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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A formiga e os sonhos.

...é verdade que a noite passa e agente nem nota. Estamos detraídos demais aproveitando os rápidos sonhos que temos, tão rápidos que se não formos espertos perderemos eles de vista. Os sonhos, o que pode dizer uma simples formiga sobre os sonhos? Talvez nada, mas é só talvez.
Pobre formiga, tão ingênua e frágil, mas não menos importante. Passa os dias e as noites cortando folhas para manter-se viva, assim como seus parentes. Podres sonhos, que confundem a mente e a razão de tão pequenos seres, que chegam a desconhecer até suas próprias vontades. E a noite vem, passa e num quer nem saber. Tanto faz que chova, ou que falte água. Noite que maltrata os sonhos, e as formigas, e me deixa a cada momento mais dispersado. Pura formiga que não conhece outra função se não a de servir, e de progredir.
São assim os grandes formigueiros de aço, são assim as noites, são esses os sonhos...


José Borges.
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