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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Revelação.

Sei que nosso tempo acabou
Agora é cada um no seu lugar
E você outro amor encontrou
Logo com ele você vai estar.

Mas ainda me resta um pedido
Minha última palavra pra lhe dizer
Se um dia encontrar meu coração perdido
É que ele saiu à procura de você.

O receba com amor e carinho
Por que de mim será o que restou
Do meu corpo foi o último pedacinho
O resto à mão do tempo apagou.

Preserve o meu pobre coração
Dentro dele está o segredo dele viver
Ele só vive por uma única razão
Por que nele vivi meu amor por você.


José Borges.

O peso das palavras.

Hoje vejo o porquê de tanta insegurança
Vejo tuas atitudes, e fico assustado
Acho que às vezes você esquece
De como foi nosso passado

Vivo esperando palavras
Que talvez nunca vá escutar
Mais mesmo assim as espero
Pois sem elas meu coração não vai descansar

Estou farto de tantos sonhos
Onde só vejo os mesmos problemas
Mais o pior e quando abro os olhos
E vejo as mesmas cenas

Minha paciência já se foi há tempos
Mesmo sem ela vivo paciente, no entanto calado
Porque sei que se eu falar o que penso
Estarei agindo errado

Entendo seu silêncio
Por isso entenda minha dor
Sei o peso das palavras
Sei o peso do amor.


Juan Patrick.

Esperando uma noite de luar.

Nunca deixe que alguém lhe diga o que fazer
Não ouça conselhos de pessoas sem conceito
Não escute nada de ninguém
Seguir o que os outros dizem é um defeito
E hoje em dia nada está pra brincadeira
Se for fazer alguma coisa, faça bem feito
Por que você pode estar sendo filmado
E logo alguém rouba seu direito.

Devemos entender que não existe entendimento
Nem adianta negociar com a chuva
Ela é egoísta demais para querer passar
Cada gota tem oculta uma bravura
Tem uma magia que não podemos copiar
Cada olhar tem sua direção
Mas às vezes não sabemos pra onde olhar
Quando a noite está muito escura
Percebemos que hoje não tem luar.

Precisa-se ter cuidado quando for passear
Cada passo pode ser o ultimo
O ultimo de muitos que o antecederam
E o primeiro para onde não se pode voltar
Não precisa de presa para chegar à frente
É só esperar que os outros não cheguem lá
Por mais rápido que seja a mente
Nem tudo ela pode acompanhar.

E por fim quando se falar em amor
Baixe a cabeça e deixe os outros mentirem
Eles sempre falam demais sem entender
Mentem friamente toda hora esperando vantagem
Mas não encontram prazer
O amor não pode ser definido ou mapeado
O melhor do amor é quando se ama sem saber
Agente faz tudo por instinto
Só esquece que pro bem temos que sofrer.


José Borges.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Do barulho do vento ao estranho silêncio.

Confesso que acreditei em meigas palavras
E que deixei muita coisa ainda por acreditar
Sei que parei varias vezes no meio da estrada
Mas era preciso, eu não podia mais caminhar
Abandonei sonhos e pessoas amadas
As perdi de mim quando me precisava encontrar.

De repente fiz da chuva meu choro
Do barulho do vento minha canção
Fiz da fantasia meu tesouro
E do real minha ilusão
Fiz as cinzas virarem ouro
E a mais firme das pedras coração.

Ainda ouço alguns sussurros à noite
Me vêm na cabeça aquela velha idéia
De que o mundo é um teatro livre
E a minoria é sempre a platéia
Só não peça que eu explique
E nunca se esqueça da Galiléia.

Não se esqueça do exemplo que vem de longe
De quem nunca nos esqueceu
Nem fale de amor pra qualquer estranho
Depois você vai ver que ele nunca te mereceu
Ai você fica tempos chorando
Assim como ficou eu.

