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domingo, 31 de maio de 2009

VOCÊ ESTA CERTA

Talvez não termine tudo agora
Pode até ser que o tempo se atrase
Talvez minha voz ande por ai a fora,
Pode até ser que o mundo parasse,
Assim nós saberíamos onde estava o erro
Você encontraria a razão do seu medo
Eu acordaria desse pesadelo
E tudo seria sem aquele teu desprezo,
Com isso não seria preciso
Alguém sair mais uma vez ferido
De um duelo sem sentido
De um livro sem nada escrito.

Talvez quem saiba você esteja certa
Pode ser que o vento não balance mais as folhas
Talvez este seja o sinal de sonho semanal
Pode ser ou talvez seja que tudo isso seja artificial
Mas é assim que a coisa anda
É assim que o duelo acaba
Sem vencedor com fama de gladiador
Ou uma cara um falso escritor,
Sem nada acabar definitivamente
O com um universo pela frente,
Não caíra, mas nuvens de palavras,
Não morrera num olhar de agonia
Mas ficara gravado na face da penúria.

sábado, 30 de maio de 2009

Fundo do Poço

Cuidado ao dobrar a curva
Cuidado ao tomar atalhos
O medo vaga a procura
De um coração em pedaços.

Veja só o destino
Veja o que ele o reservou
Ele te deixou sozinha
Como um barco que naufragou.

Hoje te vejo quieta
Vejo-te pensando em mim
Coisa que nunca fez
Quando eu habitava seu jardim.

Lembre-se de tudo
Tudo que um dia te pertenceu
Agora me devolva tudo
Aquele cara morreu.

Hoje te vejo
Vagando a procurar
Braços que pareçam com os meus
Que você nunca vai encontrar.

Tente refazer planos
Tente virar o jogo
Fracasse e beije a lona
Chegue ao fundo do poço.

Bole pela cama
Na imensidao da madrugada
Tente achar pelo menos uma resposta
De uma historia mal contada.

Vejo-te na contra mão
Vejo-te sem destino
Não posso lê ajudar
Estou em outro caminho.

Muitos medos quem sabe
Medo de dizer:eu te amo,
Arrependida se encontra hoje
Por ter esperado tanto.

Que pena minha amiga
Que eu não posso ajudar
Pois por tudo isso eu ja passei
E foi você quem me fez passar.


JUAN PATRICK

sexta-feira, 29 de maio de 2009

INSANIDADE

É na dor que aprendemos
É na guerra santa que morremos
É no meio da multidão que bebemos
Idéias frágeis e frágeis pensamentos.

Um ideal sem um motivo
Um quarto sem ser esconderijo
Um modo de positivismo
Pura faça inteiro simbolismo.

Foi te entendendo que eu me entendi
Foi caminhando que eu sorri
Foi esquecendo que eu aprendi
Coisas simples, simples de ouvi.

O dia mudou de tom e cor
O medo esta com pavor,
O mar se move a vapor
E os risos saem com rancor.

Assim somos o que somos
Assim somos apenas sonhos
Assim andaremos sobre oceanos
Todos vivos, cegos e insanos.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

FELICITAÇÕES

Hoje ouvi palavras singelas
Mas com grande sentido
Hoje resolvi andar pelas vielas
Mas me perdi sozinho,
E longe da civilização
Busquei outra direcção
Busquei abrigo silencio
Perdoei sem pedir perdão.

Sonhei com palavras voadoras
Acabei com tudo que eu não tinha
Curei-me das minhas feridas,
Vi a humanidade cansada
De tanto esperar
Uma palavra para lê salvar,
Um barco que pudesse flutuar
Nessa ausência de mar.

Chorei a ouvir preces feitas para mim
Corri a procura de um inicio sem fim
Molhei-me antes da chuva cair
Desapareci antes de o tempo sumir,
Andei sem saber por onde
Vivi sem aproveitar um instante,
Mandaram-me falar com Deus
Só que meus pensamentos são todos ateus.

O mundo quis me ajudar
Mas o mundo precisa se achar
A vida precisa continuar
As árvores tem que brotar
O vento tem que soprar
Os pássaros irão voar
E os homens serão humanos
Quando aprenderem a amar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

FIM DAS CONTAS

Cada dia que passa
É como se fosse o ultimo
Cada palavra que ouço
É sobre algo absurdo.

O tempo anda voando baixo
E eu ando sonhando alto
O tempo passa como um tornado,
E eu aqui, sem estar ao seu lado,
Agora quem vai subir ao monte
E chorar ao ver o presente
Quem irá voar para longe
Para não ser devorado pela serpente,
Ninguém sabe de nada no fim das contas
E as contas não precisam ser contadas
E o futuro não pode ser passado
Nem o sonho pode ser realizado.

São historias comuns
Vividas em lugar nenhum,
São momentos eternos,
Vividos apenas em segundos.

Tentaremos Novamente

Força eu já não tenho
Só me restaram esperanças
Vamos voltar a brincar
Brincar como duas crianças.

Abriu-se novamente uma janela
Trazendo de volta a luz
Luz que ofusca e cega
Luz que apesar de tudo nos conduz.

O que você me pede
Sim, eu posso fazer,
Mais depende de você
Se vamos viver, ou novamente morrer.

Veja só voltará de novo
A essa estrada cheia de curvas
Só cabe a você dizer
Até onde continuam as duvidas.

Vamos tentar retomar o foco
Insistir na mesma estrada
Só espero que você me ajude
Porque sozinho não farei nada.

E agora como será?
Como era antes, duvido.
Viverei dias de desconfianças
Esse será meu castigo.
Viver sem saber exatamente como
Te amar, sem ouvir você dizer: te amo.


JUAN PATRICK

terça-feira, 26 de maio de 2009

ISSO ME ASSUSTA

Mesmo ouvindo gritos em pleno mar
Sei que os barcos não podem mais flutuar
É inútil jogar flores para o alto
Ninguém ira velas quando tiver escuro,
Não adianta tentar nadar
O outro lado é difícil de se encontrar,
Os barcos se perdem na névoa
O silencio agride quem lê perdoa.

Mas quem anda sobre restos do nada
Sabe que não tem sentido algum essa batalha
Entendo que pedir pra esquecer
É como pedir pra morrer,
Não a solução boa ou ruim
Não a inicio nem terá fim
E passa o tempo que machuca
E vem o futuro que me assusta.

Nem mesmo os gritos resistiram
Até o mar disse adeus aos que sorriam
Hoje é impossível voltar nessa onda
Hoje é inútil pensar nessa historia,
Quem atirou flores na água
Viu os mares mudarem de alma
O desejo de esquecer quis desaparecer
O medo da morte não me deixa viver.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O PASSEIO DAS ÁRVORES

Nem tendo todo mundo em minhas mãos
Eu seria completamente feliz
Faltaria ter o mundo que eu sempre quis
Sobrariam dias, tardes e noites,
Restaria um lenço dourado
Ou um cálice de sangue
E o futuro surgiria na face do passado,
E as árvores voariam sobre os pássaros
E o rei se curvaria aos seus servos
A vida seria eterna para se viver
A razão seria fácil de se entender.

O meu caminho seria sempre um labirinto
E quem tentasse seguir meus passos
Perder-se-ia na própria sombra, nos segredos,
Tentaria mudar o que nunca existiu
Repetiria as mesmas frases repetidas
Seria apenas um olhar que nunca a si viu,
Um mundo com duvidas sem respostas,
O mágico cinema dos bonecos de pano
O trágico medo de um novo engano,
Um jardim em meses de inverno
Um mundo perdido ainda sem dono.

ALQUÉM DISSE ADEUS

Se você sentisse o que eu sinto
Quando eu vejo o que não podia enxergar
Se você sentisse o medo que eu sinto
Quando ouço estatuas de mármore a gritar
Não me pediria pra esperar
Não deixaria essa tempestade acabar
Não calaria as suaves noites
Não cegaria as nossas tardes.

Se eu fosse te contar o que eu sei
Talvez você não me perguntasse mais nada
Se eu fosse rever sobre os caminhos que já andei
Talvez tivesse a certeza que me perdi nessa estrada,
Mas você não iria me procurar
Mas eu sempre estaria perdido por lá,
Mas ninguém me disse o que falar
Mas eu sabia nada do que falasse ia adiantar.

Se o mundo fosse um lugar qualquer
Eu saberia onde me perder pra nunca mais voltar
Se o mundo não fosse como hoje é,
Eu saberia quando falar, quando gritar quando retornar,
Ou a vida se foi, ou alguém se perdeu,
Ou o mundo mudou ou terra congelou
Ou as pessoas sorriram, ou disseram adeus,
Ou as coisas renovaram-se, ou o tempo parou.

domingo, 24 de maio de 2009

Resolvendo Equações

Todo dia da semana
Vejo o sinal tocar
Esperando um sorriso
Ou pelo menos um olhar.

Vejo as horas passarem
Vejo o dia anoitecer
Aprendendo mais regras
Esquecendo de viver.

Nessa hora o lápis não saiu
Para fazer poesia
Serem para escrever
As regras do dia-a-dia.

Nesse lugar me sinto preso
Torturando por aflições
Aprendendo o ABC
Resolvendo equações.

Metade de meu dia
Eu dedico a essa gente
Que só sabem falar coisas
Que confundem minha mente.

Ensinaram-me um dia
Que “nada se perde tudo se transforma”,
Tento transformar minha vida
Apagar-me dessa historia.

Juan Patrick.

Outra Sintonia

Eu vivo pensando
No que devo fazer
Mais nunca consegui encontrar
Outra alternativa a não ser viver.

Muitos quebram a cabeça
Para escolher estilos
Eu vivo estilizando
Os pensamentos mais vazios.

Vivendo em outra sintonia
Quebrando normas e barreiras
Nem assim consigo viver
Sem ser rodeado de fronteiras

Deitado numa rede
Desenhando nas estrelas
Passatempo ideal
Pra quem não que se obcecar com besteiras

Em cada flash em cada sonho
Vejo minha vida passar
Sem objetivos concretos
Sem ninguém pra me guiar

Sigo Caminhando
Sem saber onde vou parar
A rota dos meus sonhos
Eu não consegui encontrar.

