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terça-feira, 30 de março de 2010

Ribeirão do tempo.

Nunca ouve tanta guerra
Nem tão pouca essa preocupação
Parece que é mais uma tragédia
Provocada pela falta de compaixão.

Os cristãos estão sendo crucificados
Como se fosse haver uma purificação
E os vulcões estão sendo esvaziados
Para darem lugar a um novo ribeirão.

Nunca ouve tanta fadiga
Desgosto, ou aflição,
Hoje os pássaros voaram
Cegos, sem direção.

Agora estão por ai dizendo
Que tudo isso é modernização
Até mudaram os códigos da vida
Só para terem o mundo nas mãos.

Onde Deus e Satanás tiverem escola
Pra homem algum não faltará o pão
O problema está no preço a ser pago
Que muitas vezes é a alma de outro irmão.


José Borges.
,

Varal.

Tantas histórias de um amor perdido
E em cada conversa algo novo
Como tudo de novo que me aparece
É algo meigo, sério, duvidoso.

Agora sim posso entender
Que os sonhos que sonhei
E as fantasias que inventei
Não serviram de nada pra você.

São 3 horas de manhã
E onde está nosso amor?
Talvez esteja sendo vendido
A qualquer preço, ou até sem valor.

Ainda não sei como fui tão ingênuo
Em pensar que tudo era real
Juro que tive esperanças
Que não fosse outro amor fatal.

Mágicas pra esquecer
Um passado vivo a todo minuto
Varal pra estender
Um rosto alegre e enxuto.

Tantas fantasias que morreram
Por causa de um amor a dois
Tantas histórias que não seguiram
A tradição do feijão com arroz
Tantas conversas que me faltaram
Com a promessa de ficar pra depois.
Mais final do inicio sempre existe a mais...


José Borges.

domingo, 28 de março de 2010

Quando estou contigo.

Venha e sente-se aqui comigo
Vamos olhar quem passa
E vamos ter aquele papo de amigo
Quem sabe é disso que preciso
Pois me sinto seguro quando estou contigo.

Só por hoje vamos celebrar nossa alegria
E vamos regar risadas com lágrimas
Não existe mais razão pra tanta agonia
Por que tudo que me ocorre se torna poesia
E toda poesia que nasce, nasce do dia.

Só por hoje venha comigo
E eu serei teu santuário, teu abrigo.
E tu serás minha semente
Regada pelo meu amor
Amordaçada pela minha palavra
E desconhecida pela dor.


José Borges.


,

Decisões.

Algumas vezes precisamos tomar decisões, e isso acaba sendo bastante difícil. Decidir o que realmente queremos pode até parecer fácil, mas não é. Quem dera que fosse.
Acreditar em nossas ações, e acreditar que elas serão satisfatórias no futuro é muito complicado quando não temos certeza do que queremos fazer e principalmente quando não estamos preparados para tomar quaisquer decisões. O imprevisível sempre ocorre no momento mais oportuno.

Uma decisão é como um simples passo o é problema que ela tanto poder ser algo positivo, como um passo para frente, ou negativa como um passo para trás. Uma queda nesse caso seria o mesmo que não tomar decisão alguma.

Um ser humano normal acreditaria que tudo pode ser visto como realmente nos aparenta, um homem dedicado acredita sempre que possa existir algo mais.



José Borges.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Como se fosse eterno.

Deixe-me ir
Preciso seguir meu caminho
E lhes peço para não me seguir
É tão bom descobrir algo novo
Por isso quero ficar sozinho.

Nem preciso de muito tempo
Apenas de um segundo
Mas desde que seja o último
Eu o farei como se fosse eterno.

Vem, vem comigo vem,
Mas vou logo avisando
Eu não choro por ninguém
Vem, vamos até o fim,
Na procura de algo certo
Ou quem sabe em busca de mim.


José Borges.

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sábado, 20 de março de 2010

Esperando palavras.

Algumas pessoas são mais fáceis de amar
Nossa mãe, nosso pai, nossos irmãos
Pra eles é fácil dizer eu te amo
Pra eles é fácil dar as mãos.

Algumas pessoas aprendemos a amar com o tempo
Quando o convívio se torna muito antigo
Pra essas pessoas também se diz eu te amo
Mais o amamos como nosso amigo.

Mais há pessoas que descobrimos o verdadeiro amor
Com elas vêm os sonhos e a felicidade
Com elas esquecemos a dor
Pessoas a quem amamos de verdade.

Pra essas pessoas também se diz eu te amo
Muitas vezes precipitadamente
Pois ao passar do tempo
Esse amor some de repente
Assim transforma-se o coração
Em um escravo inocente.

Se essas palavras vierem um dia
Espero ainda estar aqui para escutar
E se elas vierem que sejam verdadeiras
Para que possa ter valido a pena esperar.



Juan Patrick.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Sem Fazer Milagres.



Eu já fui cinema
Agora sou livro
Já fui caneta
Hoje sou borracha
Já contei histórias
Hoje mal escuto.

Já entreguei segredos
E escondi bobagens
Já fui sincero
Já mudei paisagens
Hoje sou agonia
Sou a saudade
Eu era criança
Que não tinha idade.