Indiscreto fajuto irreverente também
Esperando um pouco de embriaguez
Morrendo de medo de amar alguém
Vivendo nessa ilusão que se fez
Esperando o tempo se é que vem
No certo só é uma certeza, o talvez.

Se amar é coisa boa eu prefiro odiar
Agente ama e fica atoa
Corre riscos, e não sai do lugar
Pensa que viver é coisa boa
Atravessa rios sem saber nadar.


José Borges.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quase mortas, ainda puras.

Ontem fui até certo jardim que encontrei
Acho que ele estava abandonado
Meio velho sem vida, sem cor
Tinha algumas plantas e eu as reguei
Deu pra perceber a alegria que nascia
E até uma flor branca lá brotou.

Caminhando mais a dentro do recanto
Encontrei uma orquídea que chorava
Suas raízes davam a impressão de agonia
E por suas pétalas escorria um pranto
Eram lágrimas quase mortas ainda puras
E pouco a pouco se escondia o dia.

Eram tantas raízes, tantos pedidos
Algumas agonizavam por apenas um toque
Elas queriam sentir que ainda viviam
Pareciam serpentes prontas para o bote
Quando eu chegava mais perto delas
Elas se abriam e lançavam certo perfume
E nesse perfume eu me encontrava
E me perdia do mundo que me cercava
Porém pouco eu me importava naquele momento
Eu queria mais era descobrir os sabores do vento
Mais seriamente, queria descobrir a essência de uma flor.

Sempre que eu voltava para aquele jardim
Eu buscava entender o sentido da alegria
Da solidão, da angustia, da consolação
Queria ser compreensivo, e mais objetivo
As flores tinham coisas que eu precisava ter
Minha ganância por vida, não me deixou viver.


José Borges.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Só quero te ver feliz

Só quero te ver feliz
Só quero que você se sinta como eu
Que sempre procurou seu coração
Mesmo sem você procurar o meu.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso doer em mim
Pois não conto às vezes que me feri com espinhos
Mais sempre cuidei do seu jardim.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso não me fizer feliz
Como às vezes me sinto
Quando você não Le o poema que te fiz.

Só quero te ver feliz
Mesmo se isso me deixe sozinho
Pois mesmo que você não perceba
Sempre segui seu caminho.

Só quero te ver feliz
Mesmo que você não me guarde no coração
Mesmo quando você não me entender
Mesmo se não existir acharei uma explicação.

Só quero te ver feliz
Mesmo se me deixar pra traz
Mesmo sozinho lembrarei-me de você
Lembrarei do quão feliz você me faz.

Só quero te ver feliz
Mesmo que isso me faça chorar
Como muitas vezes já chorei
Mais nunca deixei de te amar.


Juan Patrick.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O motivo de não viver.

O homem desconhece varias coisas
Inclusive de onde ele vem
Por mais que ele queira ter respostas
O maior desafio é lidar com o além
A raça humana espera o imprevisto
Sustenta sua esperança em Cristo
Mas, no entanto não aparece ninguém.

Assim que o sal surge o homem levanta também
Vai pra qualquer lugar se esconder
Evita mostrar seu rosto pra outro alguém
É uma espécie que não sabe viver
Andam se vendendo nas calçadas
Ou até em prédios de luxo
Jogando fora a honra que uma pessoa pode ter.

E nessa luta pelo direito de viver
O pobre perde sua própria consciência
É esmagado pela maquina do poder
Perde o gosto de sua sobrevivência
Fica sujeito ao desprezo e ao horror
Esperando quem sabe um gesto de amor
Do mundo moderno feito pela ciência.

O que vemos nesse mundo é sua falência
E Amontoados de pessoas morrendo
Nas ruas, e no mundo falta carência
Pra alimentar a chama do acolhimento
Enquanto não pensarem em como mudar
Ou quem sabe apenas parar
Cada dia aumenta o índice de falecimento.

No entanto a coisa não pára um só momento
É obra por cima de obra e por cima da gente
Estamos cada fez mais cercados de crescimento
Mas de verdade não vejo progresso pela frente
A ação de hoje mudará nosso meio
E o povo fica sempre como cego em tiroteio
Acorrentados pelo medo que ainda o prende.


José Borges.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Enfim só

Às vezes penso que é exagero meu
Às vezes penso estar sendo tolo
Mais na verdade essa escuridão
É apenas uma fatia de um grande bolo

Tento não ficar calado
Tento não me isolar
Mais com essas atitudes
É melhor ignorar

Depois não me pergunte
Porque fico por tanto tempo calado
Se você souber a resposta
Vera quem dos dois esta errado

Vou tentar fechar os olhos
Pra isso tudo ao meu redor
Pra quem sabe quando eu abri-los
Eu esteja enfim só.

Juan Patrick.

sábado, 17 de outubro de 2009

Hoje é cedo pra dizer que não.

É hoje me deparei com você
Nem quis notar teu olhar me vigiando
Quis fingir que não tava te olhando
Mas de longe senti teu perfume
Seu suave jeito ia me controlando
De algum modo eu estava me enganando.

Bem, hoje eu pude te ver
Fazia tempo que não te olhava
E olha confesso que não imaginava
O quanto você estava feliz
Agora pra você já não sou o que te magoava
Sou apenas aquele que te incomodava.

Querida, hoje foi difícil pra mim
Acho que agora encontrei a verdade
Talvez ela sempre fosse amiga da vontade
Mas eu nem ligava pra isso
Agora que me encontra apenas com a saudade
Conforto-me com qualquer outra metade.

Meu bem, hoje já é tarde pra nós
Eu até quis enganar o destino, mas foi em vão
O que fiz foi enganar-me por pura ilusão
Mas não tem problema vou em frente
Quem sabe por entre os caminhos da imaginação
Eu encontre em algum trecho outra louca paixão.


Jjosé Borges.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ele virá.

No meio de palavras
No meio da escuridão
Viramos simples pessoas
Que tremem do medo da escuridão

Esse medo que nos trava
Não nos ajudara em nada
A não ser que você esteja
Entre a cruz e a espada

Sou criança, sou adulto
A final qual e a diferença?
Se a idade traz o medo
Que nos tira a esperança

Hoje continuo temendo o futuro
Sem saber o que ele trará
Mais continuarei ó esperando
Pois sei que de qualquer jeito ele virá.

Juan Patrick

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A visão de um Ébrio.

O tempo não deixa vestígios a encontrar
Ele passa tão forte e tão cauteloso
Que às vezes nem conseguimos notar
Precisamos aproveitar os momentos
Compartilhar pensamentos
Ser feliz sem precisar sonhar.

Acabar com as dúvidas é duvidoso
Cada sentido tem seu poder
E ter poder pode ser perigoso
Então não vamos mandar
Nem vamos mais chorar
Tudo pode ser mentiroso.

No poço a água espera por alguém
Que tenha sede para lhe saciar
Já o tempo não espera ninguém
Agora existe apenas saudade
Com um tanto de infelicidade
Não existe estação para seu trem.

E vem sempre um palhaço sem graça
Pedir dinheiro em troca de nada
E sempre tem um porquinho na praça
Palestrando porcaria pra gente
São idiotas de gravata e sem mente
O que mais eles querem que agente faça.

Já não bastava ser descamisado?
Abandonado nessa lixeira
Fingindo não ver esse lixo televisionado
Por Deus vamos rever a vida
Vamos beber da mesma bebida
Se for por bem, vamos ser tudo embriagado.


José Borges.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Alguém se culpou.

O brilho do sol hoje está tão forte
Acho que não posso suportar
Hoje estou tão fora de mim
Nem sei onde prometi me encontrar
Por isso não gosto de sair
E também não quero sangrar.