Se em meu sorriso você vê graça
Tem que ver meu coração
Palhaço de um circo
Prisioneiro da solidão

Enxergo coisas que às vezes
Preferiria não enxergar
Pessoas com o dedo no gatinho
Pensando que sabem o que e amar

Enganei-me em pensar
Que eu estava enganado
Vivia certo por ter dúvidas
Errado por ter me calado.

Juan Patrick.

sábado, 23 de maio de 2009

MINHA MORENA

Ela não disse adeus
Ela não falou uma só palavra
Ela veio coberta com seus véus
Ela foi e me deixou sem nada.
Ela não diz o que quer
Ela não quer fazer o que diz
Ela me deixa deprimido sem querer
Pago meus pecados sem saber se os fiz.

Ela é uma fada celestial
Ela é difícil de se definir
Ela é daquelas que discordam do real
Ela não faz por onde sorrir.
Ela me fascina e me devora
Ela maltrata e me encanta,
Ela é tudo que eu sempre quis
Minha morena, minha "flor-de-lís".

Ela não me entende
Ela não acredita não minhas palavras
Ela duvida de minhas verdades
Ela não aceita a certeza das mentiras.
Ela é simples de tão complicada
Ela é alegre vivendo na ansiedade
Ela é o tudo que compõe o meu nada
Agora ela é minha eterna eternidade.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DESILUSÃO


Numa folha de papel
Numa frase, uma palavra cruel,
Mostra que uma historia real
Às vezes nas deixa muito mal.

Antes eram escritas palavras suaves
Que nasciam de e voavam como aves
Hoje falta inspiração
Sobra desilusão.
Eu juro que menti ao jurar
Que podia sozinho caminhar,
Não quis mais falar
A palavra que me faz sonhar
Fui ao extremo da solidão
Encontrei o mínimo de paixão.

Numa nuvem nos céus
E com seus olhos nos meus
Descobri a verdade escondida
Numa palavra, numa vida,
Disfarcei as minhas mentiras
Mudei algumas de minhas conversas
Acabei de vez com minha utopia
Mas na utopia, era onde eu existia.
Quis escrever cartas, sem ter pra quem mandar,
Quis entrar em outro caminho, mas não pude voltar.

Tudo termina sem ter um fim
Tudo termina, mas continua sendo assim,
Sempre papéis, e lápis na mão,
Sempre flores, e corpos na chão.

ESCURIDÃO

Envolvido com uma veste transparente
Com sonhos e pensamentos inocentes
Em uma forma em pouco errada
Espalham-se
Multiplicam-se
Com os ventos da madrugada.

Os pássaros repousam suas asas
Já outros fazem tumultos em praças
Para aqueles que não podem ser vistos
Fazem isso, ouvem aquilo, dormem tranquilos.

Muitos querem ser únicos
Mas nem sabem o que faz parte do perigo
Menos tempo, menos atenção,
Mas vozes, mais suspiros compõem a canção,

Até agora nada esta explicado
Mas nos sonhos nada pode ser resolvido
Por isso nada pode visto
Na escuridão nada pode ser escrito.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OUTROS ANIMAIS



Eu olho o horizonte e vejo marcas
Ouço historias algumas engraçadas
Mas não consigo rir vendo tanto mal
Os homens, cada um brincando de ser normal,
Os homens querendo mudar sua origem
Não esquecem que sem ela, eles não são ninguém,
Não aceitam a velha forma de viver
Querem ser modernos, mas tão longe de ser,
Andam em bandos como outros animais
Mas exigem seus direitos judiciais,
Filhos de uma evolução que parou de evoluir
Frutos de bombas que ainda continuam a cair.

Cada um dizendo que é demais
E acordam cedo para assistirem os jornais
Perdem-se na primeira noticia
Morrem por nada na outra esquina
Ignoram as informações governamentais
Mas obedecem a comandos de generais
Frágeis brinquedos de gesso
Fortes protagonistas do desprezo
E ainda dizem que são humanos perfeitos,
Nem quero imaginar se tivessem defeitos.
Mas tudo nem sempre diz nada
Assim como o nada não tem explicação
E tudo termina numa luta armada
Só Pra saber quem tem razão.

É INÚTIL


Na solidão de um olhar
Na sinceridade de um sorriso
Existem tantos caminhos a andar
Mas levam ao perigo.

E assim é fácil se perder
Difícil de esquecer,
As impressões são impressas
As verdades são apenas promessas,
E nem tudo esta completo
E pra sempre vive o tempo
E com ele as mudanças,
Juntamente com as lembranças
E tudo se torna um enigma
E isso é chamado de vida.

No mais triste devaneio
No sentido mais oculto,
Avia algo a ser entendido
Agora nem existe sentido.

A luz cria a escuridão
A falta de verdade à ilusão
Hoje sobram restos por todos os lados
Hoje falta luz que ilumine os sonhos,
Nem sempre é fácil dizer que nada é fácil
Nem é preciso dizer que algo é inútil,
Onde esta os olhos atentos
Que antes enxergavam o si mesmo,
Onde esta os pensamentos escritos,
Onde esta você, que ainda vivia se encontrando?

Isto tudo nada é do que um momento de embriaguez
Dois anos vivendo na ausência da lucidez
Dois lados ligados por uma ponte artificial
Isto tudo a procura de um amor real.

