Busca no Blog.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Poemas.



Cada poema que faço
é como um filho bastardo,
moleque estúpido, podre.

Cada poema que nasce
é como criança inocente,
vitima de uma paixão cruel.

Cada poema que faço
é um órfão de Deus,
símbolo misericordioso.

E desses poemas
já conheci todos eles, já os fiz.

Os fiz:
Belos (céu estrelado)
Trágicos (suicídio de Deus)
Alegres (bêbados em bares)
Românticos (você e eu)
Tristes (chegada, partida)
e outros que não completei...

Cada poema que faço
fede de medo,
arde de fogo.

Cada poema que faço
me lembra outro que fiz,
e torno a fazê-lo de novo.

Cada poema que faço
é apenas poema, nada mais.


José Borges Neto.
,

Nenhum comentário:

Postar um comentário