Teria sido diferente de não fosse igual?
Hoje estou tão mal.
Parece que alguém se culpou
E ninguém estava aqui pra ver
Estavam todos fazendo um comercial
Protagonistas idiotas
Fúteis com a cara numa capa de jornal.

A noite está tão calma que sinto um frio
Parece ser medo, mas não é
É algo estranho que nem conheço
Timidamente vou tentar descobrir
Vou esperar a maré baixar
Quem sabe outro alguém precise partir
Quem pode garantir que nada vai mudar?


Por que mentimos pra ganhar o pão
Por que mendigamos pra ganhar um coração
Por que pedimos um sim e levamos um não
Por que saímos por ai sem nada na mão
Por que sentimos amor por quem nem sente paixão?

E agora á fácil uma garota propaganda
Se vender na esquina pra um senhor sacana
É fácil se enganar vendo noticias na TV
Mas também é fácil saber
Que pobre e santo são gente bacana

Por que prisão?
Por que amor?
Por que paixão?
Por que sim
Por que...?
Por que não.


José Borges.

Retrovisor

Não sei mais o que me resta fazer
Mais nada tenho que provar
Acabou de anoitecer
E eu continuo sem entender
O que me faz continuar.

Entendo que é acaso
Entendo esses casos antigos
Só não entendo o motivo
Desses beijos tão frios.

Hoje olho pro retrovisor
Mesmo sem querer olhar
Vejo muitas pessoas que deixei pra traz
Que muitas vezes buscaram a paz
Mais que eu não soube amar.

Agora passo horas pensando
A que horas sua vergonha vai passar
Pra que em fim eu possa ouvir
O seu coração falar.

Juan Patrick.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Minha doce criança.

Calma minha doce criança
Ainda não esta na hora da gente fugir
Espere mais um pouco nossos amigos
Prometemos esperarmos eles aqui
Por que você não me obedece
E fica perdendo tempo querendo sair
Os becos são estreitos
Talvez você não consiga voltar
Talvez você não queira mais sair.

Fique aqui do meu lado criança
Não solte minha mão, por favor,
Não se desprenda de minha alma
Se quiser pedir algo peça agora
Não deixe os sonhos lhe causarem dor
Se não quiseres sorrir
Cale-se que eu choro contigo
Mas não me deixe nem um momento
Precisamos sentir um pouco mais de amor.

Vamos minha amiga criança
Vamos atravessar a ponte invisível
Não podemos mais ficar aqui
Já está tarde e tudo pode acabar
O teatro pode se fechar
As cortinhas irão cair sobre nós
E o que poderemos fazer?
Por isso devemos nos achar
Ainda há tempo
E ai, o que vamos fazer?


José Borges.

O tempo...

O tempo que vejo passar
Não é mesmo que vejo no relógio
Porque será que ele não quer parar
Ou pelo menos mais um pouco demorar?
Ate que possamos entender
O que tanto nos faz chorar

Se esse tempo que me falta
Faltasse dentro de mim
Será que meu tempo acabaria?
Será que chegaria o fim?

Vendo o passar do tempo
Passo horas a pensar
O que o futuro nos reserva?
Ate lá, só resta esperar

O tempo que voa quando estou feliz
È o mesmo que se arrasta quando estou sozinho
Dentre esses intervalos de tempo
Perco tempo nesse caminho

Portanto não me pergunte que horas são
Desse tempo me cansei
Agora vou tentar não usar relógios
Que me lembram tudo que passei.

Juan Patrick.

domingo, 11 de outubro de 2009

Lembranças do futuro.

Ainda recordo do passado
E de momentos que nunca foram reais
Por mais que eu não queira
Eu me lembro do que não existia
Lembro que era sonho e nada mais
E não me faça entender quem é culpado
Nem você pode culpar ninguém
Agente ficou preso nesse buraco
E ficamos aqui esperando o socorro do além.

Acho que ta na hora da gente rever
Vamos entender um pouco o vento
Quem sabe ele nos queira dizer algo
Mas agente de tão hipócrita não sabemos ouvir
Vamos parar um pouco o movimento
Deixar de lado a emoção e vamos apenas sentir
Precisamos andar de mãos dadas
Ou amanhã nenhum de nós pode estar aqui.

Ainda prevejo lembranças do futuro
E veja só, a escuridão não é bastante pra você
Que nem consegue enxergar o brilho dos meus olhos?
E tenha paciência é só o começo muito se vai ver
Agora é começaram a rolar as cabeças
Ainda a muita lagrima a se chorar
Por isso que é preciso se livrar das impurezas
Por que cada estrela tem seu lugar.

Acho que não devemos nos precipitar
Talvez as coisas sejam bem simples
Mas agente é ser humano e gosta de errar
Agente até sorrir quando chora
Agente fica sentado no banco da praça
Lendo uma droga de um jornal
Absorvendo mais idiotice mundial
Pensando que o povo sabe
Que eles também são gente irracional.

Ainda há esperança no fundo de pote
O problema é que ela é importante demais
Muitos a querem, ou preferem deixar ela lá
O que nós ainda não sabemos
É se ela poderá nos salvar
O que nós ainda não entendemos
É o que fazemos do lado de cá
O que eu ainda não sei
É se uma alma pode amar.


José Borges.

Muitos Vazios.

Por favor, não sorria
Quando não se precisa sorrir
Não cometa o mesmo erro
De uma pessoa que eu vi partir

Conversando com pessoas erradas
Penso que eles podem estar certos
Mais prefiro ficar calado
E esperar dias sinceros

Imagino muitas vezes
Porque eu me limito tanto
A limites que só existem
Quando não estou errando

Vivo acumulando muitos vazios
Há muitos anos me sobra à dor
Mais eu só queria que um dia
Eu fizesse alguém sentir amor

Enquanto meu coração estiver batendo
Manterei acessa a chama
Mesmo que ninguém me ajude a mantela acessa
Acreditarei que existe alguém que me ama.

Juan Patrick

sábado, 10 de outubro de 2009

Mentiras a entender...

Se não bastasse a saudade
Ainda me vem à lembrança
Que me parte a alma
E me tira a esperança.

Se não bastasse a cidade
Ainda tenho um mundo a descobrir
Creio que não passa de verdade
O que eu não consigo sentir.

Se não bastasse a verdade
Ainda existem mentiras a entender
Que na verdade são respostas
De perguntas que nem quero saber.

E se não bastasse apenas à metade
Ainda desejo ver todo o seu rancor
Assim como o que sinto não diz respeito
Ao que alguns chamam de amor.


José Borges.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A noite que vem e que passa.

Creio que não a razão para que haja perdão
O último trem passou rápido e violento
Arrastando tudo que havia de bom em meu coração
Passou tão verdadeiro como a luz
E tão necessário como o escuridão.

A noite é como um trem que passa
E sempre volta. Nunca se atrasa.
Quando tem luar a noite brilha
A escuridão da noite nos mostra
O que luz faz questão de ofuscar
São as estrelas que surgem
Mesmo sempre estando lá.


José Borges.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Anonimato.

Quantas vezes eu não pensei em como me calar
Mas o grito era tão preciso que não podia faltar
E sempre as semanas passavam se arrastando
Indo sem rumo na direção de algum lugar.

Por vários momentos imaginei ter encontrado um sentido
Mas a razão era tão nula que faltava até pedido
E por mais que eu sentisse o cheiro do teu perfume
Eu teria que saber que teu peito era pra mim proibido.

Feito um vulcão meu corpo ferve quando posso te ver
Mas mesmo desejando tua pele, teu suor, não posso ter
E sempre os meus olhos irão a sua direção
Vendo como seu corpo arde, sua voz me faz enfraquecer.

