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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Universo

Estou te escrevendo caro universo que habito
Pois preciso muito lhe cumprimentar
Sei que nem todas as palavras que conheces
Serão aqui utilizadas, pois sou falho em letras
Assim como sou falho em quase tudo que pratico
Porém, receba minhas linhas com carinho
Elas têm total admiração pela perfeição
E tu eis o grande mundo dos mundos
Eis perfeito como a sombra de minhas palavras
Palavras que ecoam dentro de mim
E que seguem um rumo em busca do desconhecido
Que buscam assim como eu um abrigo
Universo que me engole como se eu fosse um vinho
Universo que transborda alegrias infinitas
Preciso de teu abrigo mais secreto
Estou fugindo da fera das montanhas
Estou fugindo de mim mesmo
Já faz dias que procuro um lugar
Mas só encontrei este papel e este lápis
E apenas um endereço certo: a imensidão
Estou cansado e ferido com um simples animal
Carente de tudo inclusive de mim mesmo
Sou tão falho no meu silêncio
Que nos meus sonhos esvoaçam gritos pela amplidão
E meus gemidos de dor são como estas letras
Distorcidas, imperfeitas, incorretas e estranhas
Por isso te escrevo, perdoe meus sonhos
Perdoe minhas letras e também minhas palavras...


José Borges.

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Um comentário:

  1. "O meu Pensamento desfila no vento,balança o momento distrai o olhar,e em tudo o meu nada sempre à rondar,esqueço do tempo que não vai parar e do esquecimento vivo meu pensamento..."

    Francisco Filho.

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