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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Saudade minha.



Pode ser que a distância
E a saudade me torture,
Mas não deixarei meu sorriso
Nem meu prazer exagerado,
Não serei escravo da vida
Muito menos da solidão
Serei apenas o que quiser;
Dias amores, outros paixão.

E assim me fere a faca
Que corta meu peito
E ameaça minh’alma,
E vou me deslizando
Pelas ruas do tempo
E pelas calçadas de dor,
Só não sei o que será depois
Que amanhecer o amor.

Pode ser que ninguém
Queira lembrar o que se foi
Mas a saudade não é boba
Não se deixa enganar,
A saudade é foice, é nuvem,
É vento e é mar
Para ela não existe tempo
Nem dia, nem lugar...

Coisa estranha é a saudade
Que confunde a si mesma
Sem se deixar perceber,
(na verdade, ela chora calada)
É menina sem lei
E senhora de endoidecer.

A saudade tem muitos nomes
Muitas formas de se ver
Ela não tem pernas,
Nem tão pouco sente prazer
Ela só pensa em seguir
Nunca pensa no quê dizer.

Hoje, saudade minha
Só tenho você aqui
E por mais que falem,
Vou continuar a fingir
O que importa é sua face
Nua e esclarecida a me guiar,
Se eu estiver certo ou errado
Pra mim tanto faz
O que me importa saudade,
É que você me satisfaz.


José Borges Neto.

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