Eu já brinquei de errar
Já viajei pelo espaço
Fui até além do mar
E hoje só tenho cansaço
Já dormi acordado
E hoje estou cego
Já fui herói
E hoje isso me dói.

Eu fui um deus
Sem seguidores
Sem fazer milagres
Eu já andei sobre as águas
Já corri muitas léguas
Já ressuscitei lendas
Mas não pude deixar de morrer
Hoje sou apenas uma estrela
Num infinito longe de você.



José Borges.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Amor Perfeito .



Será que é certo fazer planos
E ficar imaginando histórias?
Será que é bom acreditar nos sonhos
E esperar que o tempo resolva?

Será preciso ter desejos proibidos
Ou o certo é ser livre da verdade?
Ao que parece nada é conveniente
Mas todo pedaço tem sua metade.

Escrever histórias de amor perfeito
É obrigação pra quem não é amado
Acreditar nos sonhos da vida
Pode ser um pouco complicado.

A beleza pode ser bela
Mas é extremamente fugaz
Um amor pode ser tudo
Mas quem ama, sempre quer mais.

E se amanhã os sonhos se desfazerem
A verdade pode ir junto ao silêncio
E os segredos serão algemados ao medo
Mas o amor estará nas mãos de um beijo.

E para os amantes vale tudo
Um copo de champanhe ou um olhar
Um céu estrelado ou um quarto fechado
O importante no amor é apenas amar...


José Borges.

terça-feira, 9 de março de 2010

Mundo infantil.



Gira mundo infantil
Distorce a ilusão em lágrimas
Motiva os boêmios da noite
Pois todos querem algo pra falar.

Gira em torno das estrelas
Mas não as subestime
Nem queira ser tão coerente
Pois tudo pode mudar.

Gira moinho de vento
E em cada movimento
Trás um pouco da razão
Mostre-me a verdade sem erro
Ou tudo isso não terá solução.


José Borges.

domingo, 7 de março de 2010

Pequeno verso.

Pra se fazer verso não se precisa de muito
Apenas de um pouco de tempo
Pra fazer um verso é simples
Basta rimar chuva com vento
Ou deslizar as palavras pelas bordas
E assim ir seguindo o pensamento.

Pra se fazer versos é preciso fé
Mas não acredite no comum
As rimas são ondas ferozes
Que muitas vezes,
Não nos leva em lugar nenhum.

Pra se fazer verso é assim
Agente pouco começa
E ele já rima com o fim.



José Borges.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Pedaços de Vida.


Vai para longe tempestade
Tenha piedade de meus espelhos,
Não se aproxima da minha janela
Pois tua força poderá quebrá-los
E se isso acontecer tudo estará perdido
Inclusive o teu reflexo mesmo que denso.

Espero que a viagem seja simples
E que a noite não seja tão árdua
Vai forte vento que destrói o silencio
Desbrave as trilhas do tempo
E perdoe a todos que lhe opuserem
E não quebre os teus espelhos.

Vai para longe de mim tempestade
Tenho medo que você me quebre
Pois, mesmo não sendo espelho de vidro,
Também reflito aquilo que vejo.

E se por ventura eu venha a quebrar
Que seja por motivo desconhecido.
E que sobrem pequenos pedaços de mim
Pois quero continuar refletido em cada espaço
Pois assim nem a sombra do abismo
Nem a dor do futuro me será surpresa
E eu farei parte do vento
E serei tempestade
E serei tudo, serei metade...


José Borges.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ironia.

Porque tudo caiu de uma vez?
Porque tudo de uma vez?

Porque tenho que fingir um sorriso, para disfarçar como realmente estou?
Porque me sinto sozinho mesmo estando sempre acompanhado
Porque tenho que esperar uma pessoa que nunca me esperou?
Porque tudo esta assim? Porque tudo mudou?

Como posso viver assim
Minha casa esta em guerra, minha vida esta vazia
Cansado de esperar
Cansado de tanta agonia
Pois de nada adianta amar
Se esse amor é uma ironia.

Agora acordo esperando mais brigas
Acordo e desejo dormir de novo, ou viver de olhos fechados
Pra que o medo não chegue, pra não ver meus olhos no espelho
Assim não lembro o que fiz, não lembro os meus pecados.

Mesmo assim vou viver
Ainda assim vou chorar
Mesmo sem paciência
Vou paciente esperar
Pra quem sabe um dia
Meu amor possa me amar.



Juan Patrick.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Desejo Sagrado.

Sexo falado
Desejado, acochado
Sexo paixão, infantil ou não,
Desejo sagrado, pecado da carne,
Salvação da alma serena
Pequena história,
Sexo razão.

Amor fechado
Estranho sussurro,
Ciúmes do vento
Que suspira ao ouvido
Que suspira a todo instante.

Amor sem sexo,
Sexo sem amor
Pecado da alma
Salvação de pecador
Aflição e coragem
Alegria e dor.

Paixão de medo.
Alma sem cor.
Desejo sem encontro
Agora já é partida
Olho e não vejo ardor.

Coisa que agente não sabe
Coisa que agente gosta
Coisa que agente precisa
Coisa que agente come
Coisa que agente perde
Isso tudo agente sempre esconde...

Por quê?



José Borges.