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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O que agente realmente quer.



Nesta noite calma quero te escrever

E declarar meus pensamentos

Através de um simples poema.

Quero te lembrar dos nossos sonhos

Nossos maiores desejos

E te falar dos meus planos.


Quero te contar ao ouvido

Meus maiores medos,

Minhas mais tristes contradições.

Quero te acordar depois

Com um beijo, um abraço, um prazer.

Só espero que não minta

Quando for me responder;


Será que agente sabe

O que agente realmente quer?

Ou será que queremos apenas

Um copo de bebida, um poema qualquer?


Nessa noite peguei o violão

Junto com algumas ideias surreais

Misturando tudo em um copo

Bebi calmamente, e tudo suou calmo demais.

Lembrei-me dos nossos planos de mudar o mundo

E vi que ate agora nada fizemos de verdade.


E que os deuses me perdoem

Por toda minha falta de fé,

E que a chuva que se aproxima

Lave minha alma esta noite,

Leve pelo ralo tudo que não importa

Só deixe aquilo que mais me faz bem: Você.


José Borges Neto.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Não me diga que devo te esquecer.


Eu sei que sou capaz

De fazer tudo o que você quer

Faço sempre mesmo sem você pedir,

Só não me diga que devo te esquecer

Não sou tão forte assim,

Afinal, ainda sou um homem,

De carne e osso, cabeça, braços e pés.

Sou tão normal quanto um dia

Mas nem tão belo assim,

Sou tão igual aos outros

Só que muito diferente de mim.

Sou uma cabeça perdida

Naufragada em um mundo submerso, sem fim.

Eu sei que sou capaz

De fazer você acreditar no que só eu sei.

Mas não sei se é preciso eu ir tão longe

E depois você não me entender.

Os sinais podem ser difíceis

De interpretar, estou na sua frente,

E você ainda não conseguiu me notar.

Meus braços são de última hora

O teu melhor abrigo

Meu corpo te aquece nas noites frias

De intensa aproximação,

Meus pés já te guiaram quando você mais precisou.

Não sou apenas mais um

Nesse teu mundinho recheado

De bobeiras, bobagens e diversão,

Sou apenas aquele que te ama

Que te adora e que te quer.

Sou capaz de atravessar o oceano

E aprender a calcular

Quantos graus têm um ângulo

E por qual ângulo você me ver?

Faltam mais respostas do que mentiras

Entre tudo o que já foi escrito

Mas ninguém muda de razão

Apenas por que outro disse ser errado.

Temos tantas opções

Tantos caminhos a seguir.

Não importa que não tenha brilho

Nem toda arte é poesia

Não precisa rimar.

A vida da gente é assim mesmo

Dias de alegria, e dias para chorar.

Sou capaz de satisfazer teus desejos

Mas não me peça pra te deixar.


José Borges Neto.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Insatisfação


De repente agente se encontra

e fazemos uma cena qualquer,

um aberto de mão, um abraço

uma conversa rápida sem outras intenções.

Um olhar de insatisfação de um lado

no outro, o desejo de partir

e a saudade do ontem despedaçando a alma.


Nós dois, covardes demais para sermos heróis.

Crianças de outrora e de hoje também.

Perdidos dentro de um mundo

Que não nos cabe.

Órfãos de carinhos trocados

E de noites enluaradas.

Dois corpos, dois braços

Quatro pernas, dois corações

Duas vidas e várias lembranças.

Algumas alegrias e inúmeras tristezas.

Assim somos.

Apenas eu sinto a dor da nossa distância

Somente eu que há muito não me reconheço

Sei o quanto é ruim viver longe de seu abraço

Do seu corpo mais que gostoso

Do teu beijo mais que adocicado

E do teu carinho, que era meu único abrigo.




José Borges Neto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nunca mais, apenas.


Nunca mais sentei ao teu lado
E joguei conversa fora
Nem tive o prazer de me deitar junto a ti
E viajar pelo teu corpo, que é perfeito.
Nunca mais acordei ouvindo você me chamar
À tarde não fui te ver, nem você veio.
Quando anoitece, não estamos mais juntos
Discutindo como foi o dia.
Nunca mais reclamei dos teus modos
Nem fiquei feliz em te ver chorar
Para logo depois você se debruçar sobre o meu ombro.

Nunca mais fomos à aula
Aprender o que já tínhamos descoberto na noite passada
Em uma de nossas deliciosas aventuras.
Nunca mais ouvi você reclamar suas dores
Nem suas dúvidas, que tiravam o nosso sono.
Nunca mais fomos os mesmos
Que outro dia disseram não a tudo e a todos.
Não posso te abraçar, nem sentir a essência do teu corpo
Juntamente com a paz da tua alma, nunca mais.

E você, onde estará agora?
Tenho a única certeza; distante, muito distante de mim.
Nunca mais escrevi teu nome em minhas mãos
Nem roubei um beijo enquanto você dormia
E muito menos posso ficar horas te olhando dormir
Como uma criança, um anjo que me guardava.
Nunca mais pude dizer o quanto te amava
E acho que nunca disse,
Nem te escrevi um poema
Você também nunca mais me escreveu.
Nunca mais fomos felizes.
Não canto mais nossa musica preferida
Nem li mais nosso livro preferido
Nunca mais, apenas.

José Borges Neto.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ainda Lembro




Lembro dos sonhos, conversas, desejos.

Dos olhares, promessas, confeições.

Dos sorrisos, da inocência e dos beijos.

De uma vida, e de dois corações.


Lembro das datas, das festas, das noites.

Da amizade, da confiança, dos laços.

E da vontade que sempre eu sentia.

De sempre querer voltar pros teus abraços.


Lembro das lágrimas, da escuridão e do medo.

Da solidão, do frio e da dor.

Do sofrimento, de cada momento.

Que eu passei longe do teu calor.


Lembro do toque, do gosto e de tudo.

Que esse amor já me fez passar.

Mais vez por outra eu ainda esqueço.

Como é que eu faço pra você me amar.


Juan Patrick

domingo, 14 de agosto de 2011

Divino escrito.



Boa hora para escrever
Quando todos estão dormindo
Quando todos estão tentando
E quando ninguém pode nos ver.

Não quero fugir do tema
Mas, aprendi não rotular
Meus amigos covardes
Que se esconderam de mim
Mas, tudo bem.
Talvez seja assim mesmo
Voltar ao inicio
E reescrever, não apagando
O que já foi dito, mas sim
Escrevendo algo novo por cima
Deixando tudo misturado.
E depois, voltar de novo
E escrever, escrever, até que
Acabe-se toda a tinta, todo o papel.

Escrever meu amor. Sim, escrever.
E você porque não escreve?
Tens medo do que és?
Não precisa ser no bom português
Basta apenas escrever, e voltar.
Voltar, ainda que tarde.
Mas é preciso
É quase divino.


José Borges Neto

Simplesmente você...


Sem mais demora
Já é tempo, chegou a hora
De abrir os olhos
Jogar tudo pra fora
E deixar o medo de lado.
Assim como o passado
Que ficará mesmo para trás.

Não mais cair naquela
E voltar atrás, não.
É seguir andando
Com calma, com tudo
E levar na mala somente
Aquilo que me faz bem.
Deixar os fracos pelo caminho
E se preciso for, seguir sem ninguém.

É hora. Não ontem.
É hoje. Não amanhã.
É agora. Muito bem
É assim que deve ser
Eu apenas escrevendo
E você, simplesmente você.
Você, imaginação perfeita
Delírio mais que necessário
Paixão mais que precisa...


José Borges Neto

sábado, 13 de agosto de 2011

O desejo e a razão




Cada passo que se da

É preciso ter cuidado

Pois você pode não notar

Que o perigo mora ao lado

Esperando você tropessar


Existem sempre dois caminhos

O que nos leva a duvidar

Qual será nosso destino?

Onde será que vamos parar?

Tudo depende das escolhas

Que você decide tomar.


Pergunte a si mesmo

E depois tome sua decisão

À sempre duas alternativas

À sempre o desejo e a razão

Faça suas escolhas com sinceridade

Siga sempre seu coração.


Juan Patrick

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Navegantes



Sou o teu poeta
O teu amigo sonhador
Que naveguei por muitos mares
A procura de um porto seguro
Nem que fosse para lembrar
Dos tempos em que navegávamos
Em busca de um pouco de amor,

E se hoje o tempo já passou
Nem parece, pois quase nada mudou.
Continuamos desbravando oceanos
Contornando paralelos, meridianos
ferozes,
A única diferença é a distância
Que existe entre nós.
Hoje cada um no seu barco
Não fazendo, mas seguindo nossos destinos.
Apenas duas almas. E tantas que já se foram,
Parecem nunca nos deixar.

Para cada lado que olho
Veja a solidão de braços com a esperança
De que haja um juízo final
Só assim veremos nossos versos que já se foram
E nossas tantas canções entoadas por ai,
O que nos resta ainda é mistério
Mas deve ser melhor do que isso tudo aqui.

