
Quisera eu que tudo passasse
Assim como passa um simples mal estar
Quisera eu que as raízes póstumas
Não me fizessem tanto lembrar
Porque mesmo a hora passando
Sinto que essa dor não vai sanar,
Sinto até meus dedos dormentes
E as pernas bambas se entrelaçam
Sinto meus passos mais lentos
Avisando que logo tenho que parar
E insinuando também
Que não há nada para celebrar
Apenas as covas alinhadas
Esperando outra alma para roubar,
Quisera eu que na vida
Agente não precisasse amar...
José Borges.
Nenhum comentário:
Postar um comentário