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quarta-feira, 24 de junho de 2009

AINDA ASSIM TUDO VIRA MEDO

Não há tempo perdido quando os ponteiros estão parados
Não diga que as vozes eram certas sem antes saber de quem são
Os ares são de medo e impaciência, ainda há segredos guardados,
Os dias são longos e árduos e me negam os caminhos da razão.

Ontem vi uma estrela na escuridão do infinito sozinha a brilhar
Ontem andei no inferno da inconsciência tentando entender
Perdi-me em um labirinto e meu maior medo era de não voltar
Perdi-me dentro de mim mesmo para aquela estrela eu ainda ver.

As nuvens da desilusão bailam sobre minha consciência
As trevas da noite absorvida pela lógica do mal e do horror
Devoram-me e me cospem no lixo da mais pura inocência
Devoro e deixo pra trás toda minha admiração pela palavra amor.

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