O TEMPO

Vivendo em tempos passados
Com amores secretos, no mesmo lugar.
Vivendo com os ombros pesados
Pesados de tanto lutar.

Tempos que volta-e-meia voltam
Só pra não se atrasar
Como pássaros da mesma manada
Na mesma hora no mesmo lugar

Tempo que já passou
E que já castigou muito
Tempos que não voltarão
No coração do vagabundo

Tempo que nos falta
Para achar evidencias
De um crime futuro
Que já me trás consequências

Tempos que voam de pressa
Loucos para passarem despercebidos
Bem perto das nossas lembranças
Muito longe dos nossos abrigos

Tempo que nos castiga
Com rugas e cabelos brancos
Mas que centralizam nossa mente
Organizando nossos sonhos

Tempos que já se foram
Tempos que ainda virão
Nossa cabeça posta a prémio
Bem na mira do canhão.


Juan Patrick.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

OUVINDO CANÇÕES

Viver nesse mundo é um desafio,
Viver com medo de falar o que quiser
Isso é uma luta, isso é termo civil,
Pode ser fácil mandar, difícil é fazer,
E assim sempre buscando
Encontrar nosso caminho
Acordar de um pesadelo
Acordar num lugar sozinho.

É assim que tem que ser
Eu não posso esquecer
Que tudo que faço não tem por que
Nem o porquê tem pra quê,
Veja como é fácil seduzir
O teatro moderno te satisfaz
Eles fazem você os ouvir,
Eles usam o mesmo discurso vulgas.

Sou um passageiro sem noção
Um astro sem rota e sem circulação
Sem motivos, ouvindo canções,
Sem falsos cristos, sem religiões,
Nem sei mais onde estou
Assim como que tudo mudou
Sou um cara certo
Vivendo no mundo errado.

ALGO MUITO ERRADO

Fiz de tudo para ouvir
Mas estava com água no ouvido
Afogado nas minhas lagrimas
Talvez fosse meu castigo.

Dei-te de tudo e mais um pouco
Para ver teus olhos brilharem,
Como um cego como um louco
Tentei até que minhas esperanças acabassem.

Lutei com toda força
Fiz do “coração” uma arma.
E tudo isso desabou
De baixo do teto ta tua casa.

Tudo que eu fiz foi em vão.
Será?
Que não restou em seu “coração”
Uma mensagem subliminar?

Queria tanto lê dizer
Que á amo de com toda força,
Mas se eu voltar a dizer isso
Você me dependura na forca.

Fazer o que se é a vida
Fazer o que se não te agrado
Buscar respostas perdidas no tempo.
Talvez seja algo muito errado.

Se eu pudesse conversar
Dessas coisas com meu ídolo
Riríamos juntos de um cara
Que sempre se fez de ridículo.

Digo ao menos uma vez
Que tudo valeu a pena,
Enterrei-me com essas palavras
Retirei-me do sistema.


JUAN PATRICK

terça-feira, 19 de maio de 2009

SEUS PLANOS


Nas ruas existem pessoas
Caminhando para um futuro
Passos e palavras pesadas
Todas sem sentido.

É querer desistir
É difícil poder seguir
Mas pior é não tentar
Nem ao mesmo acordar.

Quando chega o pôr do sol
Você começa a duvidar do normal
Não acredita em nada real
Duvida até do seu racional.

Melhor seria se ao amanhecer
Você visse o sol nascer
E fizesse seus planos, isso é seu dever,
Assim seu dia ficaria ao seu querer.

Não adianta reler cartas em branco
Quer dizer, isso também não tem sentido,
Já o que dia pode ser noite
Uma mentira pode ser verdade.

Mas nos dois sabemos,
Que a noite também tem seu tempo
como um barco a luz de velas
Assim como as luzes das cavernas.

Suas mentiras podem ser verdadeiras
Mas isso não as impedem de serem reveladas
Pode ser que seu mundo não tenha tempo
Mas o tempo é pra todo mundo.

E não venha fazer discursos
Não adianta mudar seus planos
O dia se foi e lê deixou a escuridão
Agora perdoe e receba perdão.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

COISAS SEM SENTIDO

DUAS HISTORIAS, DOIS FILMES COLEGIAIS,
DUAS VIDAS QUE NÃO EXISTEM MAIS
DOIS ATORES
DUAS DORES.
QUEM NÃO VIU, NÃO ENTENDEU,
QUEM VIVEU ESCREVEU
NINGUÉM QUIS ENTENDER
NÃO ADIANTAVA FAZER.

Escrevemos o que sabemos
Não sabemos o que vivemos
Só restaram os momentos
Que maltratam os pensamentos.

E NOSSOS PENSAMENTOS
FAZEM REVIVER MUITOS MOMENTOS
EM QUE TUDO ERA ALEGRE
E A DOR ERA AUSENTE.

A dor era ausente
No entanto estava presente
Nas duvidas que estevam
Presentes na minha mente.

SEMPRE NOSSA MENTE
QUE MALTRATA A AGENTE
SEMPRE EXISTIAM DUVIDAS
QUE FICARAM PRO SERES RESPONDIDAS.

Mais agora as respostas vieram
No entanto vieram acompanhadas de dores
Com as idéias que tiveram
Não quiseram nossos amores.

