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terça-feira, 11 de maio de 2010

As estrelas nunca se apagam...



Hora somos tão grandes que temos a impressão de não cabermos no universo
Hora somos tão pequenos que nos encantamos com a formação dos seres
Hora temos a necessidade de buscar sempre o máximo de poder e sabedoria
Hora percebemos que não pertencemos nem a nós mesmos e que não sabemos de nada
Hora ficamos inquietos com os problemas que existem no mundo
Hora nos escondemos da responsabilidade que temos de cuidar dos nossos irmãos
Hora estamos felizes com qualquer gol marcado e ou qualquer resultado eleitoral
Hora somos obrigados a engolir derrotas e mostrar nossa vergonha em público
Hora negamos a nós mesmos em algumas situações porque tememos os outros
Hora ignoramos tudo e a todos só porque precisamos de um pouco de felicidade pura
Hora somos tão vivos como se não notássemos nossa energia acabando
Hora somos tão desnecessários para nós mesmos que preferimos não existir
Hora somos tão essências para certas pessoas que nos acompanham
Hora somos tão ridículos e cometemos injustiças que não terão perdão
Hora somos domesticados e acabamos servindo de piada para qualquer outro palhaço
Hora somos eternos como o brilho das estrelas que nunca se apagam
Hora somos tão simples que podemos sumir em questão de segundos
Hora somos irredutíveis perante as males que a vida nos oferece
Hora temos segredos que acabam com nossas defesas e nos entregam ao mundo
Hora somos poetas e escritores completamente aborrecidos por paixões
E tem hora que somos apenas simples humanos que sofrem por diferentes razões.


José Borges.
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2 comentários:

  1. Maravilhoso!!!!! Que espetáculo de texto. Você, com seu olhar caleidoscópico, captou os infinitos momentos do ser. Parabéns meu grande poeta!

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  2. Muito obrigado Helena... fico muito, mais muito feliz em você estar falando isso...

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