Nessa hora quero apenas lhe tocar com os lábios
Mas se der sentir nas minhas orelhas os seus suspiros
E sempre que sua voz me chamar eu estarei pronto
Ao teu lado não tenho medo de correr os maiores perigos.


José Borges.

Modo de Pensar.

Não sei o que esta acontecendo
Tenho tudo que sempre quis
Tenho tudo ao meu favor
Mais em vez de ser feliz
Estou alimentando minha dor

Prometi a mim mesmo
Que eu ia mudar
Pra que eu visse a mudança
Do seu modo de pensar

Mais tem dias que me vejo sozinho
Mesmo estando ao seu lado
Tem dias que nem meus lábios
Saem desse mundo gelado

Penso no futuro
E já começo a imaginar
O que sempre contrariei
Mais de tanto contrariar, soube aceitar
Que existem vários caminhos
E que um dia um deles ira me abandonar

Sei que estou confuso
Mais pensando bem nunca tive certeza
Portanto continuo sonhando
Com minha linda princesa.


Juan Patrick.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tudo anormal...

Minha rima não deve ser vista como ponto de partida
Mas sim como um ponto de chegada
Por que o faço em linhas já me atravessaram a alma
E nisso não tenho a intenção de perder a calma
Pois minha tranqüilidade não se disfarça
As poesias são o que sobrou de meu interior
Os eixos entre os versos são vestígios de dor
Meus versos são lágrimas que eu não pude chorar
Lágrimas essas que não param de jorrar.

Sobre o que não vejo minha visão é dúbia
Acho que só aquilo que o teatro mágico insinua
Deve ser por isso que é tudo tão anormal
Tudo é controverso quando se está na vida real
Agora sei por que chamam uns de descamisados
É sempre pelo senso dos que andam fardados
Porém não adianta mudar o olhar de direção
Quando a flecha é lançada só se espera a separação
O amor e o ódio se enfrentam todos os dias
Só pela outra forma de enganação.

A paixão engana a ilusão
E Ilusão não reage à paixão.


José Borges.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Algum momento...

Que meu grito de socorro seja ouvido
Nem que seja apenas por mim mesmo
E que eu mesmo aprenda a me libertar
Por que sou tão livre quão preso
A tudo que não posso deixar.

Que meu amigo não me esqueça
Nem que eu me mude ou desapareça
E que ele se lembre dos momentos
Por que em algum momento
Isso tudo pode acabar.

Que meu caderno não seja esquecido
Nem que minha voz seja apenas riso
E que minhas histórias sejam repetidas
Por que o que conto é preciso
E sempre chegadas também são despedidas.

Que minha ausência seja notada
Nem que seja apenas palavra falada
E que minha lembrança não se cale
Por que meu silêncio ecoa
E sempre escuto antes que alguém me fale.

Que minha mãe não chore
Nem que sua lágrima implore
E que meu pai me entenda
Por que o que serei será futuro
Coisas que o passado talvez não compreenda.

Que minha poesia seja bem vista
Nem que seja uma poesia já inventada
E que a solidão não me abandone
Por que sou apenas o silêncio
E de verdade, de verdades não se engane.


José Borges.

sábado, 3 de outubro de 2009

Um Pouco mais...

Bem-vindo meu filho
Bem-vindo a máquina.
Por favor, poupe seu suor
Por que isso tudo passa
E tudo muda ao seu redor
Tenha cuidado
Á perigo e você pode se cortar
As sombras impedem teu caminho
E por ele você não pode voltar.

Bem vindo ao meu tempo
Não se preocupe
Quando você estiver crescido
Isso tudo mudará
Por que o tempo não passa despercebido
E sempre alguma coisa deve mudar
Só não mude você
Aceite como você será.

Se quiser viver em paz
Aprenda a lidar com a máquina
É simples, só basta ter coragem
Nem precisa saber o que faz
Não pense que todos são ninguém
Maquinistas querem isso de você
Pense muito pouco, um pouco mais
Vá muito além
Além do que se vai.