E FICAMOS ASSIM FEITOS CEGOS
ESCREVENDO COISAS SEM SENTIDO
MAS QUE LEMBRAM DE UM TEMPO
QUE TUDO ERA CLARO E FLORIDO.

Sentido nunca ouve
Como nunca enxergamos
Ao entrar naquele mundo
Nós nos condenamos.

E LEVAREMOS PRA SEMPRE ESSA CULPA
MANTEREMOS NOSSA CABEÇA NA LUA
VIVEREMOS CONDENADOS NESSA CONDENAÇÃO
SERÁ QUE UM DIA SAIREMOS DESSA PRISÃO?

Dessa prisão não a saída
Porque não soubemos construí-las
Arquitetos do nosso próprio destino
Não soubemos guiar a vida.

PERDIDO, ESTRADAS SEM DESTINO,
CAMINHANDO DENTRO DE UM LABIRINTO
QUEM EVITAR NOS ENTENDER
É PORQUE TENTA NOS ESQUECER.

Labirintos que nos colocaram
Mais que também se perderam
Por um dia terem falado
Que de nos não sabiam se gostavam.

E AINDA OUVE QUEM DISSE
QUE TINHA MEDO DE ALGO ACONTECER
QUE AQUILO ERA MALUQUICI
E EU DEVERIA ESQUECER.

Como e que esquecemos algo
Que plantaram na nossa mente
Depois deixaram de regar
E viramos amigos novamente

DIFICIL SER AMIGO DA DOR
IMPOSSIVEL ESQUECER UM AMOR
NEM SEI SE É ESSE SENTIMENTO
MAS ÉCOMO O REAL E O ABSTRATO.

Abstrato porque não vemos
Mais não vê por não enxergar
A verdade a ver navios
E não vamos acordar.

MAS VAMOS ATÉ O FIM
POIS TUDO ACABA ASSIM
DE UM LADO ALGUÉM TRISTE
DO OUTRO UMA MENINA CONTENTE.

Sorrisos falsos e vadios
De uma mente muito confusa
Que não sabe o que dizem
Muito menos a quem usa.

NÃO ENTENDEM QUE ISSO É NATURAL
ELAS QUE VIVEM NO ARTIFICIAL
VIVER COMO MARIONETES DE PANO
E EU AINDA DIGO QUE ME ENGANO.

Soa enganos bobos
Falta de malicia
Como em um jogo a o bônus
Da nossa vida tão vazia

E MORREREMOS CHEIOS
DE PENSAMENTOS, OLHARES ENSANOS.
E ESQUECEREMOS AS REGRAS DO JOGO
SAIREMOS DO FUNDO DO POÇO.

No poço da nossa alma
Estamos morrendo afogados
Na nossa cabeça uma arma
No nosso coração o fracasso

E ISSO É TÃO ABSURDO
COMO PENSAR EM SUICIDIO
LUTAR PELO QUE QUIZER
LUTAR COMO PUDER.

Poder nós não podemos
Já que as regras não permitem
O jogo em que vivemos
Piedade não existe

E SEM PIEDADE VAMOS MUDAR A SITUAÇÃO
ISSO ESTA NA PALMA DE NOSSA MÃO
VAMOS SAIR E GRITAR
VAMOS VOLTAR A NOS VALORIZAR.

Voltar por outro caminho
Voltar a andar sozinho
Voltar a fazer nosso destino
Sem sermos novamente iludidos.

E LEVAREMOS A CERTEZA QUE APRENDEMOS
ERRAMOS, E ISSO É TUDO QUE SABEMOS.
MAIS AINDA MESMO SEM QUERER
HAVERÁ NOITES QUE O CÉU IRA DESCER.

Mais se um dia ele cair
Ensina das nossas esperanças
Voltaremos para o tempo
Que éramos apenas crianças

NOSSA INFANCIA SERIA AGORA NOSSO ABRIGO
FICARIAMOS DISTANTE DE NOSSO INIMIGO
SERIA COMO UM PASSEIO AO MUNDO ENCANTADO
E NÃO SERIAMOS DEIXADOS DE LADO.

Talvez o único lugar que nos faça sentirem seguros
Diante de varias perguntas sem respostas
Lá não nos sentiríamos culpados
Passaríamos por cima dessas bostas.

DEIXARIAMOS DE LADO E LOUCURA E LUCIDEZ
NÃO TERIAMOS DUVIDAS, NEM OBJETOS DE CERTEZA,
MAS AO CONTRARIO, NEM TUDO PODE SER PREVISTO,
ISSO É UM JOGO, UM JOGO SEM SENTIDO.

Certeza que não a certezas
A duvida e o preso da pureza
Nas mãos do absurdo
Enlouquecemos nossa cabeça

É UM PRAZER SERMOS DESPREZADOS
É UM SONHO SERMOS RESPEITADOS
NEM EU SEI, NEM VOCÊ PODE ME RESPONDER,
QUEM VÊ A VERDADE, MAS A VERDADE NÃO SE VÊ.

Nem somos nem seremos
Porque não fazemos por onde
Entregamos-nos de mais
Já não atendemos ao telefone.

