Busca no Blog.

domingo, 26 de setembro de 2010

Levado pela vida.



Eu que era menino travesso
E gostava de brincar com a vida
Agora sei como a banda toca
Sei por que a areia é movediça.

Eu que era garoto sem chance
Hoje sou pescador de mentiras
E não posso negar minha idéia
Caso contrario sou esquerdista.

Eu que duvidei de mim mesmo
E busquei resposta quando devia ouvir
Fiz juras de amor que jamais pude provar
Até quando eu chorei, tive vontade de sorrir.

Eu que até ontem acreditava
Ter vários amigos pra confiar
Aprendi que só tenho
Um irmão(mais velho) pra me abraçar
E a este amigo dedico os versos
Que do nada vão se encontrar.

Eu que era criança boba
Nem poderia imaginar
Que a quem eu dei a mão
Um dia iria me derrubar.

Eu que me orgulho de meu orgulho
Não tenho receios de quem se foi
Muito menos de quem ainda se vai,
Respeito meus inimigos
E os amigos muito mais,
O problema são os falsos
Que estampam os jornais.

Eu que fui tão homem quanto Cristo
Que mesmo traído, humilhado e crucificado,
Soube dar perdão aos desesperados
Atenção aos aflitos, água aos sedentos,
Coragem aos pequenos, virtude aos grandes,
Amor aos carentes, e fé aos perdidos.

Eu que mesmo homem simples
Menino, moleque, criança, feto,
Tão pequeno quanto um grão de nada
Perdido no mundo que não pára de girar,
Fui mais do que um poema
Fui um barco sobre o mar.


José Borges Neto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário