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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Olha a pedra solidão.



Tão certo quanto duvidar, estar contigo e ainda assim não acreditar
Que aquele mundo já se foi, que aquilo tudo já passou,
É difícil suportar a ausência de nossa paixão
Assim como é impossível imaginar o céu sem estrelas.

Não encontro forças quando penso em cada segundo perdido
E quando passam os turbilhões, me divirto com teus pedaços
Que são as únicas coisas boas que me restam...

E ainda que você não saiba, eu convivo com uma dor,
Disfarço a cada dia meus sentimentos e assim vou
Fingindo que você em algum momento pode ser meu
Querendo voar alto, tão alto onde nada nos incomodara,
Mas sempre a verdade me chega, me fere e diz,
Que eu nunca serei um campeão, e você é apenas um sonho.

E a vida me leva de carona e me distrai pr’eu não perceber
Que de fato sua ausência é cada instante mais real
E cada momento que passa é como se fosse eterno
E vou, ainda sem saber por que, mas vou...

Tão certo quanto minha tristeza, é te olhar distante
E sentir meu corpo em chamas e meu olhar glacial
Tenho na mente apenas um impulso, querendo falar,
Mas o medo é maior, e me faz calar...

Hoje não somos mais que um raio dispersado no universo
Perdidos sem coragem de lutar alheios ao amor,
Hoje não somos mais que piadas sem graça
Ou como qualquer pedra em algum caminho
Na esperança de alguém tropeçar...


José Borges Neto.
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