“QUEM CHAMA AO TELEFONE”.
“PORQUE NÃO BATE NA PORTA”
QUEM DIZ QUE GOSTA
PORQUE NÃO PROVA?



JOSÉ BORGES / JUAN PATRICK.

ONDE VOCÊ ESTA?

A chuva inunda meus pensamentos
vontades loucas que espalham-se com os ventos
me controlo para não me prejudicar
é difcil pois não sei onde você estar.

a vida segue sem direção
com regras, com normas, coisas sem noção
venha vamos fazer isso mudar
do seu lado quero caminhar.

é claro que eles tenham o direito
mas o nosso só pode ser provado um julgamento,
a lama serve de tapete voador,
o frio substitui o calor.

e parece que vivemos congelados
brinquedos de varias formas e controlados
aprisionados em um campo de guerra
seguindos receitas
que foram escritas
em revistas
semanais
canibais.
não diga que sim
não diga que não
vá até o fim
é inutil ter razão.

domingo, 17 de maio de 2009

SÃO DEVERES

Geralmente algo acontece
E fatalmente alguém padece
E de alguma coisa agente esquece
Coisas que ninguém merece.

Melhor que acabe,
Pior seria se continuasse
Esses dias de ansiedade
Sem nada de piedade.

Fácil dizer que não é
Então defenda sua fé
Remando contra a maré
Morra pelo que você quiser.

Profetize pelo seu perdão
Escolha sua religião
Não esqueça, são todas iguais,
São profecias, são deveres irreais.

ULTIMA VIAGEM

Cedo da noite é como uma câmera de gás
Falta ar, sobra agonia, comerciais semanais,
E nada disso tem sentido
E tudo isso deve ser castigo,
Por eu querer enxergar entre os cegos
E por eu ver, conviver em outros mundos.

É hora de ligar a TV, não é hora de voltar atrás,
Chegou a vez de você, sentir o medo que me satisfaz,
Faça seu ultimo desejo
Perdão, piedade, tanto faz,
De adeus aos que ainda te protegem,
E olhe na cara dos que te enlouquecem.

Foi seu ultimo dia, sua ultima viagem,
É sua ultima tarde, é um curta-metragem,
A noite já se vai
E a névoa cai,
Sobre teu corpo que é tão delicado
Sei que logo vou estar ao seu lado.

CONTRA A CORRENTEZA

Olhe garota como o mundo gira
Veja garota que tudo muda
E você ainda continua com essa conversa
De que tudo tem sua hora,
Poupe-me dessa brincadeira
Deixe de falar besteira.
Acorda não percebe amiga
Que ninguém sabe de nada?

Não insista com essa paranóia,
De que nossos fazemos a historia
A historia é quem nos ensina
É vergonha é quem nos mata
Os erros são quem nos prepara
E o tempo é quem nos levanta,
Então corra contra a correnteza
Mas não diga que tem certeza.

Uma certeza é apenas uma resposta
Uma pergunta é só mais uma duvida
Nem tente dizer que encontrou a saída
Aqui é só você, e você não tem escolha,
É sentar ou correr, mas tudo da em nada,
Os caminhos são da mesma forma
E essa vida estúpida é longa e vazia
Que vivemos assim, em pura fantasia.

É PROIBIDO

Dizem que quem quer viver
Deve um dever
Tem que pagar
E Vê como é difícil de acabar

Não digo o que é mais certo
Não vou ouvir
Visto que parou
O mundo sem dever, foi quem pagou.

Nem é verdade que nada diz tudo
Nem é proibido,
Então minta
Se perca nas aerovias dessa vida.

Quando quiser voltar aperte play
É tudo que te dei
Ira voar
Será o sinal para eu acordar.

SEUS DIAS ABSURDOS

Não entendo porque é difícil entender
Coisas simples fácies de esquecer
Não entendo
E, além disso, penso,
Que nem é preciso compreender
Basta apenas olhar e ver.

Vi que estava andando em círculos
Notei que caminhava lento e sozinho
Tentei voltar
Ah, isso não dar,
É hora de separar flores de espinhos
Com calma não sangre nossos caminhos.

Agora parece que tão tentando sorrir
Mas é difícil, quando não se pode fugir,
Entregue os pontos
Seus dias absurdos
Eu ainda não entendo, é difícil de ouvir,
Você me viu, e se foi sem se despedir.

SEM MEDO

A cada dia diminui a diversão
A cada olhar aumenta a ilusão
Em cada amanhecer surgem novas vidas
Em cada visão, vidas são perdidas,
Eu só quero um pouco de paz
Eu não agüento mais.

Por favor, me tire daqui de perto de você,
Por favor, me escute já vai entardecer,
Mais um dia terminou
Mais um servo se calou
Agora quem vai me entender
Agora quem sabe bem o quer?

Já chega me tire dessa prisão
Já chega me liberta dessa solidão
Não dar mais pra fingir
Não vou dizer que entendi
O porquê de tudo
O porquê de seu medo.

É verdade que eu errei
É verdade mais eu ao menos tentei
Fazer com que eu mudasse
Fazer, e vê o que fiz acabasse,
Sem sobrar restos
Sem olhares secretos.

