Busca no Blog.

domingo, 26 de julho de 2009

A VITRINE DO CRIME

Você viu um vestido colorido na vitrine
Quis telo em teu corpo, que é tão delicado,
Comprou uma máscara para se disfarçar do crime
E para esse crime não há perdão, isso foi teu pior pecado.

Mataste o céu de vida que lhe encobria
Só por não querer saber como mudar a si mesma,
Vendeste teus sonhos para comprar o que não merecia
Deixou de querer seu corpo para virar um fantasma,
E disfarçada contava histórias que ninguém entendia
E você feita uma tola logo ficava completamente pasma,
Quando via que a vida era muito mais que uma mercadoria
E que não era muito bom o futuro que lhe esperava.

Você voltou daquele lugar, bem vestida e colorida,
Brilhava que não podia se ver no espelho,
Só que sua vida estava muito ferida
Já não lidava com os códigos de um novo aparelho.

E eu outro dia passando pela aquela rua
Vi você na vitrine, parada sem nem mexer os olhos,
Logo pensei que era apenas o crime que continua
Mas vi seus olhos jorrarem sangue pelos cantos
Vi seus sonhos todos enfileirados, vi sua razão nua
Pedindo perdão ao coração, que também não sabia fazer planos,
Vi milhares de você, dizendo que o medo também insinua,
Andei sobre teus pedaços, perdidos em vários outros tempos.

Ali naquele momento tua veste não tinha valor
Tua vaidade não tinha o que falar,
No teu peito agora era que não avia amor
Da vitrine da ingratidão não a como se libertar.

Um comentário: