar
Alguns entreguem ao fracasso
Com a vergonha de não querer lutar.

O crescimento com modernização
Faz padecer o cidadão que surgiu,
Que espera sempre um herói da nação
Mas passou o tempo e ninguém o viu
Por isso é melhor pára com essa ilusão
É viver ou morrer nessa guerra civil.

EM TEU ROSTO

Preciso andar sozinho
Buscar luz nessa escuridão
Disfarçar meu silêncio
Perdoar minha ilusão.

Preciso rápido de alguém
Pra entender algo meu
Pois me sinto um ninguém
Pedindo um olhar seu.

Quero guardar minha armadura
Com a certeza de que é o fim
Deixar de lado toda essa loucura
Que tanto serviu pra mim.

Numa palavra sem medo
Recebo um simples adeus
Mas ainda vejo em teu rosto
Teus olhos refletindo os meus.

terça-feira, 7 de julho de 2009

EU E A SOLIDÃO

Pensei em lhe beijar
Antes da despedida
Pensei em te amar
Mas isso eu já sabia
Lutei sem parar
Dia e noite, noite e dia,
Só que foi errado sonhar
Mas nem isso eu percebia.

Tanto faz acreditar ou não
Você nunca vai me entender
Em beijos de ilusão
Eu pude lhe ter
Só não tive sua paixão
Mas em sonhos pude lhe ver
Só que acordava e via solidão
Dizer-me que nunca tive você.

OS VENTOS

Pediram-me para lhe esquecer
Eu te peço não me deixe fazer
Você não sabe o que pode acontecer
Nem entende o que sinto por você.

Sobre pétalas de flores vermelhas
Eu lanço minhas palavras para serem sepultadas
Nos pequenos movimentos das estrelas
Eu lhe vejo me olhando pela sacada.

Numa mutação quase inevitável
Vejo os limites do que parecia ser impossível
Nunca imaginei que seria fácil
Porém nem que fosse tão difícil.

Palavras repetidas em versos
Outras em 'papos' furados,
Pedidos por simples gestos
Perdidos nas voltas dos ventos.

Mudar ou continuar
Sonhar ou acordar,
Sorrir ou chorar
Fazer ou pensar
Pedir ou mandar
Viver ou amar?

Há isso tudo entre nós
Mas agente nunca se acertou,
Hoje estamos a sós,
E ai, quem mudou?

UM PEDIDO

Pelo menos um beijo
Ou um olhar meigo,
Quem sabe um carinho
Junto com um desejo
Ou um verso torto
Num poema bem feito.

Quem sabe
O que eu quero dizer,
Ninguém sente
O que sinto por você
Porém agente
Fica sem se entender.

Vem a distancia
Fazendo-me chorar,
Ouço sons do dia
Que me fazem lembrar
Já estou com uma mania
De esquecer só pra lembrar.

Dizem que há erros
Mas errar é uma certeza,
Penso nos momentos
Que eu era tua fortaleza
Eu te guardava nos meus segredos
Não existira essa tristeza.

Duramente ouço
Alguém dizer que minto,
Isso me dói tanto
Mas nem assim te esqueço
Só sei que por enquanto
Só aumenta isso que penso.

Pensamentos que vão
Outros de cansados já vêm,
Com noites longas em solidão
Sinto-me um ninguém
Perdido sem direção
Buscando até coisas no além.

E finalmente encontro o amor
Sozinho querendo saber
Em que esquina morreu a dor
Para a alegria nascer,
Por ultimo ele pede-me um favor
Que eu viva, mas não o deixe morrer.

domingo, 5 de julho de 2009

TENTEI

Quem sabe eu queira chorar
Mais acho que hoje não posso
Pois vejo o tempo passar
Sem se arrepender do que faço
Sinto que silencio vai mudar
Mesmo que haja muito cansaço
Essa luta tem que acabar
Que não sobre de mim nem um pedaço.