POUCA PAUTA

Pensei que te querer fosse só mais acaso
Pensei que você pudesse ser simples
Errei por te querer sem antes sentir ódio
Errei por odiar até meu futuro presente.

Pequei, pois faltou um pouco de fé,
Pequei, por beber sem brindar,
Deslizei sobre os restos de mim e de você
Deslizei em te amar e te odiar.

Contei partes que eram descontadas
Contei coisas sem sentido
Parei agora, sentado nas calçadas,
Parei de ler o que antes tinha escrito.

COISA FEITA COM AMOR

Já tentei te falar varias vezes
Sobre o que eu não consegui entender
Já disseram pra ninguém ouvir vozes
E se ouvissem era melhor esquecer
Pois elas num diziam nada
E só faziam nos fazer esquecer
De como era nossa vida
E como deveríamos viver.

Mas não quis ficar sendo inútil
E tive pesadelos com um senhor
Que usava calça jeans e lentes azuis anil
Ele me deu um desenho sem cor
E no desenho avia um rabisco
Parecia um objeto sem valor
O desenho era feito bem no capricho
Parecia coisa feita com amor.

Der repente sem querer acordei
Vi minha face no espelho envelhecida
Depois fui me perguntar por que levantei
Logo olhei pela janela e vi a minha vida
Sentada confessando seus pecados
Com aqueles um dia a mataram sem dor
E eu triste relembrando daqueles momentos
Que eu ficava conversando com aquele senhor.

NADA DE MAIS



Quem disse que seria fácil
E mesmo assim não tentou
Quem disse que aquilo era inútil
Por ser inútil, teve gente que chorou.

Num falaram que era simples
Então tome ai erro de programação
Num criticaram os ouvintes
Agora fique ai com superlotação.

De tanto você sonhar
Seus olhos pararam de enxergar
Devido tanta informação
Você ta precisando de uma prisão.

Vá pra sua sala, mas não leve nada,
Quando quiser sair, deixe tudo lá,
Venha comprar algo aqui fora
Morra ali, é bem ali do lado de cá.

Um pouco de tempo isolado, manipulado,
Pode até lê modificar, talvez possa lê mudar,
Mas não a saída, pra quem não quer acordar,
Ninguém e nada, você ta sem chance de se salvar.

É hora de gritar, e contar os poucos reais,
Vamos, quero ajuda para me libertar,
Não tenha medo, são só soldados artificiais,
É dia sem sol, mar sem água, e amor sem amar.

NOSSOS CAMINHOS

O amor é como algo perdido
Que buscamos encontrar
É como uma frase sem sentido
E como falta de ar
Nem morremos nem vivemos
Não sabemos, mas não esquecemos.

Ao amor entreguei tudo que sonhava
E não tive nem um minuto de paz
Sonhava que um dia teria o que amava
Mas quem olhou pra trás
Viu que não tinha pegadas no chão
E ficou parado com um cálice na mão.

Na menor de tantas viagens
Ouve quem lembrasse de uma garota
No artificial, nas artificiais paisagens,
De uma vila, de uma casa, de uma escola,
E o mundo se torna cego, surdo e mudo,
E nós ainda sonhamos com aquele futuro.?

Se disserem que é perda de tempo
Eu até entendo, é assim que eles se perdem,
Dizem-me que não é preciso
Quantas vidas você pensa que tem,
Acorda, agora já passou da hora,
Depois não se perca muito tempo lá fora.

E sobre o amor o que aprendeu?
Acho que nada você não quis sofrer
Não diga que eles querem ser como eu
Não acredito vou ter que me refazer
Então refaçamos nossos caminhos,
Longe do amor, agora estamos sozinhos.

COFRE SEM SEGREDO

Você chega triste e calada
Não me olha e nem diz nada
Até finge que não me ver
Mesmo assim, olho pra você.

Sei que tudo deu em nada
Eu me perdi nessa estrada
Ontem mesmo eu pensei
Aonde que foi que eu errei...

Fiz de mim um guerreiro
Um cofre sem segredo
Nem de sonhos lembro mais
Minha vida ficou pra trás...

Refrão:
Vou á outro mundo buscar
Um alguém que me possa dar
Respeito e sinceridade
Que não se esconda da verdade.

Agora sou eu que passo
E não quero errar de novo
Já não sei lê explicar
Ta difícil de te olhar.

O passado é um trem carregado
De conversas e papo furado
Estou morrendo de feliz
De mentiras e de ciúmes...

Vou procurar um descanso
Por que estou muito cansado
Quero pára minha mente
Não suporto mais essa gente

ENGANADO

NÃO CONSIGO LHE DIZER
QUE AINDA NÃO CONSEGUI ENTENDER
NÃO SEI COMO FUI AMAR VOCÊ
HOJE SINTO VONTADE DE MORRER.

VEJO VOCÊ FELIZ
E EU PARADO COMO UM 'ABESTALHADO'
VEJO O QUE FIZ,
NÃO SEI SE FUI OU NÃO ENGANADO.

NEM ONTEM DORMI
POIS A DUVIDA NÃO ME DEIXOU
NEM HOJE TI VI
UM ESTRANHO OLHAR ME FALTOU.

QUERIA TUDO ACABAR
E LONGE DE TUDO MINHA VIDA CONTINUAR
QUERIA ATÉ SONHAR
VOCÊ A ESTE SENTIMENTO REVELAR.

