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terça-feira, 3 de maio de 2011

Tudo que é agora.



Longe de tudo que eu imaginava ser eterno
Acompanhado apenas da minha solidão
Releio poemas e refaço sonhos,
Mesmo sabendo que outro tempo virá
E que tudo que é agora
Amanhã outra história será.

Revejo meus passos errados
Deixo os certos de lado.
Vou sozinho por um caminho
Que não me leva a lugar nenhum.
Vou atrás do impossível de cara limpa
Jogando contra o tempo: três, dois, um.

Olho pelo retrovisor na minha testa
E vejo os destroços do presente
E tantos amigos perdidos
Em busca de um paraíso tridimensional.
Ouço vozes rocas e sedentas
Que nunca se afinam no final.

E pela janela é tão bonito o show
Que nem se percebem as terceiras intenções.
Por trás de cada sorriso, falso e fingido
Há sempre um estereotipado, por pura encenação
Insinuando verdades e criando fantasias
Aumentando a síndrome da alienação.

Longe de tudo, e tudo longe
De quem partiu pra não mais voltar,
Do lado da saudade eterna
E da lembrança que não pára de gritar.
Longe de todos, e todos bem longe
Bem perto de qualquer lugar.



José Borges Neto.

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