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quinta-feira, 25 de junho de 2009

SÓ UMA CERTEZA

Falaram-me que outras palavras seriam mais claras
Mas encontrei apenas as trevas em cada letra
Contaram-me sobre segredos escondidos nas entranhas
De cada sentido resguardado na forma límpida da chuva
Porém molhei-me nas gotas de ansiedade sem encontra respostas
E desconheci-me em ver meu semblante nessa manhã turva.

Andei por vários caminhos sem buscar nem sequer a saída
Pois não existia medo ou desvantagem tudo era normal
Caminhei muitas noites, sozinho por entre a floresta,
Descansava debaixo de árvores e ia esperar passar o vendaval
Degustava de todo o tipo de pensamentos já tidos em uma vida
E nessa realidade só sobrevive uma certeza, ela é virtual.

Cada dia mais novo, coisas passadas são questionadas,
Em cada ponto da cidade uma luz, em cada canto alguém cego,
Em avenidas seguem os dragões das paixões mal vividas
Nos becos, pessoas desarmadas no meio do tiroteio,
Nas mãos dos donos da situação as verdades são escondidas
No ar da raiva e do ódio, nem uma palavra certa me veio.

Um comentário:

  1. cada vez que leio as suas belas poesias,mas ansiosa eu fico para ler a próxima!
    elas são lindas!

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