NÃO SIGO A CANÇÃO

O SILENCIO ME DIZ QUE ESTOU SOZINHO
AS CURVAS ATRAPALHAM MEU CAMINHO
E O INVERNO ME DEIXA CANSADO
E ANDO SÓ, SEM NADA ALÉM DESSE DESTINO.

NAS NOITES QUE CAI A CHUVA
VEJO A VERDADE NUA E CRUA
E NÃO CREIO NA EXPLICAÇÃO
E NÃO SIGO A CANÇÃO.

SEM RUMO E SEM PRINCIPIO
PRECISO LOGO DE UM PURO DELÍRIO
PARA ESQUECER DAS RAZÕES
E LIBERAR AS LIMITAÇÕES.

NOSSA LUCIDEZ É SEM NOÇÃO
OS CAMINHOS SÃO SEM DIREÇÃO
E DO MEU LADO UM SER DIVINO
JUNTOS PARADOS NA PORTA DO PARAÍSO.

LADO DA ILUSÃO

NUMA NOITE SEM SOSSEGO
NUMA CASA SEM ESPELHO
NUMA HORA DE DESPREZO
NUMA VIDA SEM COMEÇO.

QUANDO PENSO EM CAMINHAR
NÃO CONSIGO LHE DEIXAR
PAGO CARO NA PAIXÃO
BILHETE ÚNICO PARA A SOLIDÃO
SENTADO AO LADO DA ILUSÃO.

NEM SEI ATÉ QUANDO ISSO VAI
NEM PORQUE A VERDADE DOÍ
NEM ONDE VIVE A PAZ
NEM QUEM DIZ: ATÉ AMAIS.

NO SOSSEGO EU DORMIA
NO ESPELHO TODA MINHA ALEGRIA
NO DESPREZO EU NÃO ENTENDIA
NO QUE SE RESUMIA A VIDA.

NOS CAMINHOS EXISTIAM SORRISOS
TUDO FALSO ASSIM COMO VOCÊ DIZIA
E NO SILENCIO NINGUÉM SABIA
QUEM VIVIA OU QUEM MORRIA.

EU PRA ACABAR COM ESSA DISCUSSÃO
RESOLVI MUDAR DE OPINIÃO
MAS ISSO NÃO FOI SOLUÇÃO
NEM A MORTE ME LIBERTOU DESSA PRISÃO.

A VERDADE A VER NAVIOS
E NA VERTICAL NINGUÉM SE VIU
ESSA SITUAÇÃO NUNCA É SEMPRE
MAS SEMPRE SE FAZ PRESENTE.

BUSCAR O CÉU SEM SABER QUEM SOU
CAMINHAR PARA O INFINITO SÓ POR AMOR
SÃO COISAS ASSIM QUE FAZEM A DOR
SÓ PORQUE SOU UM GRANDE SONHADOR.

ME DEIXA VIVER

Um dia saberemos que errar foi correto
E que aquele olhar não foi tão sincero
Por isso é que preciso falar,
E não ter medo de tentar.

Não vou mais acordar
Antes de o sol nascer
As madrugadas estão frias
Esta vida não me deixa viver.

O silencio é tão raro
Tão difícil como teus beijos
O sentido é tão incerto
Tão dividido como seus olhos.

A chuva que cai não traz o alivio
Duvidas lembram o principio
Novos horizontes na ponta do pavio
O mundo parado, quem já se viu?

E esta ali mais um circulo
Esta ali mais um precipício
Ninguém sabe contornar
E nem até onde o fim vai dar.

Não mim diga que você num entende
Isso é tão simples, porque você mente?
Se eu fosse você entenderia
Ou apenas me explicaria.

REFLEXÃO NO ALPENDRE

Na vida existe varias estradas
E por poucas já caminhei
No mundo existe varias coisas
E pouca coisa eu sei.

Aqui pássaros não podem voar
Pois os homens tentem os engaiolar
E o pássaro preso ainda consegue cantar
Triste e infeliz com um canto de pesar.

Ali borboletas procuram sossego
Mas nem flores brotam no jardim
Coitada delas que são levadas pelo vento.
E conhecem ainda cedo seu fim.

Veio dizer que o mundo tinha mudado
E voltou sem um sonho realizado
Mesmo assim continuam voando
Continuam revivendo o passado.

As estradas estão complicadas
Não existe sinalização
As coisas estão renovadas
Mas aonde esta a modernização?

Quantos homens tentaram se libertar
E varias vezes nada fizeram se não chorar
Pois eram presos e não podiam cantar
Outros se converteram a não falar.

Nos canteiros que floriam esperanças
Os poderes plantaram industrialização
E ficam leigas as lembranças
Com tudo isso não sobreviveu à razão.

Agora ficamos aqui parados
Nos agora somos os engaiolados
Obedecemos e somos programados
Eles querem que sejamos atualizados.

Então nem pássaros nem borboletas
Nem gaiolas e nem jardins
Hoje são apenas as propagandas
Que trocam os bons pelos ruins.

E a vida tem dessas estradas
E por algumas delas eu caminhei
E o mundo novo das pessoas
E eu pouca coisa ainda sei.