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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por onde vou...



Aprendi com o tempo
Que não devo negar favores
Aprendi que para tudo
Existem vários valores
Aprendi com o medo
Enfrentar meus temores.

Ensinei alguns passos
Mas não quiseram seguir
Ensinei umas histórias
Que não foram contribuir
Ensinei meus planos
E não fizeram existir.

Confessei uns segredos
Que não podia confessar
Confessei pecados
Muitos difíceis de perdoar
Confessei meus sonhos
Pr’eu não mais sonhar.

Criei minhas manias
Sem ninguém perceber
Criei uma máscara
Somente para me proteger
Criei meus espinhos
Para me afastar de você.

Fiz do teu sorriso
Meu choro inconsolável
Fiz do teu abraço
O lugar mais confiável
Fiz de mim um servo
Desse teu jeito maleável.

Já tive amigos
Difíceis de suportar
Já tive momentos
A ponto de estourar
Já passei por apuros
Que me nego a falar.

Fui herói e Deus
Ainda que só para mim
Fui escravo e fui rei
Vesti trapos e cetim
Fui passado e sou presente
Mas não conheço nenhum fim.

Escrevi poemas alegres
Mesmo estando triste
Escrevi poemas melódicos
Para alguém que não existe
Escrevi um poema morto
Na esperança que ele existisse.

Chorei vendo as estrelas
Irradiantes lá no céu
Chorei ouvindo os sussurros
Destes teus lábios de mel
Chorei ao ver a verdade
Que era amargo feito fel.

Terminei meus dias
Num lugar bem distante
Terminei minhas histórias
Sem saber o restante
Terminei com a noite
Minha eterna louca amante.


José Borges.
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