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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Aquela rua me mostrou...



Estava andando pela rua num dia comum,
Triste, sugado, caminhava de cabeça baixa.
Logo senti um vento que me tocava
E de uma maneira quase espírita
Senti que era alguém que passou
Fechei os olhos na esperança de não ver
E não vi. Era apenas o vento.

Continuei andando, já um pouco pensativo,
Não tinha medo, mas sabia que não era normal.
E quando passei por uma rua, notei que não tinha casas,
Apressei meus passos com certo sufoco
Mas aquela rua era quase infinita
Longa, deserta, sem cor e vazia.
Tinha um ar sombrio
Um estilo fantasmagórico.

Quando vi, já estava chegando noutra rua,
E pouco a pouco a ventania diminuía.
Quando andei alguns passos parei
Virei e vi que havia nascido vida
A rua já não era rua, era jardim,
E Isso me mostra que a vida está sempre viva
Mesmo achando que ela chega ao fim.


José Borges.
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