Se não temos paz, a vida passa sufocada,
Abreviada por céticos e descrentes demais
Na força do amor, e nas forças ocasionais.
Pra mim, não interessa o que se falam,
Só me interessa o que se faz.
Por isso me faço presente nos teus cuidados
Ancorado nesse teu cais, que me abastece,
Que de tudo me faz bem.
Por isso teu sorriso já basta.
E te vejo partindo, acenando teu chapéu,
Assim deixando sem mesmo saber
Para trás um naufrago amor.

José Borges Neto.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Contradição.



Todo o novo é bom
Não engorda e nem faz mal
Não agride não se deprime
Nem te espanta no final.

Toda verdade é pura
Não geme nem se contradiz
Não mata não se muda
Nem se escapa por um triz.

Todos os sonhos são belos
Não produzem dor nem prazer
Não são lá grandes comédias
Nem tão poucos sem querer.

Toda paixão é vida
Não eterna e nem amor
Não existe a primavera
Nem um falso beija-flor.


José Borges Neto.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tudo que é agora.



Longe de tudo que eu imaginava ser eterno
Acompanhado apenas da minha solidão
Releio poemas e refaço sonhos,
Mesmo sabendo que outro tempo virá
E que tudo que é agora
Amanhã outra história será.

Revejo meus passos errados
Deixo os certos de lado.
Vou sozinho por um caminho
Que não me leva a lugar nenhum.
Vou atrás do impossível de cara limpa
Jogando contra o tempo: três, dois, um.

Olho pelo retrovisor na minha testa
E vejo os destroços do presente
E tantos amigos perdidos
Em busca de um paraíso tridimensional.
Ouço vozes rocas e sedentas
Que nunca se afinam no final.

E pela janela é tão bonito o show
Que nem se percebem as terceiras intenções.
Por trás de cada sorriso, falso e fingido
Há sempre um estereotipado, por pura encenação
Insinuando verdades e criando fantasias
Aumentando a síndrome da alienação.

Longe de tudo, e tudo longe
De quem partiu pra não mais voltar,
Do lado da saudade eterna
E da lembrança que não pára de gritar.
Longe de todos, e todos bem longe
Bem perto de qualquer lugar.



José Borges Neto.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sem coração.



Transito total
Na cidade de papel,
Em esquinas
Longas filas
E fortes luzes de hotel.

Consumo exagerado
Multiplas opções.
Carros e pessoas
Sem peças
Nem corações.

Gritos sem pausa
Entre mil sensações,
Jogos de poderes
Com deveres
Mas sem soluções.

Mercado de almas
Sem cores nem sabor,
Lembranças vendidas
Talvez esquecidas
Pelo ócio ou pela dor.


José borges neto.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Qualquer preço.



O sistema nos separa
Quando tenta nos unir,
Mudaram nosso endereço
Sem perguntar se queríamos
Acabam com nossos sonhos
Invade-nos sem pedir.

Muda nossa vida
Nossa rua, nosso endereço.
Só não muda o mundo
Que hoje vale qualquer preço.

Somos peças perdidas
De um jogo ultrapassado.
Pedacinhos de ninguém
Sem ninguém interessado.


José Borges Neto.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Essencial.



Sabe aquele teu cheiro
Gostoso, forte e suado?
Está fixado em mim
Como o teu rosto tatuado
E como aquele teu olhar.
Está sempre me acordando
Fazendo-me delirar.
E quando penso em te esquecer
Ele me faz parar.

Que loucura...
Nunca vi nada assim
Tão forte, tão cego, audacioso
Que se não fosse o mundo lá fora
Ele já estaria por aí.

(Que loucura! Senti teu perfume agora, e ele com certeza
Completou o poema. Que pena, os leitores nem poderão senti-lo.
(E vão dizer que sou louco, que seja louco.)

Teu cheiro me excita me condena
E só mesmo o tempo me acalma, e me faz acreditar
Que ainda existe amor.
Mas nada que eu faça vai te trazer aqui
Talvez o máximo que eu consiga
É aumentar minha dor.

Apesar disso, me contento com teu cheiro
Junto a outras lembranças, como;
A tua voz (que é música para os meus ouvidos),
O brilho dos teus olhos (que acredito ser a luz no fim do túnel),
A suavidade dos teus lábios (que me deixam sem palavras)
E as curvas do teu corpo (que me levam a extrema loucura)
E com tantas lembranças
Acabo esquecendo algumas...


José Borges Neto.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O Amor em Nos Dois.



Que o tempo não nos deixe no passado

Que ele não nos esqueça

Pois espero que a nossa história

Da nossa mente não desapareça.


Que o passado não envelheça

Que a luz nunca acabe

Pois hoje agente está feliz

O amanha nunca se sabe.


Vivemos por muito tempo

Mais não deixe nada pra depois

Se sozinho eu só conheci a dor

Quem sabe eu encontre o amor em nos dois.



Juan Patrick.