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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ao caro amigo 'Vazio',

Ao longo de uma historia um pouco confusa muitos foram os prantos derramados, as noites mal dormidas, e os dias tristes. Ao longo de minha historia muita coisa aconteceu, muita água jorrada, muita angustia, e pouco, mais muito pouco amor. Percebi de forma cruel como é perceber realmente as coisas, ouve momentos que eu preferia não ter visto nem ouvido falar deles, mas aconteceram e eu não posso mudar.

Entendi que o que eu buscava era difícil de conseguir, mas não impossível. O problema era que eu não tinha tantas forças para lutar por tais coisas, acho que eu até poderia ter lutado e me esforçado muito além do mim, porém creio que tal coisa não era o que eu queria de verdade. Enganei-me muitas vezes por caminhos que escolhi, mas continuei com a mesma coragem de quem estava no caminho certo, pois não tenho medo do erro. Existe uma parte triste, mais muito triste de minha vida, que não cabe nem a eu tentar explicá-la nessas linhas, cabe ao tempo apagá-las. Existiram pessoas, vultos e sombras em minha vida, cada uma teve sua importância, seu momento, algumas reinaram sobre mim, outras ficaram no mesmo tom de visão, as outras menos audaciosas me ouviram.

Ouvi musicas que me satisfaziam, musicas que me encantavam, musicas que me emocionaram, outras nem tanto. Escrevi versos e textos como este, mas nem assim consegui satisfazer minha vontade de expulsar algo pra fora de mim. Sinto que ainda preciso continuar a me espremer, como uma laranja, preciso se sufocado mais ainda. Com tudo, me sinto como o vento, preciso estar solto e livre, sou como as nuvens, mudo de forma em segundos. Acho que deve ser por isso que eu não tenho identidade própria, mas pra quê, todos querem ter isso também. Quis muitas vezes acordar a noite e sair sem ao menos dar noticias, mas não conseguir, estava preso a alguém. Ao nada.

Hoje não quero mais se lembrar de nada, nem esquecer, quero apenas continuar escrevendo e me fazendo a cada instante, me descobrindo a cada letra, me renovando a cada estrofe. Sou como a chuva, como o sol, como a noite, sou como sou.



José Borges.

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