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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ato de separação.



É sempre assim;
Dois culpados e um corpo no chão,
Mãos sedentas por justiça
Uma dor na alma e no coração
Pedaços de sonhos pela escada
Cortinas manchadas a mão
É sempre provável que os Deuses
Desconfiem de uma traição.

E ninguém vai estar errado em falar
É tanta mágoa adormecida
Que às vezes fica difícil de enxergar,
Hoje os caminhos são abismos
Onde todos podem chegar.

Se antes não se falava em perdão
Agora todos o querem em vão
Brincam que são bons moços
Desconsideram a intuição,
E as almas vão partindo
Para aonde não existe tentação.

O que fica é a lembrança
De um pecado gostoso,
De um beijo molhado
E aquele ciúme tenebroso,
Fica o prazer do ato
E o gozo duvidoso.

Mas no olhar para trás,
Os dois se olham, riem...
Infantis. Não tiveram chance.
Dois inocentes culpados
Um pelo amor, e o outro,
Pela razão...


José Borges Neto.

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