De repente agente se encontra
e fazemos uma cena qualquer,
um aberto de mão, um abraço
uma conversa rápida sem outras intenções.
Um olhar de insatisfação de um lado
no outro, o desejo de partir
e a saudade do ontem despedaçando a alma.
Nós dois, covardes demais para sermos heróis.
Crianças de outrora e de hoje também.
Perdidos dentro de um mundo
Que não nos cabe.
Órfãos de carinhos trocados
E de noites enluaradas.
Dois corpos, dois braços
Quatro pernas, dois corações
Duas vidas e várias lembranças.
Algumas alegrias e inúmeras tristezas.
Assim somos.
Apenas eu sinto a dor da nossa distância
Somente eu que há muito não me reconheço
Sei o quanto é ruim viver longe de seu abraço
Do seu corpo mais que gostoso
Do teu beijo mais que adocicado
E do teu carinho, que era meu único abrigo.
José Borges Neto.
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