Bem vindo ao sistema que parou
A máquina cansada enguiçou
Até mesmo o tempo parou
Este é o meu sonho, sonho que ninguém sonhou.


José Borges.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Além do que falo...

Sentimentos. Todas as poesias querem dizer isso
Querem dizer-te amo.
Mas que o amor a outro não seja submisso
Deixe o amor voar.
Não se preocupe com os sonhos
Eles também aprenderam a amar
Os enganos,
Sentiram que não vale apena enganar.

Ouvintes. É tudo que preciso, mas me calo
Não preciso de teu cinismo.
Teu medo é mais que ismo
É muito além do que falo.

Nascentes. Onde nasce o meu destino?
Acho que ele está morto.
Quem sabe esquecido.
Talvez moldado.
Enfraquecido.

Solidão. É o melhor momento da vida
Com a solidão agente aprende a viver.
Agente só sente a dor dos espinhos
Quando começamos a andar
Por isso as flores lindas não nascem nas pedras
Por que as pedras ninguém pode regar.

É verdade quando dizem que poeta vive triste
Mas é verdade quando digo que estou feliz quando escrevo.
Sempre que um verso ou um amor vem, eu peço que fique
Só não entendo por que os amores ficam, e os versos logo eu esqueço...


José Borges.

Sombra do Passado

Que a sombra do passado
Não me tape os olhos
Nem me tire do meu caminho
Ainda que ele não seja certo

Que as nuvens de chuva que vejo no horizonte
Não afoguem minha esperança
Não inundem meus pensamentos
Que elas façam florescer um sorriso
Ou pelo menos escondam meus lamentos

Que a musica que ecoa
Não traga noticias
Nem novidades
Que seja calma e leve
Como o vento que sopra nos meus ouvidos

Que as palavras que ouço
Não me enlouqueça a cabeça
Nem me façam chorar
Que elas tragam conforto
Que elas me façam acordar

Que a vida seja paciente
Pois dela eu não reclamo
Que ela saiba esperar
Ate um dia alguém me dizer:
Eu te amo.


Juan Patrick.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O que pode um homem...

O que pode um homem, quando tuas mãos estão atadas
E quando teus pés não tocam o chão
Quando tua mente estiver em terras desconhecidas
E teu maior tesouro, for o pó que restou do seu coração?

O que deve um homem, senão a eterna dívida de viver
Mesmo se que com a vida não se lucrou nada
O que deve normalmente se fazer
O que pode acontecer
Senão o beijo da namorada?

O que sente um homem, quando não sente nada?
Talvez o vazio se alastre pelas tuas veias
E quando for pouco, esse vazio transborda
E se mistura com as areias
Que são trazidas pelo vento
E quando chega a tarde fecha-se a porta.

O que pode um homem, senão enganar-se
Estando diante da fissura que o leva ao amor?
Mesmo que mais tarde as ondas o levem
Deixando teu rosto ferido pelo sal
Ou pela força de sua passagem
Mais valia se fosse uma lavagem cerebral.

O que diz um homem, quando não é ouvido?
Bom seria se ele nem pedisse respostas
Pois o silêncio chama-se silêncio por certo motivo
O que não deve ser dito
Está dentro de quem permanece calado.

O que faria um homem, se não foste servo do medo?
Talvez pouca coisa. O medo move o homem.
Quando se está no escuro, sente-se medo
E o medo nos faz correr pra buscar luz
Mesmo que não acha ninguém
O medo não é em vão
A luz ilumina a escuridão.

O que escreve um homem, quando está sozinho
Mesmo que cercado de pessoas
O poeta se sente só
Voa feito um passarinho
Mas nunca sai do teu lugar
Sempre está sentado
Esperando a morte chegar
E com receio que a vida
Não lhe deixe esperar.


José Borges.