Tantos livros lidos e rasgados
Pouca água, muita sede,
Numa terra onde não a passado
O futuro é pouco presente,
Nos raios que caem do espaço
Vozes dizem que sou inconseqüente
Só não digo que lê esqueço
Mas algo hoje esta diferente.


sábado, 4 de julho de 2009

Tempo Perdido

Temos medo de sofrer
Temos medo de lutar
Mais o pior medo que existe
E o medo de amar.

Tenho medo, desse medo.
Medo de viver sem motivo
Mas o motivo nos motiva
Há buscar o tempo perdido.

O medo nos impede
De tentar algo maravilhoso
Por isso não tenho medo
Mais também não sou corajoso.

O escuro, monstros no armário.
Quando criança, com isso me assustava.
Agora meus medos são outros
Tenho demo de estar sozinho nessa estrada.

O medo não e doença
E apenas falta de coragem
Esse medo nunca vai nos abandonar
Ele faz parte da bagagem.


Juan Patrick.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

MEU OLHAR FLUTUA

Por uma pequena pétala
Um colibri se move,
Por um céu de lama
Uma pedra se dissolve.

Num mar de sangue
Um barco navega,
Com um olhar que arde
Ninguém diz que enxerga.

O passarinho que não ama
A flor que nada sente,
Um surdo reclama
De um mudo que mente.

No fim alguém carente
Com um olhar de loucura
Desse mar agente entende
Nesse barco agente flutua.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

POR ACASO

Numa ilha de sonhos e de ilusões
Em portos de lamentos e seduções
Digo que você não ouviu minhas explicações
Falta pouco para grandes transformações
Sobram motivos para tantas informações
Restam suspiros e pessoas nas retenções
Todos procurando mares de contestações.

Procurando quem sabe saber de algo
Morrer por um caso por acaso
Se perder no mesmo local exato
Andar sem rumo com muito cuidado
A angústia humilha o tempo calado
A flor deixa seu perfume exalado
No ódio daquele amor negado.

Na garganta do silencio que reclama
Um novo árduo conjunto de palavras sobre nada
No recanto do medo que proclama
A lei do vento que não pára
O orgulho exposto na última jogada
Na voz que não disse quase nada
Ficas aqui, minha ultima caminhada.

Não tenho mais o que lhe escrever
Parece que você não quis me ver
Os ventos não vão nos entender
As ilhas agora vão desaparecer
Explicações isso é inútil fazer
Pra que informações sem ninguém saber
Na angústia certeza não adianta ter
Sobre amor hoje não tenho nada pra dizer.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Manchetes Dos Jornais

Cheguei a pensar
Que eu pudesse viver
Bem longe desse lugar
Pra quem sabe esquecer
Sem parar de lutar
Sem deixar de viver.

Meus versos se calam
Mais ainda os ouço
Sem sentido eles falam
Lá do fundo do poço
Os mesmos que condenaram
Estão com a corda no pescoço.

Já não há o que fazer
Já lutei de mais
Só não vão esquecer
As manchetes dos jornais
E como voltar e prever
Dois futuros iguais.

O que faço nesse dia
O que faço nesse mundo
Com a vida vazia
Fico cego, surdo e mudo,
Acorrentado morreria
No abismo mais profundo.


Juan Patrick.

Sua Espada

Lutamos a cada dia
Para tentar conquistar a vitória
Mas lutamos sem imaginar
Se há ou não escapatória
Há muitos já dei a mão
Muitos já me levantaram
Não podemos deixar feridos pelo caminho
Os que muito já lutaram.

O mais forte nem sempre ganha
Nem sempre é o que parece
Nesse mundo de incertezas
Certo é quem não padece
Não tenha medo vá ate o fim
Ate que se transforme em cemitério
O que você chama de jardim.

Não há o que fazer
Não há como voltar
Arrependimento não existe
Quando se trata de amar.

Por maiores que sejam os exércitos
Não tenha medo é preciso enfrentar
Quanto maior a conquista
Mais sangue terá que derramar
Somos obrigados a viver
Nessa guerra que é a vida
Sem saída sem destino
Lembrando apenas da partida.

Seja corajoso
Não desista a troco de nada
Sua esperança e sua armadura
Seu amor e sua espada.


Juan Patrick.