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quarta-feira, 14 de abril de 2010
O amanhecer.
Nasce o dia, e o frio se vai.
Desce a neblina das montanhas
E embranquecem o horizonte
E chega o sol, e a lua cai.
Nasce um soluço tímido
Dentro de cada raio de sol
E enquanto isso os pássaros
Cantam na minha janela
E eu levanto e sinto;
Que o dia nasceu agora
E que o tempo passa,
E que agente rir,
E que agente chora.
Nasce o dia, e a flor faz festa,
E nascem os risos.
E morre a noite
E tudo resta.
Nasce em mim um novo
Um já velho novo sonho
E cresce como as estrelas
E se torna infinito, tudo,
Faz de mim pescador
De almas e de átomos
Faz de tudo que vi
Se tornar o que somos.
Nasce o dia, e me vem silencioso,
E acorda-me e abraça-me.
Agora te encontrar é fácil
Tão fácil que rápido some.
José Borges.
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