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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um fim não é o final.

Ouça-me por um instante
Minhas palavras não são espinhos
Nem flores, e nem promessas
Meus olhos não são caminhos
Minhas idéias podem estar inversas
E tudo que te digo pode não ser real
Talvez nem as certezas sejam certas
Quem sabe o fim não seja o final.

Em pouco tempo
As águas não irão mais correr
Os ventos não irão mais soprar
O infinito talvez nem venha a acontecer
E o silencio nem queira incomodar
Quem sabe alguém esteja esperando
Um raio de luz no céu passar
Mas acreditar em milagres
É algo que não consigo imitar.

Deitar-se sobre cobras no verão
Sei que Todos querem curtir o sol
Mas por que não respeitam a lua?
Vejo a lua como o único farol
Vejo a lua como se fosse uma deusa nua
Vou em direção ao seu lugar
Encontro apenas uma verdade crua
De que quem tanto tenta ser único
Perde-se por qualquer rua.

Olha rápido para o céu
É um pássaro que passa devagar
É uma gota de chuva que cai
O triste é saber que ela vai evaporar
Preste atenção nas nuvens
Notem que elas compõem uma canção
Parecem sinos no céu
E seus sons transmitem emoção
Pra quem conhece a dúvida
Não vou render explicação.


José Borges.

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