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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Conclusão de dois.

Duas noites sem sono
Sem sonhos e sem viver
Dois livros em branco
Sem lápis pra escrever
Duas aves cantando
Sem ninguém entender
Dois corpos vagando
Sem chão pra descer
Duas estrelas brilhando
Sem olhos pra ver
Dois minutos pensando
Sem nada pra dizer
Duas teclas batendo
Sem nada aparecer
Dois mundos girando
Sem nem rota ter
Duas taças sobrando
Sem ninguém pra beber
Dois anzóis boiando
Sem ter nada pra comer
Duas luas brigando
Sem o sol comparecer
Dois rios correndo
Sem rumo e sem prazer
Duas rosas florindo
Sem endereço pra receber